sábado, julho 29, 2006

Mais uma gota no OCEANO chamado Portugal!


Tudo o que vai aparecer neste texto não é ficção! Acontece em Portugal. País com regime democrático à beira mar plantado. Vamos lá...



Demorou até um pouco para ver se não dava nas vistas. Mas a Festa continua ..Segundo a revista Focus (pág.25 ), a EDP conta com um novo assessor jurídico. Foi nomeado pelo ex-ministro António Mexia (actual presidente executivo da EDP) e vai ganhar cerca de EUR 10.000/mês.Quem é ele? Perguntam vocês...
Pensem um pouco... Mais um bocadinho...Não era fácil...:
- Pedro Santana Lopes (MAIS UM JOB)

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A opinião pública é fabricada por quem? Penso que todos somos influenciados pela COMUNICAÇÃO SOCIAL .

ESTÃO TODOS CALADINHOS, PORQUÊ ????????????????
Subsistema de Saúde dos Jornalistas.
Por que será que andam caladinhos?
Objectividade da análise jornalística?
Porque é preciso ter os jornalistas na mão....
O subsistema de saúde "dos fazedores de opinião" é INTOCÁVEL!!!
A Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas é dirigida por uma comissão administrativa cuja presidente é a mãe do ministro António Costa e do Director-Adjunto da Informação da SIC, Ricardo Costa (Maria Antónia Palla Assis Santos - como não tem o "Costa", passa despercebida...).
O Ministro José António Vieira da Silva declarou, em Maio último, que esta Caixa manteria o mesmo estatuto!Isso inclui regalias e compensações muito superiores às vigentes na função pública (ADSE), SNS e os outros subsistemas de saúde. É só consultar a tabela de reembolsos....
Mas este escândalo não será divulgado pela comunicação social, porque é parte interessada (interessadíssima!!!) pelo há que o divulgar ao máximo por esta via!!!

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Era a manchete do Expresso e custa acreditar.
A nossa petrolífera tem vindo a ser albergue de parasitas e toca de incompetentes.
Veja-se:Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização de 290.000 euros, em 2004.
Tinha entrado na GALP pela mão de António Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das O.P. e Transportes...
O filho de Miguel Horta e Costa , recém licenciado, entrou para lá com 28 anos e a receber, desde logo, 6600 euros mensais.
Freitas do Amaral foi consultor da empresa, entre 2003 e 2005, por 6350 euros/mês, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses de ordenado.
Manuel Queiró , do PP, era administrador da área de imobiliário(?) 8.000euros/mês.
A contratação de um administrador espanhol passou por ser-lhe oferecido 15 anos de antiguidade (é o que receberá na hora da saída),pagamento da casa e do colégio dos filhos, entre outras regalias.
Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 euros e seguro de vida igual a 70 meses de ordenado. Ferreira do Amaral , presidente do Conselho de Administração.
Um cargo não executivo(?) era remunerado de forma simbólica: três mil euros por mês, pelas presenças. Mas, pouco depois da nomeação, passou a receber PPRs no valor de 10.000 euros, o que dá um ordenado "simbólico" de 13.000 euros...
Outros exemplos avulsos:
Um engenheiro agrónomo que foi trabalhar para a área financeira a 10.000 euros por mês;
A especialista em Finanças que foi para Marketing por 9800 euros/mês...
Neste momento, o presidente da Comissão executiva ganha 30.000 euros e os vogais 17.500. Com os novos aumentos, Murteira Nabo passa de 15.000 para 20.000 euros mensais.
A GALP é o que é, não por culpa destes senhores, mas sim dos amigos que ocupam, à vez, a cadeira do poder.
É claro que esta atitude, emula do clássico "é fartar, vilanagem", só funciona porque existe uma inenarrável parceria GALP/Governo. Esta dupla, encarregada de "assaltar" o contribuinte português de cada vez que se dirige a uma bomba de gasolina, funciona porque metade do preço de um litro de combustível vai para a empresa e, a outra metade, para o Governo.
Assim, este dream team à moda de Portugal, pode dar cobertura a um bando de sanguessugas que não têm outro mérito senão o cartão de militante. Ou o pagamento de um qualquer favor político... Antes sustentar as gasolineiras espanholas que estão no mercado do que estes vampiros!!!

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Assunto:PESO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA POPULAÇÃO ACTIVA ( Dados de 2004)
(Fonte EUROSTAT, publicado no Correio da Manhã)
:
Suécia .. 33,3%
Dinamarca .. 30,4%
Bélgica .. 28,8%
Reino Unido ..27,4%
Finlândia .. 26,4%
Holanda .. 25,9%
França .. 24,6%
Alemanha .. 24%
Hungria .. 22%
Eslováquia .. 21,4%
Áustria .. 20,9%
Grécia .. 20,6%
Irlanda .. 20,6%
Polónia .. 19,8%
Itália .. 19,2%
República Checa ..19,2%
PORTUGAL .. 17,9%
Espanha .. 17,2%
Luxemburgo .. 16%
-
Não há pois funcionários públicos a mais. Há sim uma distribuição não correcta, o que faz com que haja sectores em falta e outros em excesso.
-
Por exemplo, a reforma administrativa que, sem dúvidas, urge fazer-se, deverá começar por mudar a realidade dos dados que nos indicam que cada ministro deste e de outros governos tem, para seu serviço pessoal e sob as suas ordens directas, uma média de 136 pessoas (entre secretários e subsecretários de estado, chefes de gabinete, funcionários do gabinete, assessores, secretárias e motoristas) e 56 viaturas, apenas CINCO vezes mais que no resto da Europa.
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Há políticos e governantes que querem a diminuição cega dos quadros apenas para que as empresas privadas de seus amigos e padrinhos possam ser contratadas para fazer serviços públicos ("Outsourcing") e possam facturar muito.
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Finalmente, o contraste entre o destaque dado pela comunicação social controlada e até corrupta. Se serviu para alguma coisa, o «programa dos Prós» da RTP de 22 de Maio, foi que, quando as comadres se zangam, sabem-se as verdades. E a verdade que saiu do programa da RTP foi que temos uma comunicação social corrupta e ao serviço de quem tem muito dinheiro.
Nestes dias, a ideia que mais uma vez a comunicação social vendeu à opinião pública, foi a da necessidade de 200 mil despedimentos na função pública.
Resulta que somos o 3º país da U.E. com menor percentagem de funcionários públicos na população activa.
A realidade sustentada por alguns governantes e ex-governantes, nada mostra quanto aos factos que estarão na base de tais afirmações, tão pouco se naqueles 200 mil, estarão os milhares de "boys" nomeados pelo mesmo sistema que os esses mesmos governantes construiram nos últimos 20 e alguns anos.
Assim se informa e se faz política em Portugal.


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Em Setembro de 2002 foi publicada na II Série do Diário da República a aposentação do Exmº. Senhor Juiz Desembargador Dr. José Manuel Branquinho de Oliveira Lobo , a quem foi atribuído o número de pensionista 438.881.

De facto, no dia 1 de Abril de 2002 o Dr. Branquinho Lobo havia sido sujeito a uma "Junta Médica" que, por força de uma doença do foro psiquiátrico , considerou a sua incapacidade para estar ao serviço do Estado, o que foi determinante para a sua passagem à aposentação.


