segunda-feira, fevereiro 20, 2006

COMO NASCE UM PARADIGMA

COMO NASCE UM PARADIGMA

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No centro dela puseram uma escada e, sobre esta, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas.

Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então os cientistas substituiram um dos cincomacacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram.

Depois de algumas surras o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato.

Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...

Não deves perder a oportunidade de passar esta história para os teus colegas, para que, de vez em quando, se questionem porque fazem (ou não fazem) certas coisas.

É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO.
(Albert Einstein)

Actualização de conteúdos


Depois querem saber pq é que Portugal está no estado que está!!!

Para que todos saibam quanto custa, no nosso governo, fazer manutenção

no site do Ministério da Justiça.

Incrível!! Actualizar conteúdos... um trabalho altamente técnico que

justifica um ordenado destes...

Ainda por cima é a própria filha que vai fazer o trabalho...

Espalhem, é preciso que não se deixe passar no esquecimento este tipo

de situações, para que as pessoas se lembrem delas quando no

supermercado vêem o IVA a 21%.


domingo, fevereiro 19, 2006

Precisa-se de matéria-prima para construir um País

Precisa-se de matéria-prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal

E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.


Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovensdizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.

Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.


Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.


Não. Não. Não. Já basta.

Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...


Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!


É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.


Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e


ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

HAVERÁ ALGUM SANTO QUE NOS VALHA?

HAVERÁ ALGUM SANTO QUE NOS VALHA?

