terça-feira, junho 30, 2009

Anedota do dia.....

UMA PISCINA MÁGICA!!!

Durante uma festa de arromba, com a nata dos políticos e diplomatas presentes no País, um milionário anfitrião, já meio tocado, fez-seouvir para anunciar:

--Eu queria dizer uma coisa...a minha piscina é mágica!!!

Todos, pensando que era delírio do dono da casa, começaram a rir.

Nisto, o dono da casa começa a correr, dá um pulo para a piscina e grita:

--CERVEJA!!!
A água muda para cerveja, o tipo vai nadando, vai bebendo, e, ao sairdo outro lado, a piscina volta ao normal.

O Embaixador italiano, estupefacto com o que estava a presenciar,corre também, dá um salto e grita:

--VINHO!!!
E a água transforma-se em vinho. Ele nada, sai do outro lado e, novamente, a piscina volta ao normal.

O Adido francês vai, dá um pulo para dentro da piscina e grita:

--CHAMPAGNE!!!
E a água muda para champanhe. Quando sai do outro lado a piscina volta ao normal.

José Sócrates, vibrando de emoção com o que está a acontecer no seuPortugal, corre também para a piscina.

Quando já vai no ar, o Armando Vara, seu amigo de infância, diz-lhe:

--Cuidado Zé, tens o telemóvel e a carteira no bolso!!!·

E o Sócrates grita:

--MMMEEERRRDDDAAAA!!!!!!!!!!

(Merecido banho !!!)

segunda-feira, junho 29, 2009

Portal para transparência nas obras públicas adjudicado sem concurso

- MM 29/06/2009 - 10:05

Portal para transparência nas obras públicas adjudicado sem concurso. O Instituto da Construção e Imobiliário (InCI), organismo público que elaborou o Código dos Contratos Públicos em nome da transparência e do rigor no uso dos dinheiros públicos, entregou o desenvolvimento de um portal à Microsoft, num contrato sem concurso público e o­nde já há derrapagens, avança o Público.
Segundo o InCI, a elaboração deste portal -
www.base.gov.pt - foi adjudicada à Microsoft a 27 de Junho de 2008, por «ajuste directo, considerando, à data, a urgência de implementação do portal», explica o Público.
Nessa altura, as portarias que regulamentam o portal ainda não tinham sido publicadas e estava-se, então, a um mês e dois dias da entrada em vigor do Código da Contratação Pública.
Porém, segundo dados divulgados pelo Público, a Microsoft começou a trabalhar no portal antes da adjudicação, numa altura em que o contrato de ajuste directo não tinha sido assinado, já que apenas o foi a 4 de Novembro de 2008.
A Microsoft era consultora do Ministério das Obras Públicas e colaborou com a secretaria de Estado na preparação das portarias que vieram regulamentar o Código - e acabou por ver ser-lhe adjudicada a elaboração de um serviço para o qual foi consultora, ao arrepio das recomendações legais.[...]
Sol

segunda-feira, junho 08, 2009

Mil polícias entregaram bonés e chamaram «mentiroso» a Sócrates



Foi uma manifestação em força, que terminou com chapéus a serem lançados para a rua. Os polícias estão descontentes e manifestaram isso mesmo esta segunda-feira em frente à residência oficial do primeiro ministro, após terem marchado desde o Parlamento.
A separá-los do Palácio de S. Bento surgiu apenas uma barreira policial, que susteve os ânimos mais exaltados. Entre gritos de revolta (e de «mentiroso»), empunhavam bandeiras da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), que tinha convocado este protesto.
O presidente, Paulo Rodrigues, aproveitou para anunciar que a luta não vai parar, agendando uma nova acção para 30 de Junho. Dessa vez, os polícias podem mesmo parar, embora não saiba ainda como é que isso vai acontecer.
Entre as reivindicações da ASPP está a criação de uma tabela remuneratória «justa e adequada», a exclusão da PSP da Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações da Função Pública, a inclusão dos cônjuges nos serviços de saúde da PSP, a atribuição do subsídio de risco a todos os profissionais da PSP e a pré-aposentação aos 55 anos de idade ou 36 de serviço.
Os sindicatos acusam o Governo de não aceitar discutir as propostas que apresentaram e salientam que as negociações são apenas «uma mera formalidade de audição» e que o Executivo «tem de deixar de ter um olhar economicista sobre a PSP».