De acordo com o disposto na alínea a) do nº.2 do artigo 37º do decreto-lei nº.498/72 de 9 de Dezembro, em caso de aposentação motivada por incapacidade ou doença, constitui regalia dos magistrados judiciais auferirem a sua pensão de aposentação por inteiro, como se tivessem todo o tempo de serviço para tal necessário.

Por esse motivo , o Dr. Branquinho Lobo passou a auferir uma pensão de aposentação no montante de € 5.320,00.
Contudo, por resolução proferida no dia 30 de Julho de 2004, o Conselho de Ministros do Governo do Dr. Pedro Santana Lopes nomeou o Dr. Branquinho Lobo como Director Nacional da Polícia de Segurança Pública.

Desde então, o Dr. Branquinho Lobo acumula a sua pensão de aposentação por incapacidade com o vencimento de Director Nacional da P.S.P.

.........
Depois de apresentar este texto só posso dizer que tenho vergonha de ser português em Portugal. Gostava de viver numa verdadeira Democracia!

- Todos com o mesmo sistema de saúde;
- Todos a pagarem impostos;
- Todos a terem reformas merecidas e justas;
- Todos com o mesmo sistema de Justiça e não um para os ricos (intocáveis) e outro para os pobres;
- Etc...

Peço a quem ler esta mensagem que divulgue e que se tiver conhecimento de mais casos que me envie para eu compilar tudo para mostrar a todos o país onde vivemos.

tiago.lab@gmail.com

Um abraço

De um simples professor.
------ Comentario ao texto que recebi e que aqui se dá por reproduzido----
Felizmente existe bastante mais pessoas com os olhos abertos do que eu pensava, só com estas pessoas poderesmos ajudar amudar portugal e dizer a verdade aos Portugueses.
Eu não acredito nestes politicos nem nesta, dita democracia, mas ACREDITO COM OUTROS HOMENS (verdadeiramente honestos e com valores) É POSSIVEL GOVERNAR ESTE PORTUGAL PARA TODOS OS PORTUGUESES E PARA TODOS AQUELES QUE NELE TRABALAHM E VÃO CRIANDO RAIZES.

sexta-feira, julho 28, 2006

Proposta foi feita pelo Partido da Nova Democracia


O Porto do Partido da Nova Democracia (PND) do Porto defendeu, esta quinta-feira, a redução do Imposto Automóvel na compra de veículos novos de marcas que tenham linhas de produção em Portugal.

Em comunicado, o PND/Porto refere que a introdução daquela redução, através de benefício fiscal, beneficiaria a competitividade das marcas que investem em Portugal, em detrimento das outras.

A «concelhia» salienta que, com esta medida, a General Motors (GM) seria penalizada no mercado português a partir do momento em que abandonasse a produção de automóveis em Portugal.

A GM Europa anunciou o encerramento, agora previsto para o final de 2006, da fábrica da Opel na Azambuja, alegando elevados custos logísticos.

«O Governo poderá, desta forma, mostrar ao povo português que mais importante do que o lucro imediato é a sustentabilidade da economia portuguesa e a aposta no investimento privado», realça o coordenador do PND/Porto, Franclim Ferreira.

A proposta do PND/Porto será apresentada aos órgãos nacionais do partido, para que estes a encaminhem para o Governo.


------------- COMENTARIO PESSOAL -------------
Concordo plenamente, mas não apenas sobre os produtos comercializados/produzidos pela GM, devemos ter uma conciencialização social, economica e politica sobre as deslocalizações, que têm como único objectivo o LUCRO, lucro esse obtido à custa da miséria e desgraça de outro povos, actualmente o nosso poder é limitado, no entanto temos um que é a livre escolha ( pelo menos ainda acreditamos que temos, mas isso já nos levava para outro assunto)pelo optar em comprar A ou B e será ai que fzemos a nossa pequena justiça, ou seja, vamos boicotar essas empresas e produtos, assim demosntramos que não se limitamos a ver telenovelas, futebol e outras coisas do genero.
NÃO ACEITO QUE A ECONOMIA SEJA CEGA, EXISTE UM CARACTER SOCIAL QUE TEM QUE PREDOMINAR, obviamente que os trabalhadores portugueses teram de dar o seu contributo, mas no que diz respeito á produtividade, ou a tão proclamada falta dela, salvo melhor opinião, ela deve-se em elevadissima percentagem, na casa dos 70/80 %, aos maus chefes/aos pseudo-empresários/lideres, são normalmente pessoas sem condições humanas e técnicas para levar as empresas e o sector público a obter resultados excelentes (é obvio que existem raras excepções).
E o porquê desta minha opinião ?
Muito simples caros amigos, porque existem inúmeros portugueses que trabalham fora de Portugal, em paises e empresas estrangeiras com excelentes niveis de produtividade e deles ninguem diz que os não são produtivos e competentes, aliás muito pelo contrário, assim è legitimo concluir que o grande problema está nas chefias/directores/presidentes/pseudo-empresários/lideres/etc.
Terá de se investir na formação de quadros que tenham perfil para liderar pessoas, para isso é preciso defenir que caracteristicas um lider deve possuir, assim, deixo aqui algumas que considero essenciais :
- O líder deve determinar metas/objectivos, mas baseá-los no que ele próprio faz, em vez de vinculá-las ao que espera que os outros façam.

- O líder, deve defender o seu grupo de trabalho, promover a harmonia entre todos, deve ser imparcial, o 1º na lealdade e no cumprimento daquilo que lhe é determinado, deve ser justo, não pode nem deve promover a intriga o cinismo e a hipocrisia, não pode nem deve distorcer as palavras dos outros a seu belo prazer e para aquilo que no momento lhe for mais útil.
- O líder deve ainda promover a tolerância e compreender e aceitar as diferenças de cada um dentro do grupo, deve promover a motivação entre todos os elementos do grupo, deve enfatizar os pontos fortes e as virtudes do grupo em vez de enfatizar os “pecados” e as fraquezas, é sua obrigação ajudar a melhorar o profissionalismo de cada um dos elementos do grupo.

- O líder deve ter autocontrole, sem ele, o líder perde muito da sua eficiência e o respeito dos seus “seguidores”.

- O líder tem de transmitir confiança.

quinta-feira, julho 27, 2006

Justiça: Distrito Judicial de Lisboa

Três em cada quatro processos na gaveta.


Apenas 15 por cento dos inquéritos abertos tiveram como desfecho a acusação do Ministério Público.

Mais de 100 mil inquéritos foram abertos nos primeiros seis meses deste ano no Ministério Público do distrito judicial de Lisboa, que compreende 42 comarcas agrupadas em 12 círculos judiciais. E 76 por cento dos processos findos foram arquivados.

Segundo dados divulgados pela Procuradoria Distrital de Lisboa, referentes ao primeiro semestre de 2006, foram abertos 101 514 inquéritos, o que, segundo o procurador distrital, João Dias Borges, permite antecipar um aumento de processos em 2006, uma vez que durante todo o ano de 2005 iniciaram-se 190 785.