No jornal “24 Horas” do último dia 17, veio publicada uma notícia com o título “Penhoraram o gabinete do presidente”.
A notícia reportava-se a uma execução desencadeada por um credor da Câmara Municipal de Ourique, cujo crédito era proveniente do fornecimento de bombas de água para as piscinas municipais, com o valor da dívida, actual, a situar-se acima dos mil contos.
Como o recheio do gabinete já estava penhorado, foram escolhidos, como alvo, os computadores, tendo a Câmara pago metade da dívida, como prova de boa vontade evitando, assim, que os computadores fossem apreendidos e removidos.
O actual presidente, lamentou-se da situação financeira existente, deixada pelo seu antecessor, cujas dívidas se cifram em mais de 3,5 milhões de contos. Segundo o mesmo jornal, o anterior presidente da edilidade justificou-se, numa nota à imprensa, com a insuficiência de receitas próprias para fazer obra. Claro como a água! As autarquias quando não têm dinheiro para fazer obras, socorrem-se da caridade das empresas e particulares, como se instituições de previdência se tratassem, não se preocupando os responsáveis que os “doadores” possam falir e mandar dezenas ou centenas de empregados para o desemprego. Excelente mentalidade, digna de um país da África Central! Ainda há quem acredite que fazemos parte da Europa!
No “Jornal de Notícias” de 22 do corrente mês, a págs. 24, vem o protesto do presidente da C.M. da Covilhã, contra o Governo, por este ter decidido não continuar a pagar a execução de projectos de jardins e outras obras de requalificação urbana. Perante a falta de dinheiro, teve que suspender as obras projectadas, com incumprimento das promessas feitas na campanha eleitoral. A câmara da Covilhã, desde 1991 que vive um grave crise financeira, cujo montante de dívida será difícil de determinar.
Bem andou o senhor Primeiro-Ministro em suspender as transferências de verbas, mas não podemos esquecer-nos que é ele o responsável pela ideia das requalificações. Mas, certamente que, com o buraco dos os setenta e cinco milhões de contos, para os estádios de futebol, não podia continuar a sustentar o regime que ele próprio criou, e talvez tenha aprendido à sua própria custa.
Ainda, no mesmo semanário, a págs. 26 vem publicada a notícia de que o presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, anunciou, em reunião do órgão executivo que vai acabar com as facturas sem rasto na contabilidade. Sintomático e transparente!
Na “Gazeta das Caldas” de 23 de Dezembro, acerca do folhetim do concurso para o Pavilhão Multiusos, vem publicada a omissão dos necessários equipamentos no valor de € 500.000,00, querendo o Presidente da Câmara que a empresa adjudicatária assumisse os custos das omissões do caderno de encargos, o que, no mínimo, é caricato, mas que não é de estranhar. A entidade que abre o concurso não tem o necessário cuidado na elaboração do caderno de encargos, e depois quer imputar a responsabilidade ao adjudicatário? Se não fossem questões de grande responsabilidade pelos prejuízos que causa ao Município, sempre se poderia pensar tratar-se de anedota de mau gosto. Mas é a realidade verdadeira de que as coisas não andam bem no país e no reino das Caldas da Rainha.
Exemplo flagrante é a comissão de apreciação das propostas, cuja composição foi descrita pelo membro da A. M., Eng. Mário Pacheco nesse semanário. Ninguém poderá pôr em dúvida a elevada qualidade técnica dos membros da dita comissão, mas estranha-se que, apesar de tanta categoria, não tenha conseguido detectar as omissões de que enfermava o processo.
É lamentável que a maioria das câmaras municipais estejam em situação crítica, próxima da insolvência, que é devida à falta de rigor na realização das despesas, e sobretudo à falta de controlo e fiscalização na compra de materiais e equipamentos que deveriam ser submetidos à uma concorrência isenta e imparcial quer nas aquisições quer nas empreitadas.
A Câmara de Ourique recebe, no corrente ano, de transferências do Estado cerca de € 6 000 000,00; se canalizar todas estas receitas para pagar aos credores, ficará imobilizada durante cerca de 4 anos; a C. M. da Covilhã (meu Concelho Natal), não estará muito longe de idêntica situação; e a das Caldas para onde caminha?
A CM de Oliveira do Bairro não tem hipótese de conhecer os seus débitos, dados que anda à procura de facturas, algumas com cerca de cinco anos. Que controlo tem esta entidade? Será que os materiais entraram nos serviços municipais?
Nas Caldas da Rainha, com autarcas mais esclarecidos e inteligentes, o problema é de fácil resolução, bastando aumentar as taxas municipais, como aconteceu agora, com a última actualização de 700%, facto reconhecido pelos eleitos, e de cuja tabela constam taxas inconstitucionais, como é o caso da publicidade colocada em prédios e viaturas particulares.
Para não se suscitarem dúvidas eu esclareço: há dias veio ter comigo uma pessoa, totalmente descontrolada, porque a CM o tinha notificado para proceder ao pagamento da quantia de cerca de € 4.000,00 referente à taxa de publicidade por um anúncio colocado num veículo ligeiro de transportes. Serenei-o, e disse-lhe que não pagasse, porque tal taxa era ilegal porque inconstitucional.
No dia 25 de Janeiro desloquei-me à Câmara para consultar o D.R., II Série, tendo sido informado que, caso pretendesse fotocópias do mesmo, cada uma custava um euro. Pensei que a fotocópia seria feita em papel-prata ou papel dourado mas, afinal tratava-se de papel normal. Ou seja, para me ser fornecida uma fotocópia de uma página teria que gastar o valor de 166,66 folhas, correspondendo a uma terça parte de uma resma de papel de boa qualidade. Sempre direi, que é um verdadeiro escândalo.
No dia 2 de Fevereiro fui levantar à câmara municipal umas plantas para efeitos da apresentação da declaração modelo I, do IMI, a apresentar quando alguém compra ou herda um prédio urbano, tendo que pagar € 8,00 de taxas; o artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 211/2005, de 7 de Dezembro, que alterou o artigo 15.º do CIMI e outros Códigos, determina que tal fornecimento é gratuito. Fica-nos a ideia de que as Caldas não fazem parte do resto do país nem o órgão executivo municipal está subordinado às leis gerais. A desculpa que me foi dada, é que estão a estudar os custos que podem cobrar aos munícipes e, enquanto de aguarda, a lei também pode esperar e, assim, em vez de gratuito é pago, e os cidadãos se não querem pagar não levam as plantas. De salientar que a lei entrou em vigor no dia 12 de Dezembro de 2004, mas os serviços municipais só a conheceram no final de Janeiro, por intermédio do autor desta. É necessário escrever mais?
A gestão (má) das Câmaras Municipais é um bom exemplo do descontrolo nas despesas e na desfaçatez na obtenção de receitas, sem olhar a meios para atingir os fins., mesmo com violação das leis ordinárias e da lei fundamental. É preciso gastar, sem contenção, e exigir, cada vez mais, tributos àqueles que já não podem mais. E, não param de clamar que estamos numa democracia. Será que estamos?
Aplaudi a decisão do meu conterrâneo e senhor Primeiro-Ministro em reduzir as transferências do Estado para as autarquias, e penso que as deveria reduzir muito mais, porque as autarquias são verdadeiros cancros que corroem as finanças públicas do país; um sorvedouro insaciável de dinheiros públicos, de má ou duvidosa aplicação em muitos dos casos. Na verdade uma coisa é indesmentível: as autarquias em cada dia que passa estão mais pobres, e os autarcas situam-se na posição inversa, ou seja, cada dia que passa ficam mais ricos. É incompreensível que eles façam uma gestão tão cuidada do seu património, que aumenta substancialmente, e não o façam para defender os interesses das entidades de que se servem e que, ainda, lhes pagam, a maioria das quais se encontram em situação de ruptura financeira.
Como o país atravessa uma grave crise económica que, por certo, não será possível sanar nos anos mais próximos, e cujas vítimas continuarão a ser todos aqueles que ainda trabalham, não se compreende que os políticos não sejam responsabilizados por isso.
Os nossos políticos já deram provas, mais do que suficientes, de não terem capacidade para, todos em conjunto, governarem um país, pelo que o mesmo está ingovernável e sem futuro.
Por isso, termino como comecei: haverá algum santo milagreiro que nos valha?

