sexta-feira, julho 31, 2009

DUPLA MARAVILHA


Neste blogue pratica-se a Liberdade e o Direito de
Expressão próprios das Sociedades Avançadas
(pena a nossa ser uma merda)

A VERDADEIRA ENTREVISTA DE MARINHO PINTO COM A MANUELA

segunda-feira, julho 27, 2009




Revolta ouvir alguém dizer que pode confiar na Justiça Portuguesa. A Justiça Portuguesa é aquilo que mais enoja-me... Seja BPN, BPP, Freeport, Cova da Beira, Leonor, Maddie, Casa Pia... Enfim... Aquele que diz que confia na Justiça Portuguesa é porque...



A Justiça Portuguesa é demasiado cega para ver a sua corrupção, é demasiado feroz com o Povo, tem um a balança que balança para o lado do advogado mais fraco... Por isso...


Faça-se uma nova Justiça para este país...
Quem são e quem foram os honestos na Câmara Municipal de Lisboa.

Tem é sorte que o crime já prescreveu, contudo andam todos revoltados...
Os lisboetas deviam era estar revoltados por esses senhores não serem julgados!
Será que ainda falar-se-á do Costa?!
Aquele que anda afundar a cidade de Lisboa?
" O Sr. Sócrates, que deambulou por Universidades fanhosas em tempos em que era fácil passear por lá e "ir fazendo cadeiras", o Sr. Sócrates, a quem insistem em hoje chamar Engenheiro, consta, que não vi, portanto, estou à vontade para falar, que quer agora passar por cordeiro manso. Ora isso do querer passar por manso comigo não pega, porque, com ele, já fui corno manso uma vez, e, como não sou pessoa de gostar de réplicas: quando mudo, mudo de vez.

O Sr. Sócrates, que nós descobrimos tardiamente ser um ser invertebrado, sem personalidade, com o caráter traumatizado por estigmas indeléveis, o "
boneco de plástico", como muito bem então a Imprensa Española lhe chamava, quer agora fazer o número do bebé chorão, que faz "buá", sempre que é apertado. Acontece que a única coisa que eu lhe apertava com gosto era o pescoço, e rápido, sem ter tempo de ele poder fazer "buá".
O que eu escrevo tem a gravidade de poder ser lido e subscrito por milhões de Portugueses. Depois das eleições mais inteligentes de sempre, faz agora duas semanas, o Sr. Sócrates e o partido esfarelado, e vergonhoso, que ele criou deveriam ter tirado uma dramática conclusão: há votos que voltaram às bases, e nunca mais de lá sairão. Nunca mais haverá um Comunista a pensar que talvez haja um voto útil na "Esquerdice"; os oscilantes do PSD perceberão que agora não se pode nunca mais oscilar, e é enfiar os corninhos em baixo, e marchar, marchar, na direção da Castanha Pilada; do CDS, nada há a dizer: nunca sofreram tanto vexame continuado, como das áreas do Rato, e vai de aqui uma vénia ao Candal, que os ratos levaram para junto de sei, e que não faz cá falta nenhuma: inaugurou, há uns quantos anos, a política baixa do PS, ainda nem nós sabíamos que eles eram capazes disso, e lá epigramou um célebre Manifesto Anti-Portas.
Espero que tenha na morrido na ignorância de que lhe faltava escrever um outro, bem mais vasto, o Manifesto Anti-Sócrates, sempre com a agravante de que o Portas fez, faz e fará o que sempre bem lhe apeteceu, nunca inventiu câncios, e não precisa de cortinas de fumo de banhos turcos, nem de vapores de "jacuzzis", para que não reconheçam a cara pública daqueles grunhidos... O Bloco de Esquerda, por sua vez, é um caso à parte: agrada-me que ganhe força, e que tome forma, para se poder assentar, calmamente, nas pastas ministeriais, pelas quais sempre ansiou: enquanto os Portugueses não tiverem essa espantosa visão, nunca acreditarão, pelo que espero que venha depressa, bem sabendo que lá sentirei a difusa sensação de ter perdido mais quatro anos da minha vida a pregar aos peixes.
O problema do Partido de Sócrates, outrora conhecido por "Partido Socialista" é um problema grave, porque mexe com a nossa idiossincracia, e nós não toleramos ser traídos. Somos um bando de filhos da puta, mas lá achamos sempre que os diferendos se poderão resolver, bem no limite da confusão, com uma palmadinha nas costas. Sócrates veio mostrar que não, e que estava mesmo a humilhar, voluntariamente e a agredir, cada um de nós e cada qual, e que achava ainda que estava a fazer bem, e repetia, e até pedia, com cara de cona mansa, que lhe dessem oportunidade de continuar.

Os Portugueses têm de perceber que, quando voltarem às urnas, não estarão a votar num P.S: estarão a votar numa associação criminosa que é capaz de fechar universidades, quando pairam suspeitas sobre diplomas por elas emitidos, que destrói provas e acha isso naturalíssimo, que telefona com ameaças e pensa que a isso se chama Comunicação Social, que gasta milhões a polir bonecos de plástico para palcos dos programas da manhã da TVI, que consegue subverter o Estado de Direito, para não levar a julgamento suspeitos de Pedofilia, que constrange, pressiona, e acha natural que se interrompam, paredes dentro, investigações internacionais sobre a vida financeira e privada do homem que goza do estatuto de Primeiro Ministro, entre um infinito rol de coisas mais.