Os mesmos dados revelam ainda que entre Janeiro e Junho findaram 107 079 inquéritos, ou seja, mais 5565 do que os iniciados no mesmo período. Destes apenas 15 por cento deram origem a acusações, enquanto os despachos de arquivamento representaram cerca de 76 por cento do total.

No fim de Junho encontravam-se ainda 15 821 inquéritos antigos pendentes, isto é, processos abertos em 2004 ou em anos anteriores.

PROCURADOR PEDIU RAPIDEZ

À mesma data existia também 4286 inquéritos nas mãos dos magistrados carecendo de despacho há mais de um mês, uma situação classificada como “inaceitável” pelo procurador e que se reveste de maior gravidade nos círculos judiciais de Lisboa, Barreiro, Funchal, Sintra, Torres Vedras e Ponta Delgada.

Recorde-se que na sequência desta situação, Dias Borges emitiu uma recomendação a pedir maior rapidez aos magistrados, tal como noticiou o CM.

O procurador lembrou que a culpa não é apenas dos magistrados, sublinhando que os atrasos nos serviços administrativos são muito preocupantes devido à insuficiência de funcionários, situação que já foi várias vezes comunicada à administração da Justiça.

MINISTRO RECEBE SINDICATO

O ministro da Justiça, Alberto Costa, recebe amanhã à tarde uma delegação do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), liderada pelo presidente, António Cluny .

O encontro está marcado para as 17h00 e tem agenda livre. Tendo em conta que a reunião decorre num período que, pela primeira vez, não é considerado de férias judiciais de Verão – segunda quinzena de Julho –, este deverá ser um dos temas abordados.

Recorde-se que as férias foram limitadas ao mês de Agosto, embora os magistrados, para gozarem 25 dias consecutivos, sejam obrigados a ultrapassar este período, por causa dos turnos.

APONTAMENTOS TIPOLOGIA DOS CRIMES

Os crimes contra o património representam a maioria dos mais de cem mil processos abertos, cerca de 55 por cento, seguidos dos crimes contra as pessoas, com 22 por cento. Já os cheques sem provisão representam apenas cerca de quatro por cento dos inquéritos iniciados e os crimes de tráfico de estupefacientes limitam-se a um por cento.

MAIS EM LISBOA --- Lisboa recebeu o maior número de processos: 36 853, dos quais 35 535 deram entrada no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP). A seguir surge Almada, com 10 058 inquéritos iniciados, enquanto Sintra registou 8195, Loures 8149 e Cascais 6292.

FALTA DE PESSOAL -----O distrito judicial de Lisboa, que engloba as regiões autónomas da Madeira e dos Açores e compreende 42 comarcas, conta com 400 procuradores e 650 funcionários. A insuficiência de pessoal é uma das causas apontadas pelo procurador João Dias Borges para a pendência processual (atrasos), que ronda os 75 mil inquéritos.

by : Ana Luísa Nascimento

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26-07-2006 - 00:00:00
Ministério Público
364 políticos têm pensões vitalícias



Vítor Mota Alegre tem direito a pensão e subvenção vitalícia Quando deixar de ser deputado, Manuel Alegre receberá em pensão de reforma e subvenção vitalícia uma espécie de pensão suplementar atribuída aos titulares de cargos políticos até 10 de Outubro de 2005 (data da entrada em vigor da lei que extinguiu esse direito) mais de seis mil euros por mês. Como é deputado há 31 anos, período muito superior aos 12 anos exigidos pela lei, Alegre integra o grupo de deputados e ex-governantes que ainda pode receber a subvenção vitalícia. Ao todo, no final de 2005 recebiam subvenções vitalícias 364 políticos, um aumento de quase 21 por cento face a 2001.

O relatório de 2005 da Caixa Geral de Aposentações (CGA), a que o CM teve acesso, é muito preciso sobre a tendência de crescimento do número de titulares de cargos políticos a receber subvenções vitalícias: se em 2001 estas subvenções foram atribuídas a 302 políticos, nos anos seguintes esse número aumentou para 315 em 2002, para 320 em 2003, para 321 em 2004, para se fixar em 364 em 2005. Para este aumento considerável no final do ano passado, contribui a dissolução do Parlamento no final de 2004 e a não reeleição de um número elevado de deputados do PSD nas eleições legislativas.Como na actual legislatura existe ainda um universo apreciável de deputados com 12 e mais anos de exercício da vida parlamentar, é inevitável um aumento do número das subvenções vitalícias nos próximos anos. A subvenção mensal vitalícia é atribuída aos membros do Governo, deputados, juízes do Tribunal Constitucional que não sejam magistrados de carreira, ex-presidentes da República e ex-primeiros-ministros desde 9 de Abril de 1985. Ontem, o Ministério das Finanças deixou claro ao CM que “a pensão do deputado Manuel Alegre está fixada” em 3219 euros. E este valor foi obtido “com base nos descontos que o deputado tinha de fazer, e fez, no âmbito da sua normal carreira contributiva até à data em que atingiu o limite legal da idade [70 anos, feitos em Maio de 2006]”.O Ministério das Finanças diz ainda que o deputado do PS “foi reformado da sua carreira enquanto coordenador da RDP porque atingiu o limite legal de idade”. E que “a fixação da reforma decorre por via automática e obrigatória quando se atinge o limite legal”. Com a pensão fixada, o que Manuel Alegre “receberá quando deixar de ser deputado será a subvenção prevista no Estatuto dos Cargos Políticos”.

Como a lei n.º 4 determina que essa subvenção é em quatro por cento ao ano do vencimento base, até ao máximo de 80 por cento, Alegre, com base no vencimento actual de 3576 euros, receberia 2860 euros. Somando as duas, dá 6079 euros.


O QUE DIZ A LEI UNIVERSO DE ABRANGIDOS

A subvenção vitalícia é atribuída aos “membros do Governo, deputados juízes do Tribunal Constitucional que não sejam magistrados de carreira (...), ex-presidentes da República, ex-presidentes do Parlamento e ex-primeiros-ministros”, diz o artigo 24.º, da lei 4/85.


ALGUEM QUER FAZER COMENTARIOS ????

terça-feira, julho 25, 2006

Alegre reformado da rádio Portuguesa (?!?!?!?!?!?!)

Exclusivo CM

2006-07-25 - 13:00:00

Profissão esquecida Alegre reformado da rádio portuguesa


Mariline Alves Manuel Alegre, vice-presidente da Assembleia da República, era até há pouco tempo coordenador de programas de texto da RDP (Rádio Difusão Portuguesa), cargo do qual se reformou, com 3219,95 euros mensais, segundo a lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA).

Político e escritor, Alegre tinha bem escondida dos portugueses e dos amigos a profissão de funcionário da RDP. E nem ele mesmo se lembrava, tanto que, conforme o garantiu ao CM, “se não fossem eles [CGA] a escrever” uma carta a informá-lo da reforma, o vice-presidente da Assembleia da República “nem teria dado por isso”.

Admitindo ter ingressado nos quadros da RDP pouco depois de “regressar a Portugal”, vindo do exílio em Argel, Manuel Alegre confessa que esteve “pouco tempo” nas funções de director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP (Jaime Gama era o director dos Serviços Informativos).