José Lourenço

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Existe um velho ditado árabe que diz:

Existe um velho ditado árabe que diz:

ان وعدد أعبحت الشعببانية يتم ماعيةو تعيينهمللأعياننواب حسب الدستور المعدل عامأصبحت إسبانيا دولة قانون إجتماعية و ديمقراطيةتحت نظام ملكي برلماني. الملك منصبه فخريو رن و واحدئيس الوزراءهو الحاكم الفعلي للبلاد. البرلمان الإسباني مقسمالى مجلسين واحد للأعيا وعدد أعضاء يبلعين و واحد للنواب و عددنتائج الانتخابات نائب .نتائج الانتخابات الأخير مباشرةمن أصبحت الشعبسنوات ،بينما كل 4سنوات، بينما يعين1 عنتخاباتضو منمجلس الأعيان و ينتخب الباقون من الشعبأيضاً .رئيس الوزراء و الوزراء يتمتعيينهم من قبل البرلمان اعتماداً على نتائجالانتخابات النيابية .أهم الأحزاب الإس أصمقسم الى مجلسينواحد للأعيان (وعدد

Ora vejamos....

Ora vejamos....
Se ...


- Os Trabalhadores, jogam futebol.

- Os Directores jogam ténis.

- Os Administradores jogam golfe.

Podemos concluir que:

- Quanto mais se sobe na hierarquia, mais pequenas são as bolas

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Nota de Abonos e Descontos - "Choradinho" só porque são "funcionários"na nota de abonos e descontos

Este texto é cópia integral de e-mail enviado por Oficiais de Justiça de Tribunais do porto e Maia.

Terça-feira, Janeiro 31, 2006 - Funcionalização dos Juízes

A manobra governamental, digo, a intenção de uma revolução inconstitucional
de funcionalização dos Juízes, visando reconduzi-los a simples mão-de-obra
administrativa, sem qualquer distinção da sua qualidade de titulares de
Órgão de Soberania, prossegue a passos largos.
Assim, os recibos de vencimento dos Juízes, em Janeiro, foram
descaracterizados, designadamente surgindo os Juízes com um número
enquadrado como pertencentes à Administração Pública e não a um Órgão de
Soberania.
Perante tal acto, dois Juízes que prestam funções no Circulo e Comarca de
Oliveira de Azeméis, remeteram ao Ministro da Justiça a carta que infra se
reproduz.
Exmo. Senhor Ministro da Justiça
Praça do Comércio
1149-019 Lisboa
Assunto: "Nota de Abonos e Descontos"
Data: 30 de Janeiro de 2006
C/ conhecimento ao Conselho Superior da Magistratura
.
Tendo recebido nesta data a nota de abonos e descontos relativa à
remuneração de Janeiro do corrente ano, venho junto de Vª Exa. indicar as
seguintes correcções que entendo serem devidas em futuras notas:
.
Primeira:
Ao invés do referido por três vezes no dito documento, como é seguramente do
conhecimento de Vª Exa., não sou uma funcionária, como não o é o Sr.
Ministro da Justiça.
A fazer fé nos arts. 110º e 202º da Constituição da República Portuguesa,
no
art. 1º da Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais e nos
arts. 1º e 2º da Lei nº 21/85, de 30/07, os Tribunais são órgãos de
soberania, dos quais são titulares os Juízes.
A minha categoria profissional, que de resto vinha sendo, e bem, referida
nas anteriores notas remuneratórias, é a de Juiz de Direito.
.
Segunda:
Sugiro a Vª Exa. a eliminação da menção às horas extraordinárias, dado
que,
como Vª Exa. também saberá, os Juízes de Direito estão isentos de horário
laboral e não são remunerados pelas muitas horas de serviço que prestam fora
do horário de funcionamento da Secretaria Judicial.
.
Com respeito institucional,
(Assinatura)

A resposta da DGAJ:
NOTA INFORMATIVA DA DIRECÇÃO NACIONAL

Na sequência de diligencias efectuadas pela DN da ASJP junto da DGAJ, a
propósito do teor das ‘notas de abonos e descontos’ relativos ao vencimento
de Janeiro passado, que provocaram a justa indignação de muitos colegas, foi
recebida daquela Direcção-Geral a seguinte mensagem:

Ex.mo Senhor Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses
Encarrega-me a Exma. Senhora Directora-Geral, Dra. Helena Ribeiro de enviar
a V. Exa. a anexa informação.
A partir do pretérito mês de Janeiro o processamento de remunerações das
Magistraturas afectas aos Tribunais de 1ª Instância passou a ser efectuado
por esta Direcção-Geral.
Em finais do mês de Janeiro, foi expedido Ofício-Circular via email (ao
cuidado dos Srs. Secretários de Justiça) dirigido aos Srs. Juizes
Presidente, no sentido dos Srs. Magistrados tomarem conhecimento da
alteração de procedimentos relacionados com o processamento de remunerações,
solicitando para que detectada alguma incorrecção nos recibos de vencimentos
fossem as mesmas reportadas à DGAJ - Divisão de Processamento de
Remunerações - Magistraturas, para posterior correcção.
Assim, no próximo mês de Fevereiro, os recibos de vencimento irão sofrer
alterações conforme sugestões apresentadas pelos Srs. Magistrados, desde que
tecnicamente exequíveis, como sejam as situações da designação
"Funcionário"
e "Horas Extraordinárias".
A DGAJ em conjunto com a empresa que presta assistência ao programa
informático, está a envidar esforços no sentido da designação constante no
recibo passe a constar,a partir de Fevereiro, da seguinte forma:
- Magistratura Judicial: onde se lê "Funcionário", passar-se-à a ler "Juíz
de Direito";
- Magistratura do Ministério Público: onde se lê "Funcionário", passar-se-à
a ler "Magistrado do MP"
- Magistratura dos Tribunais Administrativos e Fiscais: onde se lê
"Funcionário", passar-se-à a ler "Magistrado"*.
* Em virtude de se tratar de um orçamento por onde são pagas remunerações a
Juízes de Direito e Magistrados do MP, não é possível diferenciar no recibo
a situação em concreto de cada Magistrado.
Nas observações ao recibo, onde se lê "Horas Extraordinárias" irá constar
informação relacionada com os abonos processados: Turnos, Ajudas de Custo,
Transportes e Deslocações.
Mais informo, que no que concerne à designação da categoria constante na
parte superior do recibo a mesma diz respeito ao índice remuneratório a que
o Magistrado tem direito e não ao tempo de serviço efectivo.
Por último, mais informo que estes serviços estão disponíveis para qualquer
sugestão a contemplar no recibo desde que a mesma seja tecnicamente
exequível.
Com os meus melhores cumprimentos
Ana Couto
Secretariado

+++++++

O nosso Aviso de Crédito de Remuneração também tens falhas, mas nunca vi
tanta celeridade e diligência na sua resolução (hoje são 6/Fev), apesar de
alguns oficiais de justiça já terem colocado essas questões, como:
- Não é indicada da taxa de IRS de retenção;
- Não são indicados qtos dias de Sub. Refeição estão a processar e pagar;
- Quando fazem correcções no vencimento e sub. refeição e supl. recup.
processos, não discriminam a que meses se reportam tais correções, em linha
separada e com a caracterização da correcção, como p.exemplo, falta por
doença, greve, reposição de vencimento, etc, de acordo com o código das
faltas introduzidos mensalmente pelos Srs. Secretários;
- Não são indicadas quaisquer taxas a que fazem os descontos das rubricas
CGA, SOB, SSMJ e Sindicatos/Associações.

Talvez não fosse má ideia, também nos indignarmos pela falta de resposta a
estas questões, e aproveitando a análise que a empresa que presta
assistência ao programa informático, e que está a envidar esforços no
sentido de introduzir as alterações propostas pelos acima indignados
"funcionários", digo, "orgãos de soberania", e que sejam "tecnicamente
exequíveis", pode ser que sejamos também comtemplados, para que uma vez por
todas seja claro e não suscite dúvidas e telefonemas desnecessárias aos
serviços de processamento, sobre a informação constante do nosso recibo de
vencimento, que para uns é aviso de abonos e descontos (orgãos de soberania)
e para outros é aviso de crédito de remunerações.
Vem se vê aonde está o poder!!!
Vivam os orgãos de soberania!!!

Miguel Lopes Pereira
mlpereira@n


domingo, fevereiro 12, 2006

ESPELHO DA ALMA

Quando somos jovens, geralmente temos uma boa relação com o espelho. Paramos diante dele e nos olhamos de corpo inteiro e por todos os ângulos. Temos mais coragem de nos observar, de enfrentar possíveis desajustes físicos, e o futuro está a nosso favor.

Somos mais flexíveis, desarmados, versáteis, e mais dispostos às mudanças. Gostamos de trocar opiniões e acatamos idéias novas com facilidade.

A alma, tanto quanto nosso corpo está em constante transformação. Estamos sempre à procura de novos significados para velhas idéias. Com o passar do tempo, vamos evitando espelhos que reflitam nosso corpo por inteiro.

Procuramos aqueles que mostrem apenas do pescoço para cima. Fugimos da nossa aparência, por não gostar dela ou porque ainda desejamos ver refletido aquele corpo jovem, a cabeleira abundante, a pele lisa e brilhante.

E porque não gostamos da nossa imagem, fugimos do espelho, como se isso resolvesse o nosso problema.

Assim também acontece com as questões da alma. Quando somos jovens temos coragem de refletir sobre nossas atitudes, gostamos de aprender coisas novas e estamos dispostos a enfrentar desafios.

Buscamos respostas para nossas dúvidas e não tememos as críticas, por entender que elas nos ajudam a crescer. Mas quando as gordurinhas do comodismo vão se acumulando em nossa alma começamos a fugir de espelhos que nos mostrem tal qual somos.