As Novas Fronteiras, hoje em dia, são uma reunião da Camorra Napolitana, com a ressalva para um punhado de totós que lá esteja, e está uma, pelo menos, de quem eu gosto muitíssimo, e a quem peço, desde já, desculpa por este texto, mas os Portugueses tinham mesmo de ser alertados para que as "Novas Fronteiras" só atiraram mais dejetos cá para fora, na figura do pimenteiro Vitorino, a alegria das saunas "bear", mas mais uma das formas da infelicidade decadente de que este país se revestiu.
Eu quero ter a certeza de que..., quando..., se..., alguma vez..., me apetecesse votar PS, não estava a pôr a cruz na ponta do icebergue de associações secretas, que, na sombra, manipulam estes fracos fantoches de feira felliniana; não me apetece votar em traficantes de drogas e armas; quero saber que, de uma vez por todas, não estou, com uma cruz, a validar uma criatura, Vítor Constâncio, que, no mínimo, já devia estar demitido; não quero pensar em Educação, e imediatamente me aparecer à frente uma coruja frustrada, que nunca conheceu o pai, e era acordada, de manhã, na Casa Pia, com baldes de água fria, para ir fazer bordados para tristes recantos cheios de umidade: isso não é Educação, são os traumas de uma vida inteira, que nunca deveriam extravasar a dor de quem os sentiu; não quero saber de Valter Lemos, e dos crimes cometidos à sombra do Gang de Macau, nem da "Mariana-dos-lindos-olhos", que, quanto mais velha se torna, mais cobarde, vingativa e medíocre se revela.
Não me apetece saber que há um Paulo Pedroso preparado para ir protagonizar um dos mais obscenos momentos da nossa Vida Pública, e sacar 2 a 3% de votos em Almada, desprestigiando, ao mesmo tempo, o Estado de Direito, a Democracia, e a Inteligência do Homem Comum Português.
...
Comigo, estão muitos milhões de Portugueses, que votarão em qualquer coisa, desde que não se chame PS, já que o PS se tornou naquilo tudo anteriormente descrito, e tem hoje uma só uma cara, chamada JOSÉ SÓCRATES.
Este teatro de fim de estação foi um péssimo boneco, ou como diriam as más línguas, a única coisa na qual Diogo Infante o não soube instruir...

Enquanto não se livrar destes flagelos, há batalhões de votos que o PS terá perdido para sempre. Creio que, lá no fundo, haverá quem disto saiba, mas, quando há um demente à frente de um Governo, todos nós sabemos que isto termina sempre num "bunker", com o Führer a disparar, contra sua própria vontade, contra uma testa que nunca valeu muito, e com o seu último venezuelano, nu, e de buraco na cabeça, a esvair-se em sangue do chão, da última despedida erótica.

Estes são os milhões de votos perdidos para sempre do PS. Com muita honra neles me incluo, ao assinar este texto, que quero lapidar."
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Direito de Expressão próprios
das Sociedades Avançadas

sexta-feira, julho 24, 2009

O sentido de Santana

Como com Durão Barroso, tenho de dizer algo aos costumes, a bem da clareza. A verdade é que conheço Pedro Santana Lopes desde 1975. É uma vida. Estivemos juntos na fundação e direcção do MID (*), passámos muitas horas de muitos dias em concordâncias e discordâncias, solidariedades e desaguisados acesos: é sempre assim, quando se pensa pela própria cabeça.
Santana foi depois muito cobiçado pela JS, mas acabou por se decidir pela JSD e pelo PPD. Tinha já em si o fascínio por Sá Carneiro, e pelo seu projecto. Esteve nos trabalhos da primeira revisão constitucional, passou pelo Parlamento, por várias áreas e ofícios da "sociedade civil".
Foi "Nova Esperança" do PSD, entrou a bordo do cavaquismo original (que ajudou a arquitectar), seguiu depois um caminho autónomo, público e notório, muito criticado e muito idolatrado. Este levou-o do Poder Local, a seguir a uma épica eleição lisboeta, à chefia do Governo.
A história foi sempre mal entendida. Ao contrário do "pacto secreto" entre Tony Blair e Gordon Brown, pelo qual aquele alegadamente prometera passar o poder ao segundo (ansioso pelo cargo), ao fim de um tempo razoável, sem eleições, o compromisso entre Durão e Santana derivou de uma emergência, e não da vontade deste.
Em boa verdade, não era segredo que muitos, no PSD, olhavam como objectivo estratégico real uma campanha presidencial de Santana, para suceder a Jorge Sampaio. Mas a decisão abrupta de Durão atirou-o para "primeiro-ministro à força". Mais ninguém, na coligação PSD-PP, estava disponível.
O Santana que agora se apresenta às eleições de Lisboa é este.

Mas também aquele que tomou decisões profundas e controversas na capital. Mas também aquele que prometeu transformar a cidade numa urbe internacional de referência. Mas também aquele que eliminou excessos, e obrigou muitas pessoas a trabalhar, até altas horas.

Mas também aquele que transformou Lisboa no centro da vida política nacional.
Quando anunciou a sua recandidatura, muitos meses atrás, expliquei que achava uma má ideia.

Não penso que Santana ganhasse em banhar-se nas mesmas águas, ou em regressar ao local do início. Via-o mais como um político nacional "em reserva", o presidente de uma fundação social, um profissional para outros voos.

Mas uma decisão política, por péssima que seja, pode ser sempre melhor do que a alternativa. Nesse sentido, Churchill explicava que a "democracia é o pior regime, à excepção de todos os outros".