Isto porque nas primeiras eleições democráticas, para a Assembleia Constituinte, realizadas no dia 25 de Abril de 1975, foi “eleito deputado”, tendo desde então sido sucessivamente reeleito, razão pela qual nunca mais voltou a trabalhar na rádio. Mas, acrescenta, “se por alguma razão não fosse eleito deputado, teria regressado para RDP”.

Manuel Alegre é junto com Jaime Gama, Miranda Calha (ambos também do PS) e Mota Amaral (PSD) um dos quatro únicos políticos portugueses que sempre foi eleito deputado à Assembleia da República.

Ana Sara de Brito, socialista responsável pela logística da campanha de Alegre à Presidência da República, mostrou-se estupefacta, referindo que “talvez Mário Soares soubesse” desta actividade.

“Não me passava pela cabeça que ele fosse funcionário da rádio”, reafirmou ao CM, considerando que Alegre “devia era doar a reforma ao MIC”, Movimento de Intervenção Cívica, criado na sequência da votação obtida (mais de um milhão votos) por Alegre nas eleições presidenciais.

Também Maria de Belém, colega de bancada e amiga de Alegre, desconhecia a profissão de radialista.

“Eu não sabia mas ele também não tem de conhecer toda a minha vida”, frisou ao CM, lembrando-o nos seus tempos de juventude, com “os seus poemas e canções”, e o seu exílio em Argel. “Aí ele tinha um programa na rádio”, sublinhou, recordando ainda que Alegre tutelou a Comunicação Social.

Foi no I Governo Constitucional, entre Julho de 1976 e Dezembro de 1977, que Manuel Alegre assumiu a Secretaria de Estado da Comunicação Social – quando foi encerrado o jornal ‘O Século’ – cargo que acumulou com o de secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro [Mário Soares] para os Assuntos Políticos.


PERFIL

“Herdei de minha mãe uma certa energia, o gosto da intervenção.

De meu pai o desprendimento, uma irresistível e por vezes perigosa tendência para o desinteresse. Inclusivamente pelos bens materiais.”

Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu no dia 12 de Maio de 1936 em Águeda, distrito de Aveiro, no seio de uma família da média burguesia de origem aristocrata. Estudou no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, e frequentou o curso de Direito da Universidade de Coimbra.
Não se formou. A luta académica, o fado, a boémia e o teatro meteram-se de pelo meio.

Fundou o Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra e o Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra. Em 1961 é chamado para o serviço militar nos Açores e em Angola. Em 1963 é preso pela PIDE, em Luanda.

Com residência fixa em Coimbra, passa à clandestinidade exilando-se em 1964, em Argel. Durante dez anos faz-se ouvir aos microfones da emissora A Voz da Liberdade. Regressa a Portugal a 2 de Maio de 1974. Dirigente do PS desde então, é eleito deputado nas sucessivas legislativas. Em 95 é nomeado vice-presidente da Assembleia da República. Gosta de caça e pesca. É membro do Conselho de Estado.

"OPTEI PELO ORDENADO E UM TERÇO DA REFORMA" (Manuel Alegre, vice-presidente da Assembleia da República)

Correio da Manhã – É verdade que vai receber 3 219,95 euros de reforma da rádio?
Manuel Alegre – Vou receber um terço. Como deputado não posso acumular o vencimento com a reforma. Optei pelo ordenado e um terço da reforma.
– Quanto tempo tem de RDP?
– Fui colocado quando regressei no 25 de Abril. Em 75 fui eleito deputado e tenho sido sempre reeleito. Nunca mais lá trabalhei, mas descontei sempre.
– O cargo não consta na sua biografia do Parlamento.
– É uma lacuna, mas não da minha responsabilidade. Também é verdade que eu já não me lembrava. Eles [Caixa Geral de Aposentações] é que me escreveram uma carta por ter feito 70 anos. Eu não pedi nada.
– Não parece mal uma reforma por tão pouco tempo?
– Só posso sublinhar que é legal Se não me enviassem a carta nem dava por isso. O Presidente da República também não recebe duas ou três reformas do Estado, além do vencimento? Mas eu nem questiono isso, que ele é uma pessoa séria.
Sofia Rêgo / Rui Arala Chaves
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25-07-2006 - 00:00:00
A ética de Alegre


----------------------- COMENTARIO ---------------------
Quando pensamos que nada nos pode surpreender em Portugal, não é que hoje quando me deslocava para o serviço, ouvi como noticia do dia a Reforma de Manuel Alegre, nem queria acreditar que o que ouvia era verdade, ainda cheguei a olhar para o calendário do relógio para ver se não era dia 1 de Abril, mas infelizmente não, não era uma brincadeira da triste e manipulada imprensa Portuguesa.
Como é possivel, isto acontecer? , isto ser verdade ? mas o que mais é que os Portugueses vão ver e sentir na pele ? mais uma humilhação que aqueles que tem de trabalhar TODOS os dias, para aqueles que TODOS os dias apertam mais o cinto, e para quê ? para quem ?, sim por existe sempre alguem que ganha, e muito, com este apertão que estamos a levar, uma coisa è certa, não é ninguem que seja honesto, trabalhador e nenhum funcionário público na verdadeira ascenção da palavra.
Assim, tanta coisa que tinha para escrever mas..., pergunto POR QUANTO MAIS TEMPO NOS VAMOS DEIXAR "COMER" ? PORQUANTO MAIS TEMPO VAMOS PERMITIR QUE ESTES PSEUDOPOLITICOS (que não passam de meros "carneirinhos", sem ofender o bicho que é bastante útil por sinal) NOS ENGANEM ? NOS MINTAM ??
EU QUERO A VERDADA !
*
QUERO SABER PARA ONDE VAI O DINHEIRO QUE
OS CONTRIBUINTES PAGAM TODOS OS DIAS !
*
EU QUERO UM PAIS ONDE SE POSSA
SONHAR E ONDE SE CONCRETIZE SONHOS!
*
EU QUERO UM PAIS ONDE CADA CIDADÃO TENHA A CERTEZA
QUE TEM UM GOVERNO A GOVERNAR PARA ELE E PARA TODOS !
*
EU QUERO QUE SE ACABE COM OS "JOBS", COM A InCOMPETÊNCIA,
COM A FOME, COM A FALTA DE SOLIDERIEDADE, COM A CORRUPÇÃO !!
*
BOLAS !!
*
...EU SÓ QUERO UM PAIS ONDE SE POSSA VIVER COM DIGNIDADE !!...

