quinta-feira, abril 29, 2010

Assédio Moral - um Grave Porblema, cada vez mais comum - DENUNCIE !

Assédio moral é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.


São mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização.

Por ser algo privado, a vítima precisa efetuar esforços dobrados para conseguir provar na justiça o que sofreu, mas é possível conseguir provas técnicas obtidas de documentos (atas de reunião, fichas de acompanhamento de desempenho, etc), além de testemunhas idôneas para falar sobre o assédio moral cometido.

Tipos de Assédio

Assédio Descendente

É o tipo mais comum de assédio, se dá de forma vertical, de cima (chefia) para baixo (subordinados).

Assédio Ascendente

Tipo mais raro de assédio, se dá de forma vertical, mas de baixo (subordinados) para cima (chefia). É mais difícil de acontecer pois geralmente é praticado por um grupo contra a chefia, já que dificilmente um subordinado isoladamente conseguiria desestabilizar um superior.

Assédio Paritário

Ocorre de forma horizontal, quando um grupo isola e assedia um membro - parceiro.

Fases

Primeira fase

É algo normal que nas empresas surjam conflitos devido à diferença de interesses. Devido a isto surgem problemas que podem solucionar-se de forma positiva através do diálogo ou que, pelo contrário, constituam o início de um problema mais profundo, dando-se isto na seguinte fase.

Segunda fase

Na segunda fase de assédio ou fase de estigmatização, o agressor põe em prática toda estratégia de humilhação de sua vítima, utilizando uma série de comportamentos perversos cuja finalidade é ridicularizar e isolar socialmente a vítima.

Nesta fase, a vítima não é capaz de crer no que está passando, e é freqüente que negue a evidência ante o resto do grupo a que pertence.

Terceira fase

Esta é a fase de intervenção da empresa, onde o que em princípio gera um conflito transcende à direcção da empresa.

Solução positiva: Quando a direcção da empresa realiza uma investigação exaustiva do conflito e se decide trocar o trabalhador ou o agressor de posto e se articulam mecanismos necessários para que não voltem a produzir o conflito.

Solução negativa: Que a direcção veja o trabalhador como o problema a combater, reparando em suas características pessoais distorcidas e manipuladas, tornando-se cúmplice do conflito.

Quarta fase

A quarta fase é chamada a fase de marginalização ou exclusão da vida laboral, e pode desembocar no abandono do trabalho por parte da vítima. Em casos mais extremos os trabalhadores acusados podem chegar ao suicídio.

Partes implicadas

O agressor

Olhando externamente é difícil identificar o agressor pois a imagem que projecta de si mesmo é sempre bastante positiva.

Geralmente os agressores (ou "assediadores") não centram suas forças em pessoas serviçais e/ou naqueles que são considerados partes do "grupo" de amigos. O que desencadeia sua agressividade e sua conduta é um receio pelos êxitos e méritos dos demais. Um sentimento de irritação rancorosa, que se desencadeia através da felicidade e vantagens que o outro possa ter.

O agressor tem claras suas limitações, deficiências e incompetência profissional, sendo consciente do perigo constante a que está submetido em sua carreira. É o conhecimento de sua própria realidade o que os leva a destroçar carreiras de outras pessoas. Pode-se somar o medo de perder determinados privilégios, e esta ambição empurra a eliminar drasticamente qualquer obstáculo que se interponha em seu caminho.

Ao falar de agressor tem que fazer uma distinção entre aqueles que colaboram com o comportamento agressivo de forma passiva e os que praticam a agressão de forma directa. É comum colegas de trabalho se aliarem ao agressor ou se calar diante dos fatos. Em geral, aquele que pratica o assédio moral tem o desejo de humilhar o outro ou de ter prazer em sentir a sensação de poder sobre os demais integrantes do grupo. Chegam a conceder concessões a possíveis adeptos para que se juntem ao grupo, fortalecendo o assédio moral ao profissional isolado. Alguns se unem porque igualmente gostam de abuso de poder e de humilhar, outros se unem por covardia e medo de perderem o emprego e outros por ambição e por competição aproveitam a situação para humilhar mais ainda a vítima.

Em geral, os assediadores provocam acções humilhantes ao profissional ou o cumprimento de tarefas absurdas e impossíveis de realizar, para gerar a ridicularização pública no ambiente de trabalho e a humilhação do assediado.

Outra estratégia utilizada pelos assediadores é denegrir a imagem do profissional com humilhações e restrições genéricas, em sua totalidade parciais e mentirosas. E para conseguir adeptos e ganhar força com a perseguição moral que perpetram, utilizam-se de armas psicológicas para angariar aliados, mesmo aqueles considerados inocentes úteis.

Na maioria dos casos, buscam forçar o profissional atingido a desistir do emprego.