Ora a verdade é que, em alternativa a Santana, em Lisboa, só se vê o caos.
Caos de projectos, caos de ausência de projectos, caos de interferência governamental, caos de sujidade, de pobreza, de degradação, de inferno dos que sempre viveram aqui, e cá querem morrer.
Este caos pode até forçar António Costa a não se recandidatar: as suas palavras sobre os inauditos silêncios do Executivo, face aos poderes da cidade, seriam razão suficiente para que pensasse noutros projectos políticos, porventura mais entusiasmantes e menos frustrantes.
Santana é assim, mais do que um candidato consentido, um candidato com sentido.
É, claro, o pior candidato, à excepção de todos os outros.

(*) MOVIMENTO INDEPENDENTE DE DIREITO (E NÃO "DE DIREITA", COMO JÁ VI ERRONEAMENTE ESCRITO), FORMADO NA FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA, COM GENTE DE IDEIAS E ORIGENS MUITO DIFERENTES. NA PRIMEIRA DIRECÇÃO, SE A MEMÓRIA NÃO ME FALHA, ESTAVAM AINDA O JOÃO GONÇALVES FERREIRA, O SAUDOSO JOSÉ MANUEL SEQUEIRA, O FERNANDO LARCHER NUNES E O MIGUEL COELHO.
por Nuno Rogeiro, in "Jornal de Noticias"


Alegações finais


Já ninguém fala do Freeport. Fala-se só de Lopes da Mota. E do Eurojust.
Que a maior parte de nós não fazia ideia de que existia. A alegada culpa de tudo (dos flamingos desalojados ao centro comercial na Rede Natura) foi de Lopes da Mota. De mais ninguém.
Actuou, alegadamente, por si. Foi, por si, sub-repticiamente, ao centro de uma investigação do mais melindroso que Portugal já viu, falou com investigadores, sensibilizou-os para o melindre político, e fez tudo isto por sua iniciativa. Não foi dar sermões alegadamente encomendados.
É verdade que se reuniu formalmente com o ministro da Justiça (várias vezes). Mas não falaram do Freeport. É verdade que, noutra incarnação, Lopes da Mota foi colega num alegado governo do mesmo primeiro-ministro que o nomeou para o Eurojust e a quem compete demiti-lo por alegado abuso de confiança, levado aos alegados limites.

O mesmo primeiro-ministro que, embora não conste do processo Freeport, é o alegado centro do "chamado caso Freeport" (que é como a Procuradoria-Geral se lhe refere nos seus comunicados). Mas Lopes da Mota não falou do Freeport com Sócrates. Nem com Alberto Martins. Chegou alegadamente a Lisboa e foi a correr para um alegado almoço com os procuradores que investigam o Freeport. Aí, confirma que falou muito do caso Freeport. Alertou, avisou, admoestou, sugeriu, insinuou e aconselhou, mas foi tudo lavra sua.

Não tinha nem mandato nem mandado. Alegou, exemplificou e declarou, mas por si só. Feita a solitária peregrinação ao santuário jurídico-formal, regressou à sua torre de marfim em Haia, onde, inspirado em Baruch Espinoza, continuou a filosofar sobre o direito e a ponderar sobre os convenientes e inconvenientes dos prazos de prescrição de alegados crimes cometidos por alegados criminosos. Sozinho no estrangeiro, estas coisas ganham um carácter obsessivo.
Lopes da Mota foi levado por isso e foi fazendo telefonemas para os investigadores repetindo as prevenções, recordando pormenores, arguindo com novos sinais, alvitrando, tentando induzir e inspirar titulares da acção penal para os imensos melindres de toda esta urdidura. E fez sempre tudo por si. Alegadamente sozinho. Com a sua imensa ciência jurídica, a sua prodigiosa intuição política e a sua sensibilidade única para os problemas nacionais, que lhe vinha dos tempos de Felgueiras.
Como fez tudo sozinho, tem de pagar exemplarmente por este excesso de zelo. Só ele é que é o culpado. De tudo. Este foi o alegado crime alegadamente mais importante de todo este alegado processo. Em termos da importância da alegada responsabilidade penal primeiro vêm os alegados crimes das alegadas fugas de informação, depois os alegados abusadores da alegada liberdade de expressão (todos eles alegados travestis de alegado jornalismo) e por último, mas não em último, Lopes da Mota.

O primeiro-ministro, alegadamente nada tem a ver com o Freeport, tanto que alegadamente não consta do alegado processo e nem sequer conhece o alegado Charles Smith, embora o primo ache que sim. O ministro da Justiça nada tem a ver com o caso, ele que desde Macau, alegadamente, não contacta com nenhum juiz.
Portanto, Lopes da Mota está condenado a ser o bode alegadamente expiatório.
Para o país é tudo uma questão de fé.
Acreditem os crentes e os crédulos.
O valor supremo é a presunção da alegada inocência.
Alega-se, logo existe.
E, se se queixarem ao presidente, levam um processo em cima.
E se duvidarem, levam um processo em baixo.

