quarta-feira, janeiro 18, 2012
domingo, abril 17, 2011
Excelente artigo publicado no The Wall Street Journal
O guru de empresas Peter Drucker chamava a administração de "a inovação mais importante do século XX." O elogio se justificava. Técnicas para tocar empresas grandes — criadas por homens como Alfred Sloan da General Motors e refinadas em um bando de faculdades de administração de elite — ajudaram a embalar um século de prosperidade global sem precedentes.
Mas esta grande inovação do século XX conseguirá sobreviver e vingar no século XXI? As evidências sugerem que provavelmente não. A administração "moderna" está próxima de uma crise existencial.
Companhias cujos líderes se diziam defensores do livre mercado foram na verdade criadas para sabotar esse mercado. Essas empresas também foram uma resposta ao desafio de organizar milhares de pessoas em locais diferentes com habilidades distintas para desempenhar tarefas grandes e complexas, como fabricar automóveis ou disponibilizar telefonia para um país inteiro.
No mundo relativamente simples de 1776, quando Adam Smith escreveu o clássico "A Riqueza das Nações", o interesse iluminado de pessoas fazendo contratos individuais entre elas era suficiente para garantir o progresso econômico. Mas cem anos depois, a revolução industrial fez a visão de Smith parecer antiquada. Um novo meio de organizar pessoal e alocar recursos para tarefas mais complicadas era necessário. Daí o advento da empresa administrada — uma resposta ao problema central da era industrial.
Nos cem anos seguintes, a corporação serviu seu propósito. De Henry Ford a Harold Geneen, os grandes administradores de empresas do século XX impulsionaram a ascensão de uma vasta classe média global, oferecendo tanto os meios financeiros como os bens e serviços que trouxeram o que era luxo às massas.
Em anos recentes, contudo, a maioria das grandes histórias de gestão não foi de triunfos das corporações, mas sim sobre as corporações. Jack Welch, da General Electric, pode ter sido o último dos grandes construtores de corporações. Mas mesmo ele ficou famoso por declarar guerra à burocracia. Outros ícones de gestão de décadas recentes criaram suas reputações atacando culturas corporativas arraigadas, desviando de hierarquias corporativas, prejudicando estruturas corporativas e em geral usando táticas revolucionárias num esforço desesperado para fazer com que gigantes se mexessem. Os melhores gestores se tornaram, de certa forma, inimigos da corporação.
As razões para isso são claras. As corporações são burocracias e os gestores são burocratas. A tendência fundamental delas é se perpetuar. Quase que por definição, elas são resistentes a mudança. Elas foram criadas e estruturadas não para consolidar as forças de mercado, mas para substituir e até resistir ao mercado.
Ainda assim, forças colossais de mercado — rápida globalização, inovação acelerada e competição incessante — intensificaram o que o economista Joseph Schumpeter chamou de forças da "destruição criativa". Instituições com décadas de existência como Lehman Brothers e Bear Stearns agora podem desaparecer do dia para a noite, enquanto empresas como Google e Twitter podem surgir do nada. Um vídeo bastante acessado na internet captura a natureza geométrica dessas tendências, ressaltando que levou 38 anos para o rádio e 13 anos para a televisão atingirem audiências de 50 milhões de pessoas, mas apenas quatro anos para a internet, três anos para o iPod e dois anos para o Facebook fazerem o mesmo.
Nem mesmo as empresas mais bem gerenciadas estão protegidas do embate destrutivo entre o turbilhão da mudança e a inércia corporativa. Quando perguntei a integrantes do CEO Council do The Wall Street Journal — um grupo de presidentes de empresas que se encontra todo ano para deliberar sobre questões de interesse público — qual era o livro de negócios mais influente que já haviam lido, muitos citaram "Dilema da Inovação", de Clayton Christensen. Esse livro documenta como empresas líderes em seus mercados deixaram passar transformações que mudaram o jogo em setor após setor — como no caso de computadores (mainframes para PCs), telefonia (fixa para celular), fotografia (filme para digital), bolsa de valores (pregão para on-line) — não por causa de gestão "ruim", mas porque seguiram as diretrizes da "boa" gestão. Elas escutaram seus clientes. Elas estudaram as tendências de mercado. Elas alocaram capital para inovações que prometiam o maior retorno. E no processo, deixaram passar inovações perturbadoras que criaram novos clientes e mercados para produtos de margem menor e com enorme apelo.
A fraqueza das companhias em lidar com mudança acelerada é só metade do ataque duplo a noções tradicionais de gestão empresarial. A outra metade vem da corrosão da justificativa fundamental para a própria existência das corporações.