domingo, julho 23, 2006

Suborno de 4500 euros para fugir à tropa


2006/07/23 11:33

Rede criminosa integrava médicos e militares do Hospital Militar do Porto

Uma rede criminosa, que integrava médicos e militares do Hospital Militar do Porto e centros de inspecções, terá livrado centenas de indivíduos do extinto serviço militar obrigatório, durante vários anos, noticia este domingo o Jornal de Notícias (JN).
Segundo o JN, os arguidos, já acusados pelo Ministério Público por actos de corrupção, falsificação e associação criminosa, cometidos entre 2001 e 2003, angariavam mancebos interessados em escapar à tropa, aos quais cobravam um suborno de entre 1250 e 4500 euros.
O «cérebro» da operação seria um sargento de 50 anos, que prestava serviço nas inspecções médicas do Centro de Classificação e Selecção do Porto.
Os seus principais colaboradores seriam outros militares, responsáveis pela ligação aos recrutas interessados, e um médico psiquiatra.
Ainda segundo o jornal, entre os métodos mais utilizados estava alegar durante as inspecções problemas de ouvidos, nariz e boca, como sinusite.
Estes não eram averiguados, bastando aos recrutas declarar que tomavam medicação específica, cujo nome era facultado pelos membros da rede.
O outro «truques» seria alegar problemas psiquiátricos, como atraso mental, que o psiquiatra membro da rede ajudaria a «diagnosticar».
Caso os indivíduos tivessem sido declarados aptos, entraria em funcionamento uma rede «secundária», cujo responsável era outro sargento, com contactos «ao mais alto nível», inclusivamente noutros hospitais militares do centro do país e em Lisboa, adianta o JN.
Os recrutas ou mancebos declaravam-se toxicodependentes e, levados a junta médica, misturavam químicos nas amostras de urina recolhidas, que faziam com que fossem detectados vestígios de cocaína e heroína.
Com este esquema, os líderes da rede chegavam a facturar 500 euros por semana, cada um.
As investigações conduziram ao arresto de contas bancárias com mais de 220 mil euros e à apreensão de quatro automóveis, por suspeitas de terem sido adquiridos com o proveito dos subornos.
A um padre de Ponte de Lima, que participava na angariação de mancebos, foi apreendido um automóvel Audi A3.
O processo encontra-se em fase de instrução no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Daí, poderá transitar para julgamento, no Tribunal de São João Novo, no Porto.
Apenso ao processo estão escutas telefónicas realizadas aos dois referidos sargentos, vigilâncias da Polícia Judiciária e documentos presumivelmente forjados, que foram apreendidos aos arguidos.
De 200 indivíduos constituídos arguidos ao longo da investigação, foi deduzida acusação contra 65.
Destes, 12 são militares ou médicos ligados ao Hospital Militar do Porto e ao centro de inspecções médicas.

Onde pára a corrupção?

2006/07/06

Juiz reconhece que «maioria dos processos é das autarquias»

MAIS:
Corrupção mais engenhosa

O juiz de direito Mouraz Lopes, afirmou esta quinta-feira, em Setúbal, que a «maior parte dos processos de corrupção participada são das autarquias», mas mostrou-se convicto de que, a nível geral, o fenómeno não tem a dimensão que muitos lhe atribuem.
«As cifras negras da corrupção (casos não participados) não são o monstro de Lockness», defendeu o juiz e ex-director da DCICCEF (Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira) num colóquio promovido pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP).
Perante uma centena de pessoas que lotaram a Biblioteca Municipal, Mouraz Lopes foi particularmente crítico dos megaprocessos judiciais e da utilização do mesmo modelo de investigação para casos de pequena e grande corrupção que, na opinião do magistrado, deveriam ter um tratamento distinto.
«O presidente que utiliza o tractor da junta de freguesia indevidamente tem o mesmo tratamento que o ministro "Z" suspeito de ligação a uma rede internacional de tráfico de influências», exemplificou Mouraz Lopes.
Durante o encontro, a juíza Cândida Almeida, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) apresentou um conjunto de propostas de alteração das leis de «protecção dos denunciantes» com o objectivo de melhorar a eficácia no combate à corrupção em Portugal.
No que respeita às cifras negras da corrupção, Cândida Almeida disse não ter razões para acreditar que existem mais casos de corrupção em Portugal do que noutros países europeus, apesar do que transparece muitas vezes na comunicação social.
«Há corrupção porque isso é inerente ao poder, mas acho uma ousadia e uma temeridade dizer que o país é corrupto, porque isso fragiliza a democracia e o estado democrático».
«Claro que há cifras negras. Mas vamos estudá-las para depois dizermos se o país é muito corrupto ou não. Para mim está dentro das estatísticas europeias», concluiu.

quinta-feira, julho 20, 2006

Sá Carneiro fez frente a Carlucci

2006/07/19 23:15 Judite França

Americano tirou-o do sério na altura em que os EUA financiaram o PS



Sá Carneiro, 25 anos depois

Que os Estados Unidos financiaram o PS de Mário Soares por altura do primeiro executivo minoritário socialista já se sabe.
Mas que Franco Carlucci não queria que um Governo PS/PSD ficou claro numa reunião em Cascais que quase chegou ao confronto físico. Sá Carneiro alegava - e com a razão que só o futuro pode dizer - que um executivo socialista, que tinha alcançado 35 por cento nas eleições, era um governo a prazo. Durou um ano. Carlucci por outro lado não queria Sá Carneiro como primeiro-ministro: considerava-o irascível. E teve razão: o falecido delfim da direita esteve prestes a travar-se de razões com o embaixador norte-americano e a mostrar-lhe o quanto irascível era...
Na discussão, e já depois do Congresso norte-americano, com o presidente Ford a aceitar oferecer a Portugal «o grande empréstimo», assim adjectivado por se tratar de uma soma considerável de dinheiro que viajou para os cofres do PS, Sá Carneiro contestou o apoio a um Governo minoritário. Mas Carlucci não cedeu, apesar dos ímpetos do líder da direita.
Este é um dos temas que uma tertúlia servida com jantar vai revelar esta noite de quarta-feira no Porto, no Café Guarany. Promovida por Paulo Morais, ex-vice-presidente da câmara, na data do aniversário do nascimento de Sá Carneiro, amigos próximos juntam-se para recordar o antigo primeiro-ministro. Pronto para revelar factos históricos ainda não divulgados está o deputado do PSD e historiador José Freire Antunes que, em primeira mão, ao PortugalDiário, conta este momento quente da política portuguesa da década de 70 e ainda recuou no tempo para falar numa declaração que Sá Carneiro fez questão de assinar quando integrou a Assembleia Nacional, em 1969, marcando a distância com Marcello Caetano.
Nesse pedaço de papel, que firmava a «coragem» de Sá Carneiro, podia ler-se que o então deputado considerava-se «totalmente independente» da política marcellista. Uma prova de coragem num ambiente pouco democrático, diz Freire Antunes, realçando a faceta social-democrata do antigo primeiro-ministro.
Nem todos o olhavam assim e as visitas às prisões, enquanto deputado, e a defesa de um preso político do PCP, José Pedro Soares, valeu-lhe o epíteto de «sublíder subversivo». Numa época conturbada, de posições extremadas, Sá Carneiro esteve prestes de alcançar, em plena década de 70, a liderança de um partido de centro - entre a esquerda e o regime. Mas as más línguas consideravam-no demasiado avançado para o tempo e até «refém do PCP».
Esta noite, no Café Guariny, estas e outras histórias serão recordadas por Freire Antunes, que cedo publicou um livro sobre as cartas a Marcello Caetano, que ajudam a perceber os contornos já desbotados da história. Sá Carneiro escreveu missivas ao presidente do Conselho que explicam o percurso do antigo primeiro-ministro antes do 25 de Abril.
Nomeadamente, escreveu a Caetano criticando a forma como o Bispo do Porto, exilado, não pôde visitar o país para estar presente no funeral da mãe, enquanto Mário Soares, também exilado em São Tomé, pôde voltar a Portugal.
Recordando estes e outros momentos de uma vida cheia de acontecimentos fracturantes, Paulo Morais e um conjunto de amigos, alguns que privaram com Sá Carneiro, querem festejar o nascimento, antes de assinalar uma morte trágica. Mais do que nascimento, este jantar privado festeja as ideias de um homem, que Freire Antunes irá rememorar numa primeira intervenção, sobretudo o período de luta contra a ditadura antes do 25 de Abril.
«Era um homem de rupturas, que lutou antes de 1974, mas também não pactuou com o sistema perverso do período pós-Abril», diz Paulo Morais ao PortugalDiário que, com orgulho, olha para um homem «desprendido de lugares, que antes de morrer tinha dito que pretendia deixar o cargo de primeiro-ministro». Crítico do sistema, Morais considera que «não é por acaso que este regime festeja a morte de Sá Carneiro. Tenho a certeza que não pactuaria com este estado de coisas».