Aquele que faz o assédio moral pode ter desejo de abuso de poder para se sentir mais forte do que realmente é, ou de humilhar a vítima com exigências absurdas. Alguns inclusive são sádicos e provocam outras violências além da moral.

Características próprias de pessoas narcisistas:

• Ideia grandiosa de sua própria importância.

• Fantasias ilimitadas de êxito e poder.

• Necessidade excessiva de ser admirado.

• Atitudes e comportamentos arrogantes.

É importante ressaltar que alguns chefes se tornam agressores a trabalhadores por serem constantemente pressionados pelas empresas para se cumprir determinadas metas. Neste caso, o problema de assédio moral é um problema estrutural da empresa.

A vítima

Não existe um perfil psicológico determinado que predisponha a uma pessoa a ser vítima de assédio moral, qualquer um pode ser objecto deste acaso.

Aos olhos do agressor, a vítima é uma pessoa inconformista, que graças a sua preparação ou sua inteligência questiona sistematicamente os métodos e fórmulas de organização do trabalho que lhe vem imposto. Vale salientar que diminuir ou criticar é colocar o outro em situação de inferioridade. Fazer propaganda contra alguém é mais fácil se essa pessoa possui características que o preconceito de cor, sexo, ideologia ou classe social reforça como inferioridade.

Embora não haja um perfil psicológico, há casos de assédios contra trabalhadores com altos salários que são ameaçados de substituição por outros com menores salários e trabalhadores que são representantes de sindicatos e associações.

domingo, abril 25, 2010

Sondagem no Sapo

Assinalam-se hoje os 36 anos do 25 de Abril de 1974. Acha que o país precisa de uma nova revolução?




Sem dúvida: 11311
(68%)

Talvez: 2857
(17%)

Não: 2390(14%)

«Portugal precisa de um novo 25 de Abril»

O presidente da associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, defendeu, no sábado, num jantar comemorativo da revolução, em Almada, que Portugal «precisa de um novo 25 de Abril pela justiça social».
O capitão de Abril afirmou que «é necessário que em Portugal se acabe com o esquema terrível de compadrio, com a impunidade perante situações de corrupção e com o mau funcionamento da Justiça».
«Chegou a altura de lançarmos um grito de revolta e de alerta. Não era um país com este contexto que queríamos quando fizemos o 25 de Abril», vincou, em declarações à Lusa.
Para Vasco Lourenço, «comemorar a Revolução é invocar, acima de tudo, a grande esperança que os portugueses tiveram naquela altura por um país melhor, mais desenvolvido, mais igualitário, mais justo, mais livre, e reafirmar teimosamente a nossa vontade em lutar por esses ideais, por mais difícil que isso possa parecer».

«É inaceitável a crescente injustiça social, o fosso cada vez maior que se está a cavar entre os mais ricos e os mais pobres. Mas que raio de país é este, mas que raio de Justiça é esta?», disse perante uma sala com mais de 700 pessoas.



O militar esclareceu, contudo, que não se refere a uma «ruptura violenta», antes a um «apelo à pressão sobre os responsáveis políticos para que estas situações se alterem». «É necessário que os eleitos não se esqueçam dos eleitores», defendeu.

A luta, disse, tem que travar-se também nos programas curriculares da história que contamos às gerações que nasceram já depois da liberdade: «Estamos a contar mal a luta antifascista às gerações mais novas. É preciso continuar a lutar pelo esclarecimento, e para evitar o branqueamento do fascismo, para que a memória não se perca.»


Sondagem do sapo

Assinalam-se hoje os 36 anos do 25 de Abril de 1974. Acha que o país precisa de uma nova revolução?



Sem dúvida: 5925
(68%)

Talvez: 1530
(18%)

Não: 1239

(14%)

 
Para reflexão...

sexta-feira, abril 02, 2010

Patrões têm qualificações inferiores às dos trabalhadores

Os empresários portugueses apresentam uma média de habilitações literárias inferior à dos trabalhadores, noticia esta sexta-feira o jornal Público com base em números do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apenas 9% dos patrões possuem uma licenciatura, valor que compara com os 18% dos trabalhadores que têm este grau académico.

As habilitações dos empregados portugueses distribuíam-se da seguinte forma: 65% possuía baixas qualificações (ensino primário ou secundário inferior), 16% tinham o secundário superior e 18% possuíam licenciatura.

Entre os empresários, 81% apresentavam baixas qualificações, 10% possuíam o secundário superior e apenas 9% concluíram o ensino superior.

Por comparação, em Espanha os trabalhadores com licenciatura ascendiam a 37%, acima da média da União Europeia (29%).

Os empregados espanhóis com baixas qualificações eram 40%, acima dos 21% de média europeia.

No que toca aos empresários espanhóis, 28% possuíam formação superior, um ponto percentual acima da média da UE.