domingo, junho 07, 2009

Portugal, de novo

O trabalho de anos da evidência da mentira socratina, da demonstração da indignidade do Estado pê-éssico e da revelação da miséria a que o socialismo capitalista conduziu o País, tem hoje, 7-6-2009, uma etapa decisiva: de acordo com as sondagens (as de hoje...), o PS perdeu as eleições europeias de Junho de 2009.
Depois desta importante vitória das eleições europeias, que o PSD venceu, importa manter a receita para a vitória nas eleições legislativas e autárquicas de Setembro/Outubro próximos: a concentração de esforços e a reunião do valor e da força efectiva-Ainda nos vencedores, grande destaque para o Bloco de Esquerda que pode duplicar a votação e, de certo modo, o CDS-PP (uma surpresa) e do PC (que mantém o seu eleitorado).Mais do que a vitória do PSD, a subida notável do Bloco (que recebeu uma parte significativa do voto de protesto) e a fixação do voto do PC e CDS-PP, o que ressalta é a derrota estrondosa do Partido Socialista na marcha que cremos para uma votação almeida-sântica nas legislativas de Setembro/Outubro de 25%.
Este é a altura para análise do enviesamento quase perfeito das sondagens - de que escapa a Marktest, empresa não dependente do poder. O enviesamento das sondagens tem de ser denunciado e tomadas lições a este respeito. Não é que o bandwagon effect tenha tido êxito, mas são as previsões absurdas que não se explicam com mudanças de quase dois dígitos entre a sondagem a poucos dias do sufrágio.Aqui, e nos contactos com outras pessoas, há muito que acreditei nos 29% para o PS, um objectivo que agora parece ter sido alcançado.
Acreditei, quando muito poucos criam possível, na vitória e ninguém admitia uma votação para o PS abaixo dos 30%.Hoje é o dia da verdade projectada. Projectada nas telas do desespero socialista e nos écrans da alegria dos patriotas morais, dos cidadãos activos, da intervenção popular. E projectada sobre o futuro.
Hoje é o dia do júbilo da vitória, dos lutadores, dos resistentes, e também dos que sofreram assustados a perseguição da informação, da opinião, da expressão.
Hoje, é o dia em que, perante o nosso enjoo e pena, saiem da casca os colaboracionistas, com casacos virados com o forro exposto de tonalidade rosa, os que estiveram hibernados a tratar da vidinha, mancomunados com os socialistas nos negócios e nos tachos, recolhidos no quentinho útil dos sofás, enquanto outros investigavam e denunciavam o Horror, escreviam, publicavam e falavam sobre corrupção, recebiam ameaças de morte, sofriam os processos e se batiam em salas de tribunal desertas de medo e cheias de convicção ou arriscavam nos empregos, nas empresas e na relação com o Estado, o desafio da quase ditadura em que o País era metido.
Hoje é o nosso dia e o dia do povo.
O dia em que o povo reganha o País, em que a Nação mostra vontade de se se unir face à vertigem da dissolução política e social. E moral. Um dia novo, do Portugal profundo.É este também o momento para reclamar a demissão imediata do Governo socialista, substituído por um governo que dê garantia de organização limpa das eleições e sem perseguição da liberdade de expressão dos meios e dos cidadãos.

A Grande Falha

A Grande Falha
Saldanha Sanches, casado com Maria José Morgado, figura de responsabilidade no MP, é citado hoje, no Público, a propósito da nacionalização do BPN e da falta de intervenção do supervisor Vítor Constâncio:

"A decisão está tomada, agora falta saber quando e quanto é que o contribuinte terá de pagar o prejuízo. De resto, também já sabemos que no final vai ficar toda a gente absolvida"..

Quer dizer, Saldanha Sanches, afirma o que o senso comum, actualmente generalizado a uma esmagadora maioria de pessoas, já conhece: que toda a gente que vier a ser investigada e acusada, no caso, irá ser absolvida.