As idéias vão se cristalizando e não temos mais tanta disposição para reciclar as nossas memórias. Posicionamo-nos numa área de conforto e nos deixamos levar pelas circunstâncias, sem tantos esforços.

Para muitos é como se uma influência paralisante lhes tomasse de assalto. Não se interessam mais pelo conhecimento, nem por fazer novas amizades ou cuidar um pouco do corpo e da saúde. Esquecidos de que a sabedoria não está na espinha dorsal nem na pele jovem ou na basta cabeleira, entregam-se ao desânimo como setivessem chegado ao fim da linha.

Não se dão conta de que enquanto estamos respirando é tempo de aprender e crescer, de fazer exercício e eliminar as gorduras indesejáveis. Enquanto podemos contemplar o espelho físico, podemos nos observar e envidar esforços para corrigir o que julgamos necessário.

Enquanto a vida nos permite, devemos voltar o olhar para o espelho da consciência e ajustar o que seja preciso, para que fiquemos mais belos e mais sábios.

Arejar os pensamentos e reciclar as memórias infelizes que teimamos em arquivar nos escaninhosdo ser. Repensar conceitos, refazer idéias, rever atitudes e posturas.

Só assim afastaremos o desejo constante de fugir do espelho, de fugir de nós mesmos, fingindo que somos felizes e mascarando a realidade. Pense nisso e não lute contra a natureza, desejando segurar o tempo com as mãos.

Não deixe que a sua sabedoria se esconda nas rugas da pele nem perca o viço entre os cabelos brancos. A beleza da sua alma é independente do corpo físico. A sua grandeza se reflete na sua forma de pensar, sentir e agir, e não na imagem projetada no espelho.

Pense nisso e observe-se de corpo e alma, por inteiro.

Lembre-se de que cabe somente a você a decisão de assumir a realidade e modificá-la, quando, como e se julgar necessário.

Pense nisso!

Pior do que estar insatisfeito com o corpo é a insatisfação com a própria consciência.

Essa insatisfação lhe rouba a paz, a alegria, a vontade de crescer e ser feliz. Por isso é importante lembrar que você pode modificar essa realidade quando desejar.

Basta investir na sua melhoria íntima arejando a mente, eliminando preconceitos e adquirindo conhecimentos que lhe tragam satisfação e paz de consciência. Pense nisso, mas pense agora.

sábado, fevereiro 11, 2006

E depois o dinheiro do Estado não chega...


Notícia do Correio da Manhã



Ana Benavente, David Justino, Morais Sarmento e Paulo Pedroso, todos
ex-governantes, foram alguns dos titulares de cargos políticos que pediram, no
ano passado, o subsídio de reintegração.





Por exemplo, Morais Sarmento e Pedroso, dois dos ministros com maior peso
político nos últimos governos do PSD e do PS, respectivamente, deverão
receber, segundo as contas do CM, entre 21 000 e 45 500 euros.

O subsídio atribuído aos quatro ex-governantes resulta da soma do período em
que estiveram no Governo e no Parlamento. Morais Sarmento esteve pelo menos
seis semestres no Executivo. Pedroso contabilizou, segundo o Parlamento, 13
semestres e David Justino, dez semestres.

À luz da Lei 4/85, a reintegração é calculada de acordo com um vencimento de
deputado (actualmente de 3524,85 euros) atribuído por cada semestre cumprido em
funções. Tendo em conta essa cifra, Sarmento tem direito a 21 000 euros,
Pedroso a 45 500 euros, Ana Benavente , com pelo menos 16 semestres
contabilizados, poderá ter direito a cerca de 56 000 euros. Já David Justino
terá a receber quase 35 000 euros, correspondentes a dez semestres.

Todos os quatro ex-governantes estão já reintegrados na actividade privada ou
docente: Ana Benavente está na Universidade de Lisboa, David Justino na
Universidade Nova de Lisboa, Morais Sarmento retomou a sua actividade no
escritório de advogados PLMJ e Paulo Pedroso regressou ao Instituto Superior
de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e, desde Outubro de 2005,
trabalha num projecto da UE ligado à integração da Roménia. O ex-governante
anunciou que irá processar o Estado por causa do processo Casa Pia, mas,
segundo Garcia Pereira, especialista em Direito do Trabalho, isso não
limitará o direito ao subsídio.

UM TERÇO ACUMULA FUNÇÕES

Um terço dos actuais deputados acumulam funções em actividades como a
advocacia, o sector empresarial e a docência, segundo o ‘Diário
Económico’.

Guilherme Silva, deputado do PSD, é um dos muitos parlamentares que acumulam o
cargo com uma actividade privada. Em declarações ao CM, o ex-líder da
bancada social-democrata considera que se estivesse em regime de exclusividade
no Parlamento não poderia proporcionar o estilo de vida que tem, actualmente,
a sua família. Mais, em caso de dúvida, sairia da política. Jorge Coelho, do
PS, é outro dos exemplos, mas prefere não tecer comentários.