quinta-feira, julho 23, 2009

tantas perguntas e tão profundo silêncio

"Porque é que o cidadão José Sócrates ainda não foi constituído arguido no processo Freeport?
Porque é que Charles Smith e Manuel Pedro foram constituídos arguidos e José Sócrates não foi?
Como é que, estando o epicentro de todo o caso situado num despacho de aprovação exarado no Ministério de Sócrates, ainda ninguém desse Ministério foi constituído arguido?
Como é que, havendo suspeitas de irregularidades num Ministério tutelado por José Sócrates, ele não está sequer a ser objecto de investigação?
Com que fundamento é que o procurador-geral da República passa atestados públicos de inocência ao primeiro-ministro?
Como é que pode garantir essa inocência se o primeiro-ministro não foi nem está a ser investigado?
Como é possível não ser necessário investigar José Sócrates se as dúvidas se centram em áreas da sua responsabilidade directa?
Como é possível não o investigar face a todos os indícios já conhecidos?
Que pressões estão a ser feitas sobre os magistrados do Ministério Público que trabalham no caso Freeport?
A quem é que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público se está a referir?
Se, como dizem, o estatuto de arguido protege quem o recebe, porque é José Sócrates não é objecto dessa protecção institucional?
Será que face ao conjunto de elementos insofismáveis e já públicos qualquer outro cidadão não teria já sido constituído arguido?
Haverá duas justiças?
Será que qualquer outro cidadão não estaria já a ser investigado?
Como é que as embaixadas em Lisboa estarão a informar os seus governos sobre o caso Freeport?
O que é que dirão do primeiro-ministro de Portugal?
O que é que dirão da justiça em Portugal?
O que é que estarão a dizer de Portugal?
Que efeito estará tudo isto a ter na respeitabilidade do país?
Que efeitos terá um Primeiro-ministro na situação de José Sócrates no rating de confiança financeira da República Portuguesa?
Quantos pontos a mais de juros é que nos estão a cobrar devido à desconfiança que isto inspira lá fora? E cá dentro também?
Que efeitos terá um caso como o Freeport na auto-estima dos portugueses?
Quanto é que nos vai custar o caso Freeport?
Será que havia ambiente para serem trocados favores por dinheiros no Ministério que José Sócrates tutelou?
Se não havia, porque é que José Sócrates, como a lei o prevê, não se constitui assistente no processo Freeport para, com o seu conhecimento único dos factos, ajudar o Ministério Público a levar a investigação a bom termo?
Como é que a TVI conseguiu a gravação da conversa sobre o Freeport?
Quem é que no Reino Unido está tão ultrajado e zangado com Sócrates para a divulgar?
E em Portugal, porque é que a Procuradoria-Geral da República ignorou a gravação quando lhe foi apresentada?
E o que é que vai fazer agora que o registo é público?
Porque é que o presidente da República não se pronuncia sobre isto?
Nem convoca o Conselho de Estado?
Como é que, a meio de um processo de investigação jornalística, a ERC se atreve a admoestar a informação da TVI anunciando que a tem sob olho?
Será que José Sócrates entendeu que a imensa vaia que levou no CCB na sexta à noite não foi só por ter feito atrasar meia hora o início da ópera?
Nota: O Director de Informação da Antena 1 fez publicar neste jornal uma resposta à minha crítica ao anúncio contra as manifestações sindicais que a estação pública transmitiu. É um direito que lhe assiste.
O Direito de Resposta é o filho querido dessa mãe de todas as liberdades que é a Liberdade de Expressão.
Bem-haja o jornal que tão elevadamente respeita esse valor. É uma honra escrever aqui."

Mário Crespo, no "Jornal de noticias "

sexta-feira, julho 03, 2009

CIDADE MARAVILHOSA, ABENÇOADA POR DEUS E BONITA POR NATUREZA



Caldas da Rainha é uma cidade portuguesa situada no distrito de Leiria, região Centro e sub-região do Oeste, com cerca de 52 587 habitantes.
A cidade, além de ser a sede de um
município, está dividida entre duas freguesias, a de Nossa Senhora do Pópulo e a de Santo Onofre com 255,87 km² de área.
Estando subdividido em 16 freguesias, o município é limitado a nordeste pelo município de Alcobaça, a leste por Rio Maior, a sul pelo Cadaval, a oeste pelo Bombarral e por Óbidos e a noroeste pelo Oceano Atlântico.
Na Praça da República (conhecida popularmente como "Praça da Fruta") realiza-se todos os dias, da parte da manhã, ao ar livre, o único mercado diário horto-frutícola do país, praticamente inalterável desde o final do
século XIX.

Ainda hoje as Caldas da Rainha mantêm como armas, o brasão da Rainha D. Leonor, ladeado à esquerda pelo seu próprio emblema (o camaroeiro) e à direita pelo emblema de D. João II (o pelicano). Ao manter estas armas, a cidade é das poucas povoações do país a possuir um brasão anterior à normalização da heráldica municipal levada a cabo no princípio do século XX.
As Origens
Caldas da Rainha D. Leonor, seria um nome mais completo para esta cidade, por ter sido fundada, no final do séc. XV, pela esposa do rei D. João II, a raínha D. Leonor.

Contudo, a história da região das Caldas da Rainha tem muito mais que 500 anos.
De facto, já era habitada desde a pré-história. Com base nos vestígios paleolíticos encontrados nos arredores da cidade, concluiu-se que esta região foi povoada naquele período.

Segundo alguns autores, aquele local terá sido povoado pelos romanos. Ali provavelmente existiu um estabelecimento termal fundado por aquele povo, tal como aconteceu em outros locais de Portugal. Contudo, não se encontraram vestígios que possam dar como certa esta hipótese.

A Fundação das Termas
Conta-se que a raínha D. Leonor ficou entrevada e há quem diga que o seu mal seria um cancro. Nas águas termais que brotavam naquela zona, terá conseguido a cura para o seu mal.