A afirmação é terrível, embora banal, porque qualquer pessoa, incluindo advogados, magistrados, juízes, professores universitários de Direito penal, e comentadores especialistas e até deputados e governantes, a podem fazer- e fazem.

É terrível, porque isso significa, a assunção generalizada de que o sistema de Justiça que temos, não funciona de todo, em casos como este.

O que parece uma evidência, no entanto, esbate-se, quando ouvimos as pessoas responsáveis pelo sistema. Quem o produziu, quem definiu as regras; quem aprovou as leis e as reformas e quem as aplica na prática dos casos concretos.

Ninguém, nesse caso, admite falhas no sistema, a não ser pontuais e eventualmente alheias e de passa-culpas.

Todos se justificam e todos se encolhem, na protecção de consciência, no resultado final: a absolvição de eventuais culpados, com um castigo geral a todos os inocentes.

Os polícias, porque investigaram as denúncias; os magistrados, porque acusaram, com base em indícios fortes de condenação provável; os juízes, porque julgaram e não encontraram provas, afinal, dessa indiciação fortalecida; os universitários e legisladores, porque aprovaram democraticamente as leis substantivas e processuais.
Restam depois os comentadores, como Saldanha Sanches e, quem sabe?, a própria Maria José Morgado que acabará por concordar com ele, devido à evidência dos factos que se impõe como indiscutível.

Afinal, onde reside a Grande Falha que provoca sempre estes pequenos terramotos de descredibilização da Justiça?

Em algum lugar deve estar. Em alguma acção, deve ter o seu início de abalo telúrico das instituições.

O problema é que a espeleologia, na descoberta dessa Grande Falha, também falha.

E por isso, vivemos num círculo vicioso em que todos se queixam e ninguém encontra a Razão...

Por mim, mero comentador, ela reside tão só e apenas em duas coisas: nas leis processuais, restritivas de um sucesso em julgamento, por motivos esconsos de protecção de interesses vários e também na organização de quem investiga os factos.

São essas as duas principais razões. Por isso, quem deve pôr as barbas de molho, são os universitários que gizam as leis; aqueles que as aprovam e também quem investiga os factos, incluindo no lote os que em vez de julgar, se demitem de o fazer devidamente. Ou seja, todo o sistema.

E assim ficamos na mesma...

Tese de Doutoramento do coelho.

Era um dia lindo e ensolarado o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado.Pouco depois passou por ali a raposa, e, viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar. No entanto, ficou intrigada com a actividade do coelho e aproximou-se, curiosa:
- Coelhinho, o que está a fazer aí, tão concentrado?
- Estou a redigir a minha tese de doutoramento - disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.
- Hummmm... e qual é o tema da sua tese?
- Ah, é uma teoria para provar que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.
A raposa ficou indignada:
-Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!
- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.
O coelho e a raposa entram na toca.
Poucos instantes depois ouvem-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio.
Em seguida, o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos de sua tese, como se nada tivesse acontecido.
Meia hora depois passa um lobo.
Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho a trabalhar naquela concentração toda.
O lobo resolve então saber do que se trata, antes de devorar o coelhinho:
- Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente?
- Minha tese de doutoramento, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
O lobo não se conteve e farfalha de risos com a petulância do coelho.
- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isso é um despropósito; nós os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...
- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me à minha toca?
O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte. Ambos desaparecem toca adentro.Alguns instantes depois ouve-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e... silêncio.Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redacção da sua tese, como se nada tivesse acontecido. Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos.Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.
Moral da história:
1. Não importa quão absurdo é o tema de sua tese;
2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;
3. Não importa se as suas experiências nunca cheguem a provar sua teoria;
4. Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos.
5. O que importa é: QUEM É O SEU PADRINHO...