segunda-feira, julho 10, 2006

Entrevista - Cândida Almeida


Cândida Almeida, directora do departamento central de investigação e acção Penal (DCIAP), desafia o poder político a avançar com um Plano Estratégico de Combate à Corrupção com metas, investigação e tribunais especializados, e sobretudo melhores leis dando às testemunhas níveis de protecção e reserva de identidade como já acontece nos casos de terrorismo, tráfico de seres humanos e crime organizado.

Correio da Manhã – Por que diz que os casos de corrupção em Portugal não são tão numerosos como se escreve nos jornais?
Cândida Almeida – O que se passa é que Portugal não só está a meio entre os 25 países da União Europeia nos índices da Transparency International, onde é 26.º menos corrupto entre 158 países de todo o Mundo, como, sobretudo, o número de casos de corrupção denunciados por ano corresponde de facto à média entre os países da UE.
– Quais são os números actuais?
– No momento, estão pendentes em todo o País 360 processos sobre suspeitas de corrupção. No ano passado, no DCICCEF da Polícia Judiciária, o inspector Maurício fez um levantamento de 2001 a 2005 em que somou 1251 casos, o que dá uma média de 312 por ano. Antes, aqui no DCIAP, fizemos um estudo sobre as incidências em 1999-2001, apurando quem se queixava, quem eram os suspeitos, onde trabalhavam, qual o seu nível de formação para definir os perfis do corrupto e do corruptor e as conclusões apontaram para números inferiores aos actuais, o que é normal porque falar da corrupção desperta sempre a denúncia de mais casos.
– Existe alguma incidência que aponte os autarcas como mais suspeitos de corrupção?
– Não, não há, porque ainda não fizemos qualquer estudo sobre essa incidência. Mas é importante dizer que essa é uma ideia tirada apressadamente do estudo do inspector Maurício. Ele concluiu que existia uma maioria de casos envolvendo as autarquias, mas não apurou se estavam em causa os autarcas eleitos ou os funcionários. Identificar onde há maior incidência de casos de corrupção exige tempo e pessoas disponíveis para estudarem os processos. Estou interessada em que se faça esse levantamento.
– Por que é que critica que se fale muito em corrupção?
– Por que se faz muita confusão. Esta semana referi em duas comunicações um artigo do prof. Boaventura Sousa Santos, em que, independentemente do apreço intelectual que me merece, tenho de criticar a forma como evoca “uma maré negra de corrupção”, misturando menores e actos ilícitos na administração e na economia, confundindo corrupção jurídica, com a social, sociológica. Acho que é uma temeridade afirmar, sem ter números, que o País é corrupto, porque isso fragiliza o nosso papel no concerto das nações e a nossa democracia. Eu não digo que não há corrupção, digo é que é preciso averiguar e saber o que realmente existe. Conhecer qual é o tipo de corrupção, se é a pequena, a média ou a alta, torna-se essencial para a combater e preveni-la na origem.
– Mas a confusão na cabeça dos cidadãos não resulta da falta de clareza legislativa?
– Do meu ponto de vista, a legislação é clara e os cidadãos é que confundem as coisas quando começam a falar. O defeito da legislação é outro. O problema é que as normas tal como existem tornam difícil a prossecução de numerosos processos. Antes de 2001, segundo a lei, nem sequer havia corrupção quando não existia uma contrapartida, ou pelo menos ele se projectava no futuro. A partir da Lei 108/2001 já se pune a oferta e recebimento de prendas, dinheiros ou outras vantagens materiais, mas a punição para este tipo de casos, que eu acho graves porque aviltam a transparência da Administração Pública num país democrático, está limitada a dois anos de prisão e parece-me ridícula. Basta pensar em alguém que receba mensalmente uma oferta, dinheiro ou cheque, num comportamento sujo e que vai contra as regras da transparência, não arrisca mais do que dois anos de cadeia e o crime até prescreve ao cabo de cinco anos. Isto não se passa em países onde o combate à corrupção está mais avançado e este tipo de crimes é imprescritível.
– Pensa que Portugal devia seguir esse caminho?
– Não, porque considero importante a existência da prescrição, mas defendo o alargamento dos prazos e o aumento do limite das penas para que se possam adequar aos casos concretos. A medida da pena devia ser a mesma que existe para os actos ilícitos, que é até oito anos de prisão e prescrição só ao fim de dez. O equiparar das penas seria essencial para se ultrapassarem as dificuldades que existem para provar a existência de uma contrapartida. Temos de reconhecer que a corrupção é sofisticada e muitas vezes nem sequer conseguimos encontrá-la. Se há uma prova de que alguém deu e alguém recebeu, não se devia ter de, além disso, provar a contrapartida. Aliás, a alta corrupção procede desta forma. Em Itália, as máfias oferecem grandes vantagens patrimoniais por alturas do Natal e Ano Novo com vista a obter contrapartidas mais tarde. E, nos EUA, as listas que o Al Capone tinha de avenças a juízes e polícias também visavam actos ilícitos no futuro. Qualquer destes crimes nunca dava, em Portugal, mais do que dois anos de prisão. Isto não pode acontecer.
– Qual é mesmo o problema que mais dificulta a investigação?
– A falta de protecção das testemunhas dos casos de corrupção. As medidas mais fortes, como a reserva de conhecimento e de identidade que existe nos processos de crimes de terrorismo, tráfico de seres humanos e associação criminosa não são aplicadas no combate à corrupção. E isto quando as pessoas têm tanto medo de represálias que nem sequer assumem as denúncias que fazem. Na maioria dos casos, a denúncia é anónima e o que chega é muito vago e às vezes até com aldrabices. Mas, mesmo quando acusam pessoalmente, não assinam a denúncia e não querem constar do processo com o receio de mais tarde serem confrontados por quem acusam, até porque há a ideia de que eles acabam por ser sempre absolvidos, e quem sai prejudicado é autor da denúncia.
– Também há exigência da lei que obriga a investigação a separar o património obtido de forma lícita e de forma ilícita?
– É o artigo 7.º da Lei 5/2002 que obriga a investigação, já com grandes dificuldades em descobrir o património dos suspeitos de corrupção, muitas vezes repartido e escondido por nomes de diversos familiares, a apurar ainda o que resulta de actividades lícitas e o foi ganho ilícito. Esta lei devia ser modificada, passando para o réu o ónus da prova. Ela impede de facto como constata o Relatório Greco que em Portugal se faça o confisco dos bens ilícitos a favor do Estado. Não é aceitável que se obrigue a investigação a saber se, além do proveito da corrupção ou do tráfico de droga, o suspeito também tem uma mulher poupada ou se lhe saiu a sorte grande.
– É por isto que se pensa que a corrupção escapa à lei...
– Sim, já tenho constatado essa ideia, mas não tenho dúvidas de que quando há provas os réus são obviamente condenados, embora nalguns casos a penas menos graves do que mereciam. A ideia de impunidade não corresponde à verdade e temos de apagá-la da Comunicação Social e da cabeça das pessoas com uma cultura de cidadania que nos faça exigentes e leve a denunciar o que está mal. Sem esse contributo, é impossível combater a corrupção.
– E o que é que a Justiça deve fazer para se tornar mais eficaz?
– Uma medida importante é que os magistrados que trabalham no crime económico ou financeiro devem ter uma formação específica. É preciso que os processos de corrupção sejam investigados, instruídos e julgados por departamentos do Ministério Público e tribunais com pessoas bem preparadas, com qualidade e antiguidade.Há, por outro lado, falta de meios e de recursos humanos que eventualmente podem estar mal distribuídos. Sinto muita falta de peritos. Nos crimes de corrupção fazemos muita análise e cruzamento de informação e o Ministério Público fica limitado se não puder determinar e fazer-se obedecer pelos serviços públicos especializados quanto à prioridade de perícias necessária para uma investigação em relação ao trabalho rotineiro desses organismos. Os meios são muito reduzidos. O Núcleo de Apoio Técnico, no DCIAP e a funcionar para todo o País, com especialistas preparados para o crime económico e financeiro, só tem oito pessoas.
– Estes meios não são iguais aos dos outros países europeus?
– De modo nenhum. Na Bélgica, que tem uma população igual à nossa, o departamento de coordenação similar ao português, que começou mais tarde e com menos meios, conta hoje com cerca de 70/80 funcionários e 40 a 50 magistrados, enquanto em Portugal temos dez magistrados, sete funcionários e dez órgãos de polícia criminal.
– É por falta de meios que os processos mediáticos morrem?
– Não, o que devia acontecer é conseguirmos resultados mais rapidamente. Assim temos de nos desdobrar, mas não há processos arquivados por abandono ou prescrição.
– Mas é o que se pensa quando se deixa de falar nas investigações às câmaras da Amadora e Cascais ou na ‘Operação Furacão’, que era o maior processo contra o branqueamento de capitais feito em Portugal?
– Não há nenhum inêxito nos processos. A chamada ‘Operação Furacão’ está em investigação.
- Mas o prolongar das investigações é inaceitável quando se vê o ‘Apito Dourado’ correr há mais de dois anos, enquanto em Itália um processo de corrupção no futebol noticiado há meses já está em julgamento?
– Era preciso saber quanto tempo houve antes de investigação sem ninguém saber. Uma questão que se coloca em Portugal é que as investigações são notícia desde o seu início. Nos outros países não há maior rapidez. A média de duração de elaboração dos processos é a mesma, seja em Itália ou em França. '
PGR DEVIA SAIR DO MINISTÉRIO PÚBLICO'CM
– Qual o perfil que traça para o futuro procurador-geral da República?
C.A. – Como magistrada do Ministério Público, considero que seria importante que saísse do próprio MP para conhecer a máquina e conseguir com essa vantagem apresentar mais rapidamente soluções mais eficazes. Ser do MP não me parece, porém, imprescindível. O que não aceito é que se exclua essa possibilidade. Ele pode também conhecer a máquina vendo-a de fora.Essencial é que seja imparcial, sério, equidistante, tenha capacidade de trabalho para pôr a máquina a funcionar e seja respeitado. Não podem é escolher alguém para depois o atacar. Não lhe podem tirar o tapete debaixo dos pés. Não pode ser destruído na praça pública, atacado por factos que não são da sua responsabilidade. Defendo o Ministério Público com uma estrutura hierarquizada e responsabilizada. O procurador-geral da República, no topo, não pode ser crucificado por tudo. Os cidadãos e a Comunicação Social devem respeitá-lo, porque é uma pessoa com importância essencial no Estado de Direito Democrático.
PERFIL
Directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) desde Fevereiro de 2001, Maria Cândida Almeida, nascida no Porto a 28 de Janeiro de 1949, foi a primeira mulher a entrar para o Ministério Público, após a Constituição de 1976 o consagrar com independência e estatuto inovador, já que deixou de ser mera carreira vestibular da magistratura judicial. Em Junho de 1976, teve a sua primeira colocação em Cascais, conseguindo o que antes do 25 de Abril lhe fora recusado por a lei o não permitir.
O facto de ser mulher fechou-lhe outros acessos no tempo da ditadura do Estado Novo. No entanto, foi sempre uma valente fazendo quase todo o curso de Direito em Coimbra, como ‘aluna voluntária’ a trabalhar a milhares de quilómetros, em Porto Amélia, no Norte de Moçambique.
Licenciou-se em 1972, casou, teve a sua única filha e como procuradora encarregou-se de casos célebres como as FP-25, o caso Dopa e Dona Branca. Casou segunda vez com Maximiano Rodrigues e é actual presidente da assembleia geral do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.