Também se conta que a raínha observou os pobres que se tratavam naquelas águas, onde conseguiam curas doenças de que padeciam, e resolveu ajudá-los. Seja qual for a hipótese verdadeira, esta ou qualquer outra, a raínha decidiu criar a estância termal. Aliás, é esta última a hipótese mais provável.
Na Carta de Doação, datada de 1508, a raínha informa que cria o Hospital porque "(...) alguns enfermos se vinham curar aos banhos que estão cerca da nossa Vila de Óbidos, onde agora é a vila das Caldas, (...) mandamos fazer no dito lugar (...) um Hospital (...) e oficinas ao dito Hospital necessárias, e (...) mandamos fazer uma nobre Igreja de Nossa Senhora do Pópulo (...)".

Para isso, D. Leonor criou o Hospital Termal, precisamente naquele local onde os doentes se dirigiam para tratamentos, graças às propriedades das águas que, como se viu, já eram muito conhecidas.

Depois da decisão de criar o hospital e a estância termal, faltava escolher o sítio. Existiam três possíveis locais, numa pequena área, todos eles óptimos para os propósitos da raínha. Segundo se conta, foi o médico particular da raínha, mestre António, quem se encarregou de escolher o local. As fontes existentes nestes três locais foram devidamente estudadas, baseando-se este estudo nos resultados obtidos pelo tratamento de alguns doentes. Os resultados eram idênticos. Assim, foi escolhida a fonte que tinha maior caudal. Para custear as obras do Hospital, a raínha vendeu as suas próprias jóias e terras a D. Manuel.

Embora não haja informações exactas, considera-se que a construção do Hospital foi iniciada em 1485. Três anos depois, já o hospital estava de pé, embora ainda não terminado, e começou a receber doentes. A rainha mandou também erigir uma igreja junto ao hospital, a que deu o nome de Nossa Senhora do Pópulo, nome que ainda hoje conserva. À volta deste hospital foi, progressivamente, crescendo a povoação. Em 1488, D. João II concede previlégios especiais aos novos moradores, para assim a fazer desenvolver.

O Desenvolvimento do Hospital
Em 12 de Julho de 1491, o Infante D. Afonso, filho de D. João II e de D. Leonor, passeava a cavalo nas margens do rio Tejo, quando caiu do cavalo. Foi rapidamente socorrido por uns pescadores que por ali se encontravam, que o levaram para suas casas, numa rede. Contudo, veio a falecer. Por este motivo, passou a integrar-se no brasão das Caldas da Rainha uma rede e um pelicano, a divisa de D. João II.

Depois da fundação do Hospital, a fama das águas milagrosas desta região correu todo o país. Grande parte dos reis portugueses ali foram para tratamento. Este facto, aliado à sua situação geográfica, por ser um ponto de passagem obrigatória para quem se dirigia do interior para o litoral, contribuiu para o grande desenvolvimento da vila e da região. O centro administrativo, que era anteriormente em Óbidos, passou para a nova vila das Caldas da Raínha.
Contudo, o crescimento demográfico não foi significativo. Apenas o número de doentes que frequentavam as termas e o Hospital era considerável. Contavam-se já, no final do séc. XVII, mais de 700 por ano. No final do séc. XVIII eram quase 2000 e no início do séc. XX já chegavam aos 4500. Desde essa alturaaté à actualidade, o número de doentes não teve uma grande variação.

Em 1528, D. João III autoriza a realização de obras para ampliação e melhoramentos do Hospital. No séc. XVIII as instalações do Hospital foram novamente remodeladas, primeiro em 1747, sob as ordens do rei D. João V, que era um grande frequentador destas termas, que também fez construir os novos Paços do Concelho na actual Praça da República. Em 1755 o Hospital foi de novo melhorado pelo marquês de Pombal. Foram criados sistemas para análise das águas e melhoradas as formas de tratamento.

A partir de 1888 o Hospital foi de novo ampliado, sob as ordens de D. Rodrigo Berquó, que também ampliou e melhorou a mata e o parque. Com este desenvolvimento, quem mais lucrou foi a própria vila, que se viu assim muito desenvolvida. A construção do caminho de ferro, ainda em 1888, causou também um grande desenvolvimento da vila, que se começou a alastrar em direcção à estação.

A administração do Hospital também teve diversas alterações importantes. No início era privada. No tempo de D. João III, passou para os cónegos seculares de S. João Evangelista. A partir de 1866, a administração passou para o Estado.

O Desenvolvimento Administrativo
Ao contrário do que é habitual na grande maioria das cidades e vilas portuguesas, não se encontrou qualquer foral atribuido a esta localidade. Contudo, D. Manuel concedeu-lhe alguns previlégios, a pedido da rainha D. Leonor, sua irmã.

Em 1762 Caldas da Raínha pertencia à comarca de Alenquer. Em 1821 foi elevada a sede de concelho, mas ainda pertencente à mesma comarca.

O concelho foi sofrendo, ao longo dos tempos, diversas alterações na sua constituição administrativa. Algumas freguesias passaram do concelho de Alcobaça ou de Óbidos para o das Caldas da Rainha, outras tornaram-se independentes ou passaram para outros concelhos, principalmente Alcobaça.

A vila de Caldas da Raínha, já com cerca de 7000 habitantes, foi elevada a cidade em 11 de Agosto de 1927, pelo decreto nº 14.157. Já nesta altura era um grande centro de veraneio, contando quase 10000 turistas durante o Verão. Era conhecida em todo o país e também no estrangeiro, de onde chegavam muitos doentes e seus acompanhantes, ou simples turistas à procura das praias.