sexta-feira, junho 05, 2009

Um dos lugares mais simbólicos da Maçonaria em Portugal


Memória histórica
A documentação histórica relativa à Quinta da Regaleira é escassa para os tempos anteriores à sua compra por Carvalho Monteiro. Sabe-se todavia que, em 1697, José Leite adquiriu uma vasta propriedade no termo da vila de Sintra que corresponderia, aproximadamente, ao terreno que hoje integra a dita Quinta - a esta data parecem remontar, pois, as origens da quinta em questão.Francisco Alberto Guimarães de Castro comprou a propriedade - conhecida como Quinta da Torre ou do Castro - em 1715, em hasta pública e, após as licenças necessárias, canalizou a água da serra a fim de alimentar uma fonte ai existente.
Em 1800, a quinta é cedida a João António Lopes Fernandes estando logo, em 1830, na posse de Manual Bernardo, data em que tomou a designação que actualmente possui. Em 1840, a Quinta da Regaleira foi adquirida pela filha de uma grande negociante do Porto, Allen, que mais tarde foi agraciada com o título de Baronesa da Regaleira.
Data provavelmente deste período a construção de uma casa de campo que é visível em algumas representações iconográficas de finais do século XIX.A história cia Regaleira actual principia, todavia, em 1892, alio em que os barões da Regaleira vendem a propriedade ao Dr. António Augusto Carvalho Monteiro por 25 contos de réis (Anacleto, 1994: 241).O célebre "Monteiro dos Milhões" nasceu no Rio de Janeiro em 1848, filho de pais portugueses, que cedo o trouxeram para Portugal.
Licenciado em Leis pela Universidade de Coimbra, Monteiro foi um distinto coleccionador e bibliófilo, detentor de uma das mais raras camonianas portuguesas, homem de cultura que decerto influenciou, se não determinou mesmo, parte bastante razoável do misterioso programa iconográfico do palácio que construiu para si, nas faldas da serra de Sintra.
In "Sintra Património da Humanidade"

Maçonaria e a Quinta da RegaleiraChama-se esotérico a um conhecimento oculto, seja doutrina ou técnica de expressão simbólica, reservado aos iniciados.
O esoterismo é, pois, o conjunto de práticas e de ensinamentos esotéricos, no contexto de uma tradição multifacetada que abrange diferentes épocas, lugares e culturas. A Alquimia, a Maçonaria e os Templários, por exemplo, incorporam teorias, rituais e procedimentos herméticos que se integram no âmbito do esoterismo.

Na tipologia do misticismo judaico, firmado na procura de Deus e na experiência da divindade, o esoterismo baseia-se, fundamentalmente, na lei das correspondências, que visa encontrar, através do recurso à analogia, relações simbólicas entre o divino e o terreno, entre o transcendente e o imanente, entre o visível e o invisível, entre o homem e o universo. A passagem de uma a outra dimensão opera-se em cerimónias de iniciação, por meio de encenações e rituais de carácter mágico, nos quais o neófito recebe o segredo da transmutação, aceita a filiação no grupo de companheiros e acede a um nível espiritual superior.

A Franco-Maçonaria antiga, dita operativa, deriva das confrarias, das corporações, dos agrupamentos profissionais de pedreiros livres e dos construtores das catedrais medievais. À defesa dos interesses profissionais, juntavam os franco-mações preocupações de carácter filantrópico, moral e religioso.
Os grupos maçónicos, organizados em sociedades secretas e reunindo em lojas, foram perdendo o carácter exclusivamente operativo e começaram a aceitar membros estranhos à profissão mas que perfilhavam os mesmos ideais iniciáticos.

O declínio das confrarias origina, por filiação directa, o aparecimento em 1717, em Inglaterra, da Maçonaria moderna, dita especulativa, uma vez que já não existe ligação à prática do oficio de construção, tendo utensílios como o esquadro e o compasso adquirido um valor eminentemente simbólico.

A Maçonaria provocou, praticamente desde o início, a oposição da Igreja Católica, embora muitos dos ensinamentos maçónicos, de inspiração cristã, preconizem a crença nas virtudes da caridade, na imortalidade da alma e na existência de um princípio espiritual superior denominado Grande Arquitecto do Universo.
Grande parte da simbologia maçónica, sobretudo a dos altos graus, inspira-se em correntes esotéricas tais como a alquimia, o templarismo e o rosacrucianismo, inscritas em diversos locais da Regaleira. Apesar da diversidade de percursos que a Quinta da Regaleira oferece, todos os caminhos podem conduzir a um aglomerado de pedras erguidas, com a aparência de um menir, num dos locais mais belos da mata.
E eis que uma curiosa porta de pedra roda impulsionada por um mecanismo oculto e nos faculta a entrada para outro mundo. É o monumental poço iniciático, espécie de torre invertida que mergulha nas profundezas da terra:. A terra é o útero materno de onde provem a vida, mas também a sepultura para onde voltará:. Muitos ritos de iniciação aludem a aspectos do nascimento e morte ligados à terra.