O economista britânico Ronald Coase apresentou a lógica básica da corporação administrada em seu livro de 1937 "The Nature of the Firm". Ele argumentou que as corporações eram necessárias por causa do que ele chamou de "custos de transação". Era simplesmente complicado e caro demais procurar e encontrar o trabalhador certo no momento certo para determinada tarefa, ou procurar insumos, renegociar preços, policiar o desempenho e proteger segredos comerciais num mercado aberto. A corporação podia não ser tão boa em alocar trabalho e capital quanto o mercado, mas compensava essas fraquezas ao reduzir custos de transação.
Coase recebeu seu Prêmio Nobel em 1991 — a aurora da era da internet. Desde então, a capacidade de seres humanos em continentes diferentes com interesses e habilidades diferentes de trabalhar em conjunto e coordenar tarefas complexas deu saltos gigantescos. Empreitadas complicadas, como manter a Wikipedia ou construir o sistema operacional Linux, agora podem ser tocadas com pouca ou nenhuma estrutura gerencial.
Isso levou alguns partidários da utopia, como Don Tapscott e Anthony Williams, autores do livro "Wikinomics" a prever a ascensão da "colaboração em massa" como a nova maneira de organização econômica. Eles acreditam que hierarquias corporativas vão desaparecer, já que indivíduos conseguem trabalhar juntos na criação de "uma nova era (...) ao par com a renascença italiana ou o surgimento da democracia ateniense."
É algo ambicioso, provavelmente exagerado. Até mesmo os mais sonhadores entusiastas de tecnologia têm dificuldade em visualizar, por exemplo, a construção de um Boeing 787 via "colaboração em massa". Ainda assim, as tendências são grandes e inegáveis. O ritmo da mudança está se acelerando. Os custos de transação estão diminuindo rapidamente. E como resultado, tudo o que aprendemos no século passado sobre gestão de grandes corporações requer séria reconsideração. Temos tanto a necessidade quanto a oportunidade de elaborar uma nova forma de organização econômica e uma nova ciência de administração que possa lidar com a realidade estonteante das mudanças no século XXI.
O consultor de estratégia Gary Hamel é um defensor de ponta da reconsideração do gerenciamento. Ele está construindo um "laboratório" de gestão on-line onde líderes na prática e na teoria de gestão podem trabalhar juntos — uma forma de colaboração em massa — em ideias inovadoras para lidar com desafios modernos de administração.
E como serão os substitutos das corporações? Nem Hamel tem a resposta. "O que limita a gente", ele admite, "é que somos extremamente familiarizados com o modelo antigo, mas o novo modelo, ainda nem vimos".
Pelo menos isto está claro: o novo modelo será mais parecido com o mercado, e menos com as corporações do passado. Precisará ser mais flexível, ágil, adaptável a mudanças no mercado e implacável na alocação de recursos a novas oportunidades.
A alocação de recursos será um dos maiores desafios. A beleza dos mercados é que, com o tempo, eles tendem a garantir que pessoas e dinheiro sejam empregados nos empreendimentos de maior valor. Nas corporações, as decisões sobre a alocação de recursos são tomadas por pessoas com interesse em manter o status quo. "A principal razão pela qual empresas fracassam", diz Hamel, "é que elas investem demais no que já é, e não no que pode ser".
Esse é o núcleo do dilema do inovador. Empresas grandes estudadas por Christensen fracassaram não necessariamente porque não enxergaram as inovações que estavam chegando, mas porque não conseguiram investir adequadamente nessas inovações. Para evitar esse problema, as pessoas que controlam grandes quantias de dinheiro precisam agir mais como investidores de capital de risco e menos como departamentos financeiros. Elas precisam fazer diversas apostas — não apenas um punhado de grandes apostas — e estar dispostas a abandonar o barco para minimizar o prejuízo.
Além da alocação de recursos, existe o desafio ainda maior de criar estruturas que motivem e inspirem trabalhadores. Há evidências de sobra de que a maioria dos trabalhadores nas organizações complexas da atualidade simplesmente não está envolvida com o próprio trabalho. Muitos são como Jim Halpert, da série de TV "The Office", que na primeira temporada declarou: "Isto é só um emprego (...) Se fosse minha carreira, eu teria me atirado na frente de um trem".
O novo modelo terá de inspirar nos trabalhadores o tipo de empenho, criatividade e espírito inovador que se vê geralmente em empreendedores. O modelo terá de empurrar poder e capacidade de decisão o mais para baixo possível na pirâmide, em vez de concentrá-los no topo. Estruturas burocráticas tradicionais terão de ser substituídas por algo mais parecido com equipes de missão específica, que se juntam para lidar com determinados projetos e depois se dispersam. A SAS Institute Inc., empresa de software de capital fechado no Estado americano da Carolina do Norte que investe pesadamente em pesquisa e desenvolvimento e também em benefícios aos empregados — desde assistência médica gratuita no local de trabalho e apoio a idosos até massagens — é frequentemente citada como uma das companhias que podem estar abrindo o caminho. A empresa é reconhecida tanto por ser uma fonte de produtos inovadores quanto um bom lugar para se trabalhar.