Em Outubro de 1952 foi inaugurada a nova Igreja Paroquial, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, segundo projecto do arquitecto Vasco Regaleira, que veio substituir a velha igreja de Nossa Senhora do Pópulo.

O Século XX
Actualmente a região é bastante concorrida principalmente a nivel turístico.

Como principais razões para o afluxo turístico, pode-se apontar, além da utilização das termas, as diversas praias do litoral do concelho. Destacam-se as praias de Foz do Arelho, Salir do Porto e Lagoa de Óbidos.

Além das praias, também é muito agradável o ambiente e a amenidade do clima.

É também muito famosa a cerâmica, principalmente as figuras típicas do Zé-Povinho, criadas por Rafael Bordalo Pinheiro, ou as restantes "figuras das Caldas".

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pópulo
A Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, matriz de Caldas da Raínha, é considerado monumento nacional. De início construída como capela do primitivo hospital termal, a igreja teve a sua conclusão em 1500, sendo-lhe anexada a torre sineira entre 1500 e 1505.

A sua autória é atribuida a Mateus Fernandes (pai) Mestre das Obras da Batalha.

Em 1504, foi palco da representação do Auto de S. Martinho, de Gil Vicente, na presença da rainha Dª. Leonor. Neste edificio conjuga-se elementos tardo-gótico europeu com outras caracteristicas mais locais (mudéjares e manuelinos)possui o revestimento interior em azulejos seiscentistas, mantendo da construção primitiva painéis de azulejares hispano-árabes nos altares laterais. Localizado sobre o arco triunfal.

Mandada construir pela rainha Dª. Leonor em 1485, a simplicidade das linhas exteriores contrasta com o interior, constituído por uma nave única, cuja altura é praticamente igual à largura, conferindo-lhe uma harmonia pouco vulgar neste tipo de construções.
A capela–mor, em abertura larga, permite uma visualização perfeita e contribui para o aprofundamento do espaço. A nave e a capela–mor são cobertas por abóbadas nervuradas, de grande efeito, reforçando a qualidade do interior. Ausência de pilares ou colunas de suporte para as nervuras reforçam a unidade do conjunto. Na passagem para a capela–mor existe um arco triunfal, de recorte inovador que foi o primeiro na arquitetura portuguesa. A originalidade desta capela-mor completa-se com a porta da sacristia, verdadeiro ex-libris desta igreja.

Por: José Carlos Ferreira
Museus

Museu José Malhoa.
Casa Museu de S. Rafael
Casa Museu Rafael Bordalo Pinheiro
Casa Museu Salvador Barata Feyo
Museu Atelier António Duarte
Museu Atelier João Fragoso
Museu de Cerâmica
Museu de José Malhoa
Museu do Ciclismo
Museu do Hospital e das Caldas

Campanário da Igreja de N. Sra. do Pópulo.

Arquitetura religiosa
Ermida de São Sebastião - do século XVI, adjacente à Praça da República, que de destaca pelos magníficos painéis de azulejos setecentistas que a revestem internamente.
Igreja de Nossa Senhora do Pópulo - de estilo tardo-gótico integrante do conjunto do Hospital Termal.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição - do século XX localizada na Praça 25 de Abril.

Cerâmica
A produção cerâmica em Caldas da Rainha atingiu destaque na passagem do século XIX para o século XX, quando se afirmou como um dos raros centros notáveis no país, com cerca de duas dezenas de unidades produtivas.

A atividade desenvolveu-se historicamente na região a partir dos solos ricos em argila, o que é indicado, por exemplo, na toponímia Bombarral, onde "barral" (ou "barreiro") designa um local de onde se tira barro.

A primeira fase da cerâmica Caldense iniciou-se na década de 1820, com a produção de D. Maria dos Cacos, caracterizando-se pela monocromia verde-cobre ou castanho-manganês de peças de tipo utilitário (funcionalista) de gosto popular. Um segundo momento é marcado, em meados do século, pela renovação introduzida por Manuel Cipriano Gomes Mafra, mais tarde conduzida ao seu ápice por Rafael Bordalo Pinheiro.

As peças produzidas a partir de então caracterizam-se pela profusão de modelos formais, assim como por uma diversificada abordagem de temas decorativos. Os principais tipos da chamada "louça das Caldas" são:
Utilitária
louça de
cozinha - apresentada em duas abordagens distintas: a contemporânea, com linhas e design simples, para uso diário; e a louça naturalista, representando folhas de couve, de alfaces, peixes, fruta, enchidos, etc.
Humorística/Peculiar
Decorativa
Erótica - abordando temas de natureza sexual, com destaque para os nús, os falos, os seios e representações variadas de tipos e posições sexuais
Caricaturista
Naturalista

A louça caricatural originariamente apresentava profissões (
padres, pescadores, agricultores) estereotipadas de maneira sarcástica e depreciativa. Atualmente as figuras representam políticos ou celebridades, embora a mais popular tradicionalmente seja, sem dúvida, a do Zé Povinho. Este personagem, criado por Rafael Bordalo Pinheiro para "A Lanterna Mágica", afirmou-se desde a sua criação como estereótipo, sendo utilizado como símbolo de Portugal e do povo português.

Gastronomia
Cidade com especial relevo na doçaria, apresenta as
trouxas de ovos, as cavacas, as lampreias de ovos e os beijinhos.
Em Junho de
2005 uma pirâmide de cavacas foi erigida na Praça 25 de Abril, em frente à Câmara Municipal.