De quinze em quinze degraus se descem os nove patamares desta imensa galeria em espiral, sustentada por inúmeras colunas de apurado trabalho, que vão marcando o ritmo e o aprumo das escadarias:. Os nove patamares circulares do poço, por onde se desce ao abismo da terra ou se sobe em direcção ao céu, consoante a natureza do percurso iniciático escolhido, lembram os nove círculos do Inferno, as nove secções do Purgatório e os nove céus do Paraíso, que o génio de Dante consagrou na Divina Comédia.

Os capitéis dos colunelos enrolam longas folhas de acanto. E lá no fundo, a carga dramática acentua-se. Gravada em embutidos de mármore, sobressai uma cruz templária, aliada a uma estrela de oito pontas, afinal o emblema heráldico de Carvalho Monteiro. As galerias conduzem-nos, em autênticos labirintos, pelo mundo subterrâneo, aqui e além porventura povoado de morcegos.
De construção artificial, na sua maioria, estas galerias aproveitam, no entanto, as características geológicas da mancha granítica da Serra de Sintra:. No interior, a abóbada divide-se entre os maciços de rocha mãe, de um granito granular médio, geralmente de cor rosada ou parda, e zonas preenchidas com pedra importada da orla marítima da região de Peniche:. É esta pedra, desgastada pelo mar e pelo tempo, que vai contribuir, sobremaneira, para a sugestão de um mundo submerso.

Ao chegarmos ao exterior, esperam-nos a luz e os cenários minuciosamente construídos. São animais fantásticos, artifícios de água em cascata, passagens de pedra que parecem flutuar à superfície dos lagos, ou nuvens silenciosas de vapor que dissimulam as entradas para este universo singular.

A simbólica alquímica parece estar presente em vários locais da Regaleira. Desde logo, na Capela, na pintura da Coroação de Maria por Cristo, na qual a Virgem ostenta, para além das três cores da Obra alquímica - o azul ou negro, o branco, o vermelho ou rubro - uma faixa dourada que poderá simbolizar o Ouro Alquímico.

Também num alto relevo existente nas traseiras da Capela, encontra-se representado um castelo com duas torres, separado por uma zona de labaredas, e uma goela infernal. Trata-se de uma figuração da tri-unidade do mundo e do homem: o mundo superior ou espiritual, o mundo intermédio da alma e o mundo inferior ("ad infero" ou do inferno) material. A torre rubra é o Atanor, ou forno alquímico.

Nas cocheiras, sinais de Alquimia voltam a estar presentes, em duas esculturas que formam símbolos clássicos da Arte de Hermes: a serpente que morde a cauda, simbolizando a Unidade, origem e fim da Obra, e a luta entre as duas naturezas, aqui representada por dois dragões, cada um mordendo a cauda do outro. Igualmente susceptível de uma leitura alquímica é a gruta ogival, onde Leda, segurando uma pomba na mão, aparece numa escultura à beira de um pequeno lago, enquanto Zeus, disfarçado de cisne, a fecunda bicando-a na perna. Trata-se de uma alegoria pagã ao mito, ou mistério, da Imaculada Conceição, ou concepção, que decorre num lugar escuro e húmido.