A coleta de informações também precisa ser mais ampla e inclusiva. A exigência do ex-diretor-presidente da Procter & Gamble A.G. Lafley de que a empresa trouxesse ideias de produto de fora — em vez de desenvolvê-las todas internamente — foi um passo nessa direção. (Existe até um website para onde enviar ideias.) O novo modelo terá de ir além. Novos mecanismos terão de ser criados para controlar "a sabedoria das multidões". Circuitos de feedback terão de ser construídos para que produtos e serviços evoluam constantemente em resposta a novas informações. Mudança, inovação, adaptabilidade precisam se tornar as ordens do dia.
A corporação do século XX pode evoluir para essa nova organização do século XXI? Não vai ser fácil. O "dilema da inovação" se aplica tanto à gestão quanto à tecnologia. Mas é chegada a hora de descobrir. Os métodos antigos não vão durar muito.
Adaptado do livro "The Wall Street Journal Essential Guide to Management", de Alan Murray. Copyright 2010 da Dow Jones & Co. Publicado pela Harper Business, da editora HarperCollins Publishers.
Comente este artigo em: http://www.yenportugal.com/forum/topics/seculo-xxi-pode-trazer-o-fim-1
O guru de empresas Peter Drucker chamava a administração de "a inovação mais importante do século XX." O elogio se justificava. Técnicas para tocar empresas grandes — criadas por homens como Alfred Sloan da General Motors e refinadas em um bando de faculdades de administração de elite — ajudaram a embalar um século de prosperidade global sem precedentes.
Mas esta grande inovação do século XX conseguirá sobreviver e vingar no século XXI? As evidências sugerem que provavelmente não. A administração "moderna" está próxima de uma crise existencial.
Companhias cujos líderes se diziam defensores do livre mercado foram na verdade criadas para sabotar esse mercado. Essas empresas também foram uma resposta ao desafio de organizar milhares de pessoas em locais diferentes com habilidades distintas para desempenhar tarefas grandes e complexas, como fabricar automóveis ou disponibilizar telefonia para um país inteiro.
No mundo relativamente simples de 1776, quando Adam Smith escreveu o clássico "A Riqueza das Nações", o interesse iluminado de pessoas fazendo contratos individuais entre elas era suficiente para garantir o progresso econômico. Mas cem anos depois, a revolução industrial fez a visão de Smith parecer antiquada. Um novo meio de organizar pessoal e alocar recursos para tarefas mais complicadas era necessário. Daí o advento da empresa administrada — uma resposta ao problema central da era industrial.
Nos cem anos seguintes, a corporação serviu seu propósito. De Henry Ford a Harold Geneen, os grandes administradores de empresas do século XX impulsionaram a ascensão de uma vasta classe média global, oferecendo tanto os meios financeiros como os bens e serviços que trouxeram o que era luxo às massas.
Em anos recentes, contudo, a maioria das grandes histórias de gestão não foi de triunfos das corporações, mas sim sobre as corporações. Jack Welch, da General Electric, pode ter sido o último dos grandes construtores de corporações. Mas mesmo ele ficou famoso por declarar guerra à burocracia. Outros ícones de gestão de décadas recentes criaram suas reputações atacando culturas corporativas arraigadas, desviando de hierarquias corporativas, prejudicando estruturas corporativas e em geral usando táticas revolucionárias num esforço desesperado para fazer com que gigantes se mexessem. Os melhores gestores se tornaram, de certa forma, inimigos da corporação.
As razões para isso são claras. As corporações são burocracias e os gestores são burocratas. A tendência fundamental delas é se perpetuar. Quase que por definição, elas são resistentes a mudança. Elas foram criadas e estruturadas não para consolidar as forças de mercado, mas para substituir e até resistir ao mercado.
Ainda assim, forças colossais de mercado — rápida globalização, inovação acelerada e competição incessante — intensificaram o que o economista Joseph Schumpeter chamou de forças da "destruição criativa". Instituições com décadas de existência como Lehman Brothers e Bear Stearns agora podem desaparecer do dia para a noite, enquanto empresas como Google e Twitter podem surgir do nada. Um vídeo bastante acessado na internet captura a natureza geométrica dessas tendências, ressaltando que levou 38 anos para o rádio e 13 anos para a televisão atingirem audiências de 50 milhões de pessoas, mas apenas quatro anos para a internet, três anos para o iPod e dois anos para o Facebook fazerem o mesmo.