Desporto
As atividades que mais de destacam da cidade é o
Futebol e o Atletismo.
O
Caldas Sport Clube é o clube de Futebol da cidade que foi fundado a 15 de Maio de 1916, está actualmente a disputar a III Divisão Nacinal (serie D) , mas que já esteve presente na I divisão Nacional.

Em Atletismo, o clube da Cidade é a Associação Cultural e Recreativa Arneirense, um dos melhores clubes nacionais da actualidade em femininos, recheado de jovens com grande qualidade, em que se destaca sobretudo pela jovem promessa do atletismo nacional, Eva Vital, Uma atleta barreirista que começou por dar nas vistas em Iniciada, quando bateu o recorde nacional de 80 metros barreiras, com a marca de 11,90s. Então desde aqui Eva Vital nunca mais tem parado, em juvenil de 1º ano atingiu os difíceis mínimos de Estatuto de Alta Competição nos 100 metros barreiras e também no salto em comprimento, outra modalidade que Eva Vital pode ser uma esperança nacional, em que superou a marca de 5,70m por 2 centímetros. Em Juvenil de 2ºano , na atual época , está a fazer uma extraordinária época de Inverno ( pista coberta) em que já bateu por várias vezes o recorde nacional de Juvenis de 60 metros barreiras, estando fixado em 8,57s, em Pombal, no dia 14 de fevereiro, ter conseguido assim a segunda melhor marca absoluta do ano, sendo só superada pela atleta internacional Patricia Mamona, que está com a melhor marca fixada em 8,47s. Mas não foi só nas barreiras que a atleta bateu recordes, também no salto em comprimento, Eva voou aos 5,83m e fixou novo recorde distrital de sub23, em Espinho no dia 31 de Janeiro.

Bordados
Os bordados das Caldas da Rainha fabricavam-se inicialmente em linho grosseiro com fios de linho, tintos por cozedura em chás, o que tornava a sua cor diferente a cada cozedura, dependendo do tipo de plantas ou flores utilizadas no chá. Atualmente são feitos a partir de fio de linho de canela, sendo a simetria a imagem de marca do Bordado das Caldas. Os exemplares mais reproduzidos são toalhas e colchas com motivos como “aranhiços”, espirais, ângulos e corações, sempre simétricos.
O formato é geralmente rectangular, havendo contudo vários em forma circular ou em quadrado perfeito.
Os pontos usados nos bordados podem ser pontos:
caseados
formiga
pé de galo
recorte
ilhós
grilhão
espiga
E os recortes podem ser:
espaçados desencontrados

Pensa-se terem origens Espanholas e coloca-se ainda a possibilidade da sua origem residir nos quadros de naturezas mortas da pintora seiscentista
Josefa de Óbidos.
Apesar dos esforços desenvolvidos pela Câmara Municipal da cidade, os bordados encontram-se em vias de extinção devido à falta de aderência das camadas jovens.

Artes

Caldas Late Night
O
Caldas Late Night é uma mostra de arte anual, promovida desde 1997 por estudantes da Escola Superior de Artes e Design.
Espaços públicos

Parque D. Carlos I.

Praça de Toiros.
Café Central (uma das paredes foi decorada pelo artista plástico português
Júlio Pomar.)
Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha
Chafariz das Cinco Bicas
Estação Rodoviária na Rua Coronel Soeiro de Brito (exemplar de arquitetura modernista/
Arte Deco)
Hospital Termal Rainha D. Leonor
Parque D. Carlos I
Porta da Cidade - cafetaria, pastelaria, cocktail-bar (primeira cafetaria da entrada sul da cidade de Caldas da Rainha com galeria permanente e esporádica)
Praça da República (Praça da Fruta)
Praça de Toiros
Praça 5 de Outubro (antiga Praça do Peixe)

Escolas
Para além de várias escolas do 1.º ciclo do
ensino básico, as Caldas da Rainha têm um conjunto de estabelecimentos de ensino básico, como a Escola Básica Integrada de Santo Onofre (1.º ao 9.º anos) e a Escola Básica 2,3 D. João II, e de ensino secundário, como a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro e a Escola Secundária Raúl Proença (7.º ao 12.º anos).
O Colégio Rainha Dona Leonor (privado) ministra ensino do 1.º ao 12.ºanos e a Infancoop - Cooperativa de Pais Trabalhadores para Apoio à Infância assegura os serviços de Creche, Jardim de Infância, ATL e 1.º Ciclo do Ensino Básico (Privado).

No âmbito do ensino superior funcionam nas Caldas da Rainha o pólo da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e a Escola Superior de Artes e Design do Instituto Politécnico de Leiria.

Quanto ao ensino profissional, as Caldas da Rainha contam com o Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica (CENCAL), a Escola de Tecnologia e Gestão Industrial (ETGI) e a Escola Profissional Técnica Empresarial do Oeste (ETEO).

Transportes

Autocarros
Caldas da Rainha tem uma estação de Autocarros mesmo no centro da cidade pertencente à Rodoviária do Tejo. O terminal rodoviário é um edifício de grande interesse arquitetónico, tendo sido construído nos anos 40 do século XX.

A cidade é servida por várias carreiras Expresso, Rápidas e Inter-Urbanas
Um novo serviço de transportes urbanos foi introduzido na cidade como projecto-piloto. Chamado TOMA, uma alusão ao manguito do
Zé Povinho, o projecto faz com que 2 autocarros de 29 lugares percorram duas rotas distintas, a verde e a laranja, dentro da cidade. A linha verde demora 30 minutos a ser percorrida pelo autocarro e é mais larga. A laranja demora 15 minutos e é mais central. Existem ao todo 24 paragens.