A alquimia tem por objectivo a transmutação real ou simbólica dos metais em ouro e por fim último a salvação da alma. As operações alquímicas são realizadas num Atanor, ou seja, num forno alquímico de combustão lenta, com um cadinho e um balão nos quais se pretende espiritualizar a matéria e materializar o espírito.
Este propósito essencial da Alquimia operativa, executada em laboratório, é a obtenção da Pedra Filosofal, simbiose entre matéria e espírito, da qual poderia resultar, segundo os alquimistas, além da transmutação dos metais em ouro, a realização de um dos desejos ancestrais da humanidade: o elixir da longa vida, capaz de proporcionar saúde e eterna juventude. Neste sentido, há quem considere a procura alquímica como uma metáfora da condição humana. A Alquimia assumiu, depois do século XVIII, um carácter manifestamente religioso, dedicando-se sobretudo ao estudo das relações espirituais e energéticas entre o homem (microcosmo) e o universo (macrocosmo).
A partir de um trabalho erudito de equivalências e analogias, aceita-se que o universo nos engloba e nos interpela num só movimento existencial - ele é ao mesmo tempo transcendência (Outro) e nós próprios:.Parece evidente que a concepção religiosa do mundo que preside à Regaleira assenta no Cristianismo, mas num Cristianismo escatológico, que tem a ver com o fim dos tempos:. Quer recorramos à lição da escatologia cósmica, que prenuncia o fim do universo e da humanidade, quer nos atenhamos à escatologia individual, que assenta na crença da sobrevivência da alma depois da morte, é a mesma ideia obsessiva que encontramos.
É também um Cristianismo gnóstico, apoiado em discursos míticos e em conhecimentos sagrados que prometem a salvação dos fiéis e o retorno dos espíritos. É, enfim, um Cristianismo imbuído de ideais neo-templários, associados ao Culto do Espírito Santo, que encontramos na tradição mítica portuguesa.

Os templários foram monges-soldados, cuja ordem militar, fundada no período das Cruzadas em 1119, visava proteger os lugares santos da Palestina contra o perigo dos infiéis. Os votos de pobreza e castidade não impediram os Cavaleiros da Milícia do Templo de enriquecer e de desempenhar um importante papel económico e político, tanto no Oriente como na Europa, a ponto de criarem poderosos inimigos, como o rei Filipe IV de França e o Papa Clemente V, que levaram à perseguição e à extinção da ordem em 1314, sob acusações, porventura falsas, de blasfémia e imoralidade. Em 1317, D. Dinis de Portugal afectou os bens dos templários à Ordem de Cristo, que muitos aceitaram como sua sucessora.

Desaparecidos os templários não desapareceu o templarismo, cujo espírito, resumido na defesa dos lugares sagrados e na luta contra o mal, renasceu em várias correntes e organizações iniciáticas como sendo a afirmação simbólica da sobrevivência da Ordem do Templo.
A cruz templária no fundo do poço iniciático, a cruz da Ordem de Cristo no pavimento da Capela, bem como todas as outras cruzes dispostas na Capela, testemunham a influência do templarismo no ideário sincrético de Carvalho Monteiro.

Há ainda, na Regaleira, referências rosacrucianas, em alusão à corrente esotérica iniciada no séc. XVII, de tendência cristã, utilizando os símbolos conjuntos da rosa e da cruz. O movimento Rosa-Cruz propunha reformas sociais e religiosas, exaltava a humildade, a justiça, a verdade e a castidade, apelando à cura de todas as doenças do corpo e da alma.
Tornou-se grau maçónico de várias Ordens e, ainda hoje, existem escolas esotéricas e sociedades secretas que pretendem assumir-se como reaparições do mito Rosa-Cruz.

O que é a Maçonaria?

Não possui a Maçonaria leis gerais nem livro santo que a definam ou obriguem todo o maçon através do Mundo; nao sendo uma religiao, nao tem dogmas.
Em cada país e ao longo dos séculos, estatutos numerosos se promulgaram e fizeram fé para comunidades diferentes no tempo e nos costumes. Mas isso nao obsta a que a Maçonaria possua certo número de princípios básicos, aceites por todos os irmaos em todas as partes do globo.
É essa aceitaçao, aliás, que torna possível a fraternidade universal dos maçons e a sua condiçao de grande família no seio da Humanidade, sem que, no entanto, exista uma potencia maçónica à escala mundial nem um Grao-Mestre, tipo Papa, que centralize o pensamento e a acçao da Ordem.
CONSTRUÇÃO
Vejamos o seu nome Maçonaria vem provavelmente do frances "Maçonnerie", que significa uma construçao qualquer, feita por um pedreiro, o "maçon".
A Maçonaria terá assim, como objectivo essencial, a edificaçao de qualquer coisa:. O maçon, o pedreiro-livre em vernáculo portugues, será portanto o construtor, o que trabalha para erguer um edifício.