por: João Vaz

sábado, julho 08, 2006

O jornal chinês Jinan Times revelou ter recebido um email, enviado de França, a denunciar a existência de corrupção no jogo que os franceses ganharam ao Brasil, por 1-0, nos quartos-de-final do Mundial.

Segundo a referida fonte, os jogadores brasileiros teriam facilitado a vitória dos gauleses - que depois bateram Portugal nas meias-finais - a troco de 25 milhões de euros, que é o dobro do prémio atribuído pela FIFA à selecção vencedora do Campeonato do Mundo.

(atenção que na SIC noticias tem passado uma reportagem realizada pela BBC onde è relatada a corrupção na FIFA, nomeadamente de Blater e os seus amigos )

De qualquer forma, não existe qualquer prova de que tenha existido qualquer ilegalidade, apesar de ter sido evidente que o desempenho do Brasil esteve longe do que se esperava no embate com a França.

in: http://www.record.pt/noticia.asp?id=713948&idCanal=832

quarta-feira, julho 05, 2006

Agora depois de mais uma oportunidade desperdiçada, vamos ficar todos contentes com a prestação da seleção no mundial, mas MERDA (!!!)... que prestação ??? da historia só reza o vencedor e mais uma vez não somos nós.

QUANDO É QUE DEIXAMOS DE NOS CONTENTAR COM AS MIGALHAS QUANDO OS OUTROS COMEM O BOLO TODO ???

Infelizmente contianuamos a ser um povo que só tem demonstrado, nos ultimos 500 anos, pena de si proprio, ainda está à espera que D. Sebastião apareça numa noite de nevoeiro para nos salvar (salvaria de nós proprios) e depois, lamenta-se por tudo e por nada (eu sou um deles), mas aos nossos filhos é imperiosos passar outra mensagem, temos de ser mais ambiciosos, mais matreiros, não individualmente mas para o colectivo, "ISTO TUDO (a vida) É UM JOGO" porquê nao jogarmos para GANHAR !!!