Comboio

Comboio da Linha do Oeste.
Caldas da Rainha tem uma estação de comboio à responsabilidade da
Linha do Oeste. A linha segue para Lisboa a sul e para a Figueira da Foz a norte. As automotoras são do tipo 0450. O tempo de viagem entre Caldas e Lisboa é de duas horas.

Estradas
Caldas da Rainha é servida por uma excelente rede viária:
A 8 — liga Lisboa a Leiria.
A 15 — auto-estrada para Santarém.
IP 6 — liga Peniche, Santarém e Castelo Branco a Espanha.
EN 8 — atravessa o município de norte a sul ligando Alcobaça e Leiria a norte e Óbidos, Bombarral e Torres Vedras a sul. Era a maior estrada que passava nas Caldas da Rainha.
EN 360 — atravessa o município do sul ao norte , ligando-se a Alcobaça.
EN 361 — no sudoeste do município liga-se a Cadaval e Rio Maior.
EN 114 — no centro e sudeste do município ligando-se a Rio Maior.
EN 114-1 — no centro e este do município ligando-se à EN-114.
EN 115 — pela fronteira sul e sudoeste do município ligando-se a Cadaval.

Caldenses Notáveis
Mestre António Duarte
José Malhoa
Rafael Bordalo Pinheiro
José da Cruz Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa
Raul Proença

Notas
1,0 1,1 Instituto Nacional de Estatística dados de 2007.
UMA POPULAÇÃO QUE SE URBANIZA, Uma avaliação recente - Cidades, 2004. Instituto Geográfico Português. Página visitada em 29 de Junho, {{{acessoano}}}.

Ligações externas
Portal Caldas da Rainha

quarta-feira, julho 01, 2009

Santana Lopes lançou a sua candidatura à presidência da autarquia lisboeta


Pedro Santana Lopes defendeu o «desnivelamento do eixo central» da cidade na zona do Saldanha, com um túnel de ligação da Avenida Fontes Pereira de Melo aos túneis do Campo Grande e do Campo Pequeno.

«É uma obra que é mais simples do que a outra até porque temos a certeza de que quem embargou a outra não vai embargar esta», afirmou, referindo-se ao túnel do Marquês e à providência cautelar interposta por José Sá Fernandes.

O candidato do PSD sublinhou que a sua prioridade será a acção social e que a obra do novo túnel «não deve ser na primeira parte do mandato».

Santana Lopes disse subscrever a ideia da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, segundo a qual são prioritárias as pequenas e médias empresas e o investimento na acção social.

«Não iremos para os grandes investimentos, para as grandes obras», declarou.

Santana Lopes lançou a sua candidatura à presidência da autarquia lisboeta junto ao Jardim do Arco do Cego, onde estiveram presentes a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, e o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, líderes dos principais partidos da coligação à Câmara, que integra também o MPT e o PPM.

Recuperar o Parque Mayer e construir uma nova Feira Popular, com o financiamento do Casino, foram outras medidas avançadas por Santana Lopes.

O candidato social-democrata exigiu a extinção da Sociedade Frente Tejo, e criticou o executivo liderado por António Costa.

«Tenho o entendimento forte que, hoje em dia, Lisboa está a ser governada sem nexo, com preconceito, com submissão e sem verdade», afirmou.

Como exemplos de falta de nexo, avançou as obras no Terreiro do Paço e a acção judicial pela anulação da permuta dos terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer, que a Câmara apoia ao mesmo tempo que anuncia «obras em terrenos que se tiver provimento essa acção, voltam para os antigos proprietários».

Santana Lopes considera que o executivo de António Costa age com «preconceito» ao não abrir a ligação do Túnel do Marquês à António Augusto de Aguiar, sublinhando que aquela obra lançada no seu mandato «estava paga na sua esmagadora maioria».

Para o antigo primeiro-ministro, António Costa governa «com submissão ao Governo«, ao concordar com a desactivação do aeroporto da Portela, a componente rodoviária da Terceira Travessia do Tejo, o alargamento do terminal de contentores e a Sociedade Frente Tejo.

«Não há precedente, não há justificação, não é admissível que um presidente de Câmara que sabe o que o é governar uma cidade entregue poderes de governação de um território sagrado da cidade a uma empresa», afirmou, referindo-se à Frente Tejo.

«Não descansaremos enquanto essa sociedade não for extinta», sublinhou.

Santana Lopes argumentou também que António Costa «governa sem verdade» quando atribui ao PSD a responsabilidade pelas dívidas da autarquia.

«Todo o actual passivo bancário da Câmara é da responsabilidade do PS», declarou.

Além dos presidentes dos partidos que constituem a coligação à Câmara, que integra também o MPT e o PPM, estiveram presentes vários membros do Governo que foi chefiado por Santana Lopes, como Bagão Félix, José Luis Arnaut, Aguiar Branco, António Mexia, Álvaro Barreto, António Monteiro e Rui Gomes da Silva.

Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Marques Guedes, Pedro Mota Soares, Teresa Caeiro, Pedro Pinto e Helena Lopes da Costa estiveram igualmente presentes e Paulo Rangel e Alexandre Relvas enviaram mensagens de apoio, lidas no início da apresentação.

Marcaram ainda presença figuras do espectáculo como o fadista Vicente da Câmara Pereira, a cantora Maria José Valério, o actor Vítor Espadinha e o empresário de revista à portuguesa Hélder Costa.

Lusa / SOL