Morais Sarmento e David Justino, dois ex-governantes, defendem que os políticos
deveriam ganhar mais. O ex-ministro da Presidência de Durão Barroso reconheceu
ao CM que o momento pode não ser propício, mas “continua-se a enterrar a
cabeça na areia”. Salários à parte, a reforma do sistema político promete
dominar a agenda parlamentar ainda este mês.

OS SUBSIDIADOS

PS

Ana Benavente

Antero Gaspar

Carlos Amândio

Fernando Cabodeira

Gustavo Carranca

José Pontes

Luís Miranda

Luísa Portugal

Maria do Carmo Romão

Nélson Correia

Paulo Pedroso

Vicente Jorge Silva

Vítor Cunha

Zelinda Semedo

PSD

Abílio Costa

Adriana Aguiar Branco

Alexandre Simões

Álvaro Viegas

Ana Paula Malojo

António Sousa Pinto

António Pina Marques

António Pinho Cardão

António Cruz Silva

António Pinheiro Torres

António Oliveira

António Nazaré Pereira

Bernardino Pereira

Bruno Vitorino

Carlos Rodrigues

Carlos Antunes

Costa e Oliveira

Daniel Rebelo

Delmar Palas

Diogo Luz

David Justino

Eduardo Moreira

Elvira Figueiredo

Eugénio Marinho

Fernando Charrua

Fernando Rodrigues

Fernando Penha Pereira

Fernando Moutinho

Francisco Martins

Gonçalo Breda Marques

Gonçalo Capitão

Isménia Franco

João Moura de Sá

João Horta

Joaquim Raimundo

Jorge Nuno Sá

José Guerra

José Sousa e Silva

José Cordeiro

José Amaral Lopes

José Pavão

Luís Cirilo

Luís Gomes

Manuel de Almeida

Maria Aurora Vieira

Maria Clara Veríssimo

Maria Goreti Machado

Maria Isilda Pegado

Maria João Fonseca

Maria Teresa Morais

Miguel Coleta

Natália Carrascalão

Nuno Morais Sarmento

Pedro Alves

Rodrigo Ribeiro

Rui Miguel Ribeiro

Tavares Moreira

Salvador Massano Cardoso

Suzana Toscano

Vasco Valdez

Vítor Reis

CDS/PP

António Herculano Gonçalves

Henrique Cunha

Isabel Gonçalves

João Abrunhosa de Sousa

João Rodrigo Almeida

Manuel Miguel Paiva

Manuel Cambra

Paulo Fugas

PCP

Rodeia Machado
António Sérgio Azenha / Cristina Rita

UM BOM EXEMPLO A SEGUIR

Já vai para 15 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca.

Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante.
Aqui, qualquer projecto demora 2 anos a concretizar-se, mesmo que a idéia
seja brilhante e simples.

É regra.

Então, nos processos globais, nós (portugueses, brasileiros, americanos,
australianos, asiáticos, etc) ficamos aflitos para obter resultados
imediatos, numa ansiedade generalizada.

Porém, o nosso sentido de urgência não surte qualquer efeito neste país.

Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões e ponderações. E trabalham
num esquema bem mais "slow down".

O pior é constatar que, no fim, acaba por dar tudo certo no tempo deles, com
a maturidade da tecnologia e da necessidade; aqui, muito pouco se perde.

É assim:

1. O país é cerca de 3 vezes maior que Portugal;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. A sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (Lisboa tem 1
milhão);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB,
Nokia, ...
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os
foguetes da NASA.

Digo a todos estes nossos grupos globais de trabalhadores: os suecos podem
estar errados, mas são eles que pagam nossos salários.

Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que
tenha mais cultura colectiva do que eles.

Vou contar-vos uma breve história, só para vos dar uma noção...

A primeira vez que fui para lá, em 1990, um dos colegas suecos apanhava-me
no hotel todas as manhãs. Era Setembro, frio, e a neve estava presente.

Chegávamos bem cedo à Volvo e ele estacionava o carro longe da porta de
entrada (são 2.000 funcionários de carro).

No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro ...

Depois, com um pouco mais de intimidade, uma manhã perguntei-lhe:
- Você tem lugar marcado para estacionar aqui ? Chegamos sempre cedo, o
estacionamento está vazio e você deixa o carro à ponta do parque.

Ele respondeu-me, simples, assim:
- É que, como chegamos cedo, temos tempo de andar. Quem chegar mais tarde já
vem atrasado, precisa mais de ficar perto da porta. Você não acha ?

Nesse dia, percebi a filosofia sueca de cidadania ! Serviu também para rever
os meus conceitos.

SLOW vs FAST.

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado SLOW FOOD. A Slow Food
International Association - cujo símbolo é um caracol, tem a sua sede em
Itália (o site, é muito interessante. Veja-o).