JUSTIÇA SOCIAL
A Maçonaria admite, portanto, que o homem e a sociedade sao susceptíveis de melhoria, sao passíveis de aperfeiçoamento:. Por outras palavras, aceita e promove a transformaçao do ser humano e das sociedades em que vive. Mas, para além da solidariedade e da justiça, nao define os meios rigorosos por que essa transformaçao se há-de fazer nem os modelos exactos em que ela possa desembocar.
Nada há, por exemplo, no seio da Maçonaria, que faça rejeitar uma sociedade de tipo socialista ou de tipo liberal:. O que lhe importa é um homem melhor dentro de uma sociedade melhor.

ACLASSISMO
Dos ideais de justiça e solidariedade humanas, levados até rs últimas consequencias, resulta naturalmente o ser a Maçonaria uma instituiçao aclassista e anticlassista, englobando representantes de todos os grupos sociais que, como maçons, devem tentar esquecer a sua integraçao de classe e comportar-se como iguais.
"A Maçonaria honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual", rezava o artigo 6s da Constituiçao de 1926. E, nos requisitos para se ser maçon, exige-se apenas, para além de diversas condiçoes morais e intelectuais que mais adiante serao mencionadas, o exercer-se uma profissao honesta que assegure meios de subsistencia.
É verdade que a exigencia de se possuir a instruçao necessária para compreender os fins da Ordem exclui, desde logo, os analfabetos e grande parte das massas populares (em Portugal, entenda-se).
E é verdade também que a maioria dos maçons proveio e continua a provir dos grupos burgueses:. Mas isso deve-se apenas rs condiçoes históricas em que todas as sociedades tem vivido nos últimos 200 anos.
R medida que as classes trabalhadoras vao atingindo mais elevado nível social e cultural, assim o número de maçons delas oriundo tende a aumentar paralelamente. Em Maçonarias de países como a Gra-Bretanha, a França ou a Holanda, o carácter aclassista da Ordem Maçónica nota-se com muito maior intensidade do que em Portugal ou na Espanha.

APERFEIÇOAMENTO INTELECTUALO
Aperfeiçoamento do homem e da sociedade nao se poe apenas, para o maçon, em termos de melhoria económico-social:. Poe-se também, e sobretudo, em termos de melhoria intelectual, da afinamento das faculdades de pensar e de enriquecimento adquiridos.
Livre pensamento, para começar:. "A Maçonaria é livre-pensadora", dizia o artigo 3s da Constituiçao de 1926. Mas livre pensamento nao coincide necessariamente com ateísmo.
Já um texto famoso e respeitado dos primórdios da instituiçao, as Constituiçoes de Anderson, de 1723, dizia que o maçon que entendesse bem de "Arte", "nunca será um ateu estúpido ou um libertino irreligioso.
Mas embora - continuava o texto - nos tempos antigos os maçons fossem obrigados, em cada país, a ser da religiao, fosse ela qual fosse, desse país ou dessa naçao, considera-se agora como mais a propósito obrigá-los apenas rquela religiao na qual todos os homens estao de acordo, deixando a cada um as suas convicçoes próprias(...)".
Hoje, talvez a maioria dos maçons professe um deísmo ou teísmo de conceitos vagos e alegóricos, embora nao faltem ateus nem crentes de variadas religioes, desde o cristao ao muçulmano. O que todos rejeitam sao dogmatismos e exclusivismos confessionais.