INFELIZMENTE NEM A ATITUDE ESPECTACULAR DO SCOLARI FAZ MILAGRES .

Meus amigos temos de mudar de atitude, ou melhor, ter atitude, temos de ser mais "agressivos", não termedo de lutar por aquilo que acreditamos e queremos, mais espeditos mas chega de "chico espertises" ou ainda não perceberam que isso não nos leva a lado nenhum ??

MERDA... estou farto desta merda toda !!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, julho 03, 2006

Alma Portugesa

Alma Portugesa

(Esta é a letra de uma música que um amigo compus e está devidamente registada na S.P.A.-Sociedade Portuguesa de Autores)

Alma Portuguesa,
não chores mais:
este tempo é concerteza,
aquilo que tu tanto esperais.

Chega agora o Desejado,
D. Sebastião e o seu Mito,
aquele e este são nosso fado,
tudo é triste e tanto bonito.

Como a saudade que sentíamos
é de um vibrar que renasceu,
vibra, meu povo, com força vibra,
mata a saudade que o fado venceu.

Alfama e Mouraria
hão-de ver o Fado morrer;
hão-de ver nascer o dia
da Alma Portuguesa se erguer.

O Fado é saudade
de uma era já passada:
morre a saudade, morre o fado,
geração por Deus despertada.

Com a Alma a vibrar
já os jovens sairam á rua...
até os velhos virão dançar....
este é o povo Filho da Luz.

E do Mar outrora navegado,
um trovão que nos faz parar:
anuncia a morte do Fado
e a Alma do povo quer vibrar.

Como a saudade que sentíamos

é de um vibrar que renasceu
vibra, meu povo, com força vibra,
mata a saudade que o Fado venceu.



by: dualeto_2004@hotmail.com



O que falta nos lideres portugueses?

Amor.
Falta decidirem expressar Amor.
Tão simples quanto isto.
E só falta decidirem, porque Amor já eles têm...
e são...Se eles decidissem expressar Amor
nunca deixariam o povo cair em situações tristes,
desesperantes, reveladoras de pobreza espiritual e material,
sobre as quais eles têm poder de decisão transformadora...
O Amor tem de estar presente na atitude, na postura e nas decisões das pessoas com competência para gerir uma nação...
O Amor pela nação é indespensável á boa gestão do território nacional...
Eu tenho Amor... ... mas também tenho consciência para ver que eu não sou uma pessoa competente o suficiente para governar um paìs...
por isso eu renuncio a sequer me aproximar de tal posição...
O mesmo deveriam fazer aqueles que, mesmo sendo competentes,
sentem que não possuem Amor suficiente por Portugal.
by: dualeto

Libertação de Portugal


Enquanto Portugal e cada um dos portugueses, individualmente, não deixar de pensar de um modo parcial, partidário e exclusivista, o país não evolui no sentido que cada português sente que a nação deve evoluir... mas tudo faz parte de um processo e precisamos compreender onde estamos e para saber para onde queremos ir.
Entendo que maior parte dos portugueses não consigam compreender, ou ter consciência desse Chamamento que sentem na Alma, mas Ele está lá e se não fôr ouvido e compreendido, Portugal irá sempre cair na depressão espiritual e , consequentemente, económica, o que, evidentemente, arrastará, novamente, todas as outras áreas da vida de cada cidadão e da sociedade em geral, até aos níveis da infelicidade e da falta de qualidade de vida.Posturas politico-partidárias, religiosas, clubistas e de qualquer modo exclusivistas e de sistemas ideológicos, mais, ou menos, fechados, vão sempre limitar a visão de cada indivíduo no sentido de uma evolução pessoal de respeito, de compreensão, de apoio e Amor ao próximo.
Não existe uma só maneira das coisas serem feitas: é preciso ouvir os outros, manter a mente e o Coração abertos e encontrar, deste modo, o equilibrio das opções humanas.Vejamos, p. ex., o caso desta maioria absoluta do Partido Socialista: houve 35% de abstenções... dos 65% que foram votar, 45% votaram no P.S e 65% nos restantes partidos.... ora, isto representa que somente 22.75% da população preferiu o P.S.; que 42.25% preferiu votar em outro partido qualquer e que os restantes 35% nem sequer compareceram nas mesas de votos... logo, será que isto representa uma verdadeira maioria e a vontade real de um povo? O sistema tem de mudar, pois, (contas finais) com 77.25% de insatisfeitos como resultado do acto eleitoral, evidentemente, maior parte do país está contra o rumo que as coisas estão a tomar.
O único rumo é o Rumo do Coração, mas este é um Caminho, sobre o qual, o português ainda não dislumbra qualquer lider para seguir... e não dislumbra porque não existe: o líder está em nós mesmos e a mudança tem de ser feita interiormente.Um voto em branco, ou um voto nulo significa a concordância com o que está implantado ao nível do modo como o sistema funciona (democracia), mas não concordar e não se identificar com nenhuma das pessoas que se candidatam a fazer o sistema funcionar.
Não comparecer nas mesas de votos, ou abster-se de votar, representa que não se está de acordo com o sistema de funcionamento da sociedade.Provavelmente ainda temos que passar pela democracia liberal antes da democracia desaparecer completamente, mas este é o destino da sociedade global: o fim da democracia.
Não votar é algo que assusta a população, por pensar que, deste modo, existe o perigo de subir ao poder mais um ditador... mas, se o povo não votar, o ditador só aparecerá se o povo deixar e se o Coração popular não estiver virado e educado para aquilo que é o Verdadeiro Rumo de Portugal: o Amor... e o Amor não teme, tudo resolve... e quando as nossas acções e escolhas mundanas têm por base este que é o maior Poder do Universo, o mundo transformar-se - através do trabalho de nossas mãos - num verdadeiro Paraíso.
Elevamos um homem á liderança de um partido e acreditamos que é ele que vai resolver tudo e que nos vai liderar até ao alívio e á felicidade.
Aderimos a uma religião e acreditamos que é ela o Caminho que vai resolver tudo e que nos vai conduzir até ao alívio e á felicidade.
Porém, o verdadeiro alívio e a verdadeira felicidade está mais perto de nós do que a ponta dos nossos narizes: somos nós próprios... e somos tão humildes, ou tão arrogantes, que nem sequer olhamos, ouvimos e acreditamos no Imenso Poder que em nós existe e que está pronto a servir-nos e encaminhar-nos para a Elevação Espiritual de Portugal e de todos os portugueses.
A solução para Portugal é a libertação das amarras que nos limitam e nos prendem e nos fazem olhar com desconfiança para cada um dos nossos irmãos e irmãs, simplesmente, por ele, ou ela, pertencer a uma qualquer outra amarra que, também a ele(a), o(a) limita e prende.Libertem Portugal libertando os vossos próprios espíritos.

by Macillium

domingo, julho 02, 2006

O preconceito, associado ao medo, potencia o mais perigoso no comportamento das multidões: a sua cegueira emocional".

José Manuel Fernandes, director do «Público»