O que o movimento SLOW FOOD prega, é que as pessoas devem comer e beber
devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" a sua confecção, no convívio
com a família, com os amigos, sem pressas e com qualidade.

A idéia é a de se contrapor ao espírito do FAST FOOD e tudo o que ele
representa como estilo de vida, em que o americano "endeusificou".

A surpresa, porém, é que esse movimento SLOW FOOD serve de base a um
movimento mais amplo chamado SLOW EUROPE, como salientou a revista
Business Week na sua última edição europeia.

A base de tudo, está no questionar da "pressa" e da "loucura" gerada pela
globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraponto à qualidade de
vida ou à "qualidade do ser".

Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos
horas, (35 h / semana) são mais produtivos que os seus colegas americanos ou
ingleses.

E os alemães, que em muitas empresas instituíram a semana de 28,8 horas de
trabalho, viram a sua produtividade crescer nada menos que 20%.

Esta chamada "slow atitude" está a chamar a atenção, até dos americanos,
apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).

Portanto, esta "atitude sem-pressa" não significa, nem fazer menos, nem
menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais
"qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos pormenores e
com menos "stress".

Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do
lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e real, em contraste
com o "global" - indefinido e anónimo.

Significa a retoma dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos
prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da
religião e da fé.

Significa um ambiente de trabalho menos coercivo, mais alegre, mais "leve"
e, portanto, mais produtivo onde os seres humanos, felizes, fazem com
prazer, o que sabem fazer de melhor.

Gostaria que vocês pensassem um pouco sobre isto.

Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou "A pressa é inimiga
da perfeição" já não merecem a nossa atenção, nestes tempos de loucura
desenfreada?

Será que as nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios
de "qualidade sem-pressa", até para aumentar a produtividade e qualidade dos
nossos produtos e serviços, sem a necessária perda da "qualidade do ser"?

No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível. Um personagem cego,
interpretado por Al Pacino, convida uma moça para dançar e ela responde-lhe:

- Não posso, porque o meu noivo deve chegar dentro de poucos minutos.
- Mas, num momento, se vive uma vida. (responde ele, conduzindo-a num passo
de tango).
E esta pequena cena é, para mim, o momento mais marcante do filme.

Algumas pessoas correm atrás do tempo, mas parece que só o alcançam quando
morrem enfartados, ou algo assim.

Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e
esquecem-se de viver o presente, que é o único tempo que existe.

TEMPO, toda a gente tem, por igual.

Ninguém tem mais, nem menos, que 24 horas por dia.

A diferença é O que cada um faz do seu tempo.
Precisamos de saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon,
"A vida, é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro".

Parabéns por ter lido até o fim.

Muitos não leram esta mensagem até ao fim, porque não podem "perder" o seu
tempo neste mundo globalizado.

Pense e reflicta até que ponto vale a pena deixar de "curtir" a sua família,
ou os seus amigos.

Deixar de estar com a pessoa amada, ou passear na praia no fim de semana.

Amanhã, poderá ser tarde demais. "

Um Bom Dia a todos !!!

SER FELIZ


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os
desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor
da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo
...


(Fernando Pessoa)

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Justiça faz penhoras ilegais