FRATERNIDADE
Levados às últimas consequências, os princípios atrás mencionados teriam de implicar uma fraternidade de tipo universal. Este é nao só um principio teórico, mas uma norma de prática quotidiana. "A Maçonaria é uma instituiçao universal (...). Todos os maçons constituem uma e a mesma família e dao-se o tratamento de irmaos, sendo iguais perante a lei", dizia o artigo 7º da Constituiçao de 1926.
" A Maçonaria estende a todos os homens os laços fraternais que unem os maçons sobre a superfície do globo" (artigo 5º do mesmo texto). Através do ritual, que inclui vocabulário próprio e sinais de reconhecimento específicos, um maçon portugues pode contactar com um maçon japones e receber dele ou transmitir-lhe ajuda e apoio de qualquer género.
De facto, um dos deveres importantes do maçon, inserto nas Constituiçoes do mundo inteiro, consiste em reconhecer como irmaos todos os maçons, tratá-los como tais e prestar-lhes auxílio e protecçao, a suas viúvas e filhos menores.
A história da Maçonaria está cheia de casos que provam o geral cumprimento deste dever.
DEMOCRACIA, IGUALDADE
Democracia e igualdade encontram-se também entre os princípios básicos da instituiçao maçónica. Todo o poder reside no povo, como o atestava o artigo 18s da Constituiçao de 1926, ao dizer que "A Ordem Maçónica em Portugal só reconhece a soberania do povo maçónico".
Todos os maçons sao iguais, independentemente do grau a que pertençam. "Durante as sessoes maçónicas - rezava o artigo 17º, § único - todos os obreiros, qualquer que seja o seu grau ou o seu rito, estao sujeitos r mais perfeita igualdade, prevalecendo a opiniao da maioria, quando nao seja contrária rs leis e regulamentos".
Por sua vez, as células de organizaçao e de trabalho da Ordem, as chamadas Oficinas, "sao todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si" (artigo 12s da Constituiçao).
Nas Maçonarias de todo o mundo, o Grao-Mestre e os Grao-Mestres adjuntos sao eleitos pela totalidade do povo maçónico, variando apenas a forma dessa eleiçao. Em muitos países, qualquer maçon, aliás, desde que tenha atingido a condiçao de Mestre (ou seja, maçon perfeito) pode, em teoria, ser eleito Grao-Mestre. Outro tanto se verifica nas eleiçoes para os múltiplos cargos de cada oficina.

Guerra fratricida ameaça Maçonaria

05 Junho 2009 - 00h30

Conflito: Grão-mestre aplica pena de suspensão a adversário.

Todos os cenários estão em aberto depois da suspensão por um mês de Felipe Frade do Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa (GOL), candidato derrotado em Junho do ano passado nas eleições para grão-mestre da maior obediência maçónica portuguesa.

O decreto assinado pelo grão-mestre António Reis e pelo secretário-geral do GOL atinge igualmente dois outros maçons, que são acusados de terem revelado a identidade profana (civil) de um conjunto de “irmãos”.
A seguir à suspensão é natural que o Grande Tribunal Maçónico venha a decretar a expulsão de Felipe Frade, o que provocaria uma cisão, mais uma, no GOL.

Esta suspensão é apenas mais um episódio de uma guerra que estalou ainda antes das eleições de Junho de 2008 e que tem no seu centro a criação de uma fundação que vai gerir todo o património do GOL.

Os opositores de tal projecto apresentaram mesmo uma queixa contra António Reis, grão-mestre, António Justino Ribeiro e Fernando Manuel Lima Fernandes, dirigentes máximos do GOL, no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, em Novembro de 2008, por burla qualificada, falsificação, abuso de poder, gestão danosa e abuso de confiança. A queixa era assinada por Vasco Lourenço e Jorge Sá, que desmentiram de imediato a sua participação no processo.

ES O MAIOR !! Um estádio ? Com seres humanos a morrerem à fome...

O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira.
O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação. A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.
Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina.
Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão.
A seguir fechávamos a cidade universitária e oferecíamos um complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.
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O GOVERNO COM OS NOSSOS IMPOSTOS
IN: justitia2002@yahoogrupos.com.br

O QUE PODERÁ SER A AMIZADE...

Amizade é um relacionamento humano que envolve conhecimento mútuo, estima e afeição.
Amigos sentem-se bem na companhia uns dos outros e possuem um sentimento de lealdade entre si, ao ponto de colocarem os interesses dos outros antes dos próprios interesses.
Amigos possuem gostos similares ou não, que podem convergir.
Amizade resume-se em lealdade, confiança e amor.

A essência de certos seres...

"Posso ter muitos defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência ?
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir o meu castelo..."