Juízes, advogados e MP vão escrever ao ministro da Justiça


Alguns fazem penhoras ilegais, gastam dinheiro em actos inúteis, não informam sobre o andamento dos processos e nem sequer conseguem cumprir a função essencial que lhes foi confiada: cobrar dívidas. Respondem pelo nome de solicitadores de execução e não erram por mal, mas por inexperiência. «Não receberam a formação adequada», refere ao PortugalDiário o secretário-geral da Associação Sindical dos Juízes (ASJP), Jerónimo de Freitas.
Não faltam exemplos de penhoras ilegais relatadas ao PortugalDiário por várias fontes judiciais: penhoras de salários mínimos (a lei não o permite), penhoras integrais de vencimentos (um terço é o máximo admitido) e penhoras de bens (de um andar, por exemplo) em heranças indivisas, quando apenas o direito à quota-parte do herdeiro/devedor o poderia ser.
Depois do erro feito, pior é desfazê-lo. Quando os visados reclamam para o juiz, este responde que não lhe compete levantar a penhora que não ordenou. Alertado para o erro, o solicitador tenta repará-lo na Conservatória do Registo Predial, mas esta responde que a lei só o permite mediante despacho de um juiz... e com isto se perde tempo e dinheiro.
Perante aquilo que dizem ser a «falência da reforma da acção executiva (cobrança de dívidas) juízes, ministério público e advogados decidiram enviar uma carta ao ministro da Justiça a exigir uma solução rápida para o problema considerado por todos: o mais sério que a Justiça atravessa neste momento.
O documento, que será elaborado pela Associação Sindical dos Juízes (ASJP), vai dizer muito claramente que, se os privados a quem o Estado delegou a competência para cobrarem as dívidas não o conseguem fazer devidamente, então a função deve regressar aos tribunais, concretamente aos oficiais de justiça.
Em causa está, de acordo com o secretário-geral da ASJPJ, a falência da reforma na cobrança de dívidas. «Não se consegue cobrar dívidas», diz. Os números de Lisboa espelham bem, segundo este juiz, a gravidade do problema: Nos juízos de execução de Lisboa (tribunais especializados na cobrança de dívidas) estão pendentes 160 mil processos, sendo que no ano passado apenas 1600 ficaram resolvidos.
Sucede que, todos os casos ficaram resolvidos ou porque o devedor pagou voluntariamente ou porque o credor desistiu. «Desde Setembro de 2003 (data em que a reforma entrou em vigor) até hoje, os solicitadores não fizeram uma única venda de bens». Por outro lado, há solicitadores com mais de duas mil acções em carteira, a que não conseguem dar resposta.
Na linha da frente dos protestos estão os advogados que não conseguem solucionar as acções dos seus clientes e que, com a atribuição destas funções aos solicitadores, perderam o rasto ao andamento dos processos. No regime antigo bastava dirigirem-se aos tribunais para conhecerem o estado dos processos, agora nem isso conseguem, porque muitas vezes os responsáveis pela cobrança das dívidas não prestam essa informação. «Alguns nem o telefone atendem», refere um advogado.
Ouvido pelo PortugalDiário o presidente da Câmara dos Solicitadores, Gomes da Cunha, referiu não ter conhecimento de um elevado número de erros, apenas de «casos pontuais», acrescentando que os solicitadores receberam a «formação adequada».

domingo, fevereiro 05, 2006

Euromilhões não ajuda idosos e deficientes

Euromilhões não ajuda idosos e deficientes

PSD acusa Segurança Social de não aplicar montantes destinados aos projectos sociais

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O PSD acusou hoje o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social de não aplicar a parte que cabe ao Estado do dinheiro das apostas no Euromilhões em projectos para deficientes e idosos, como está previsto.
Num debate no Parlamento sobre um diploma do PSD relativo à eliminação de barreiras arquitectónicas, o deputado social-democrata Hermínio Loureiro aproveitou para manifestar a sua «inquietação e preocupação pela situação que se vive com as verbas provenientes do Euromilhões».
«Do total do dinheiro das apostas, metade é destinado a pagamento dos prémios. A outra parte, deduzidos os custos de exploração, é dividida em partes iguais entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Estado, por via do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social», referiu.
«O montante destinado ao Estado é para projectos para cidadãos portadores de deficiência e projectos sociais com idosos. Inexplicavelmente estes milhões estão parados. Não conhecemos valores nem os critérios. Só sabemos que os euros não estão a ser aplicados nas missões a que estão destinados», acrescentou o ex-secretário de Estado do Desporto.
A acusação feita por Hermínio Loureiro não mereceu qualquer resposta ou comentário por parte do Governo ou de outros partidos ao longo do debate.
No final do debate sobre o diploma do PSD, que estabelece normas sobre o acesso de deficientes a edifícios e espaços públicos e propõe a criação de um Fundo de Apoio à Pessoa com Deficiência, Hermínio Loureiro declarou-se confiante na sua aprovação.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Dio Come ti Amo


Dio Come ti Amo



Dio, Come Ti Amo
Nel cielo passano le nuvole
Che vanno verso il mare,
Sembrano fazzoletti bianchi
Che salutano il nostro amore.
Dio, come ti amo,
Non è possibile,
Avere tra le braccia
Tanta felicità.
Baciare le tue labbra
Che odorano di vento,
Noi due innamorati
Come nessuno al mondo.
Dio, come ti amo,
Mi vien da piangere,
In tutta la mia vita
Non ho provato mai.
Un bene così caro,
Un bene così vero,
Chi può fermare il fiume
Che corre verso il mare.
Le rondini nel cielo
Che vanno verso il sole,
Che può cambiar l'amore
L'amore mio per te.
Dio, come ti amo,
Dio, come ti amo.
Dio, come ti amo,
Dio, come ti amo.
......
Domenico Modugno .
Gigliola Cinquetti - Uma voz Linda!!

Dez maneiras de Amar a Nós mesmos

01 - Disciplinar os próprios impulsos.

02 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.

03 - Atender os bons conselhos que traçamos para os outros.

04 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.

05 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.

06 - Evitar as conversações inúteis.

07 - Receber no sofrimento o processo de nossa educação.

08 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.

09 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.

10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos, sem desanimar, e colocando-nos a serviço do Divino mestre, hoje e sempre.

A alma é invisível
Um anjo é invisível
O vento é invisível
O pensamento é invisível
e no entanto, com delicadeza
Pode-se enxergar a alma,
Pode-se pressentir um anjo,
Pode-se sentir o vento,
e pode-se mudar o mundo
com alguns pensamentos