Nem mesmo as empresas mais bem gerenciadas estão protegidas do embate destrutivo entre o turbilhão da mudança e a inércia corporativa. Quando perguntei a integrantes do CEO Council do The Wall Street Journal — um grupo de presidentes de empresas que se encontra todo ano para deliberar sobre questões de interesse público — qual era o livro de negócios mais influente que já haviam lido, muitos citaram "Dilema da Inovação", de Clayton Christensen. Esse livro documenta como empresas líderes em seus mercados deixaram passar transformações que mudaram o jogo em setor após setor — como no caso de computadores (mainframes para PCs), telefonia (fixa para celular), fotografia (filme para digital), bolsa de valores (pregão para on-line) — não por causa de gestão "ruim", mas porque seguiram as diretrizes da "boa" gestão. Elas escutaram seus clientes. Elas estudaram as tendências de mercado. Elas alocaram capital para inovações que prometiam o maior retorno. E no processo, deixaram passar inovações perturbadoras que criaram novos clientes e mercados para produtos de margem menor e com enorme apelo.
A fraqueza das companhias em lidar com mudança acelerada é só metade do ataque duplo a noções tradicionais de gestão empresarial. A outra metade vem da corrosão da justificativa fundamental para a própria existência das corporações.
O economista britânico Ronald Coase apresentou a lógica básica da corporação administrada em seu livro de 1937 "The Nature of the Firm". Ele argumentou que as corporações eram necessárias por causa do que ele chamou de "custos de transação". Era simplesmente complicado e caro demais procurar e encontrar o trabalhador certo no momento certo para determinada tarefa, ou procurar insumos, renegociar preços, policiar o desempenho e proteger segredos comerciais num mercado aberto. A corporação podia não ser tão boa em alocar trabalho e capital quanto o mercado, mas compensava essas fraquezas ao reduzir custos de transação.
Coase recebeu seu Prêmio Nobel em 1991 — a aurora da era da internet. Desde então, a capacidade de seres humanos em continentes diferentes com interesses e habilidades diferentes de trabalhar em conjunto e coordenar tarefas complexas deu saltos gigantescos. Empreitadas complicadas, como manter a Wikipedia ou construir o sistema operacional Linux, agora podem ser tocadas com pouca ou nenhuma estrutura gerencial.
Isso levou alguns partidários da utopia, como Don Tapscott e Anthony Williams, autores do livro "Wikinomics" a prever a ascensão da "colaboração em massa" como a nova maneira de organização econômica. Eles acreditam que hierarquias corporativas vão desaparecer, já que indivíduos conseguem trabalhar juntos na criação de "uma nova era (...) ao par com a renascença italiana ou o surgimento da democracia ateniense."
É algo ambicioso, provavelmente exagerado. Até mesmo os mais sonhadores entusiastas de tecnologia têm dificuldade em visualizar, por exemplo, a construção de um Boeing 787 via "colaboração em massa". Ainda assim, as tendências são grandes e inegáveis. O ritmo da mudança está se acelerando. Os custos de transação estão diminuindo rapidamente. E como resultado, tudo o que aprendemos no século passado sobre gestão de grandes corporações requer séria reconsideração. Temos tanto a necessidade quanto a oportunidade de elaborar uma nova forma de organização econômica e uma nova ciência de administração que possa lidar com a realidade estonteante das mudanças no século XXI.
O consultor de estratégia Gary Hamel é um defensor de ponta da reconsideração do gerenciamento. Ele está construindo um "laboratório" de gestão on-line onde líderes na prática e na teoria de gestão podem trabalhar juntos — uma forma de colaboração em massa — em ideias inovadoras para lidar com desafios modernos de administração.
E como serão os substitutos das corporações? Nem Hamel tem a resposta. "O que limita a gente", ele admite, "é que somos extremamente familiarizados com o modelo antigo, mas o novo modelo, ainda nem vimos".
Pelo menos isto está claro: o novo modelo será mais parecido com o mercado, e menos com as corporações do passado. Precisará ser mais flexível, ágil, adaptável a mudanças no mercado e implacável na alocação de recursos a novas oportunidades.
A alocação de recursos será um dos maiores desafios. A beleza dos mercados é que, com o tempo, eles tendem a garantir que pessoas e dinheiro sejam empregados nos empreendimentos de maior valor. Nas corporações, as decisões sobre a alocação de recursos são tomadas por pessoas com interesse em manter o status quo. "A principal razão pela qual empresas fracassam", diz Hamel, "é que elas investem demais no que já é, e não no que pode ser".
Esse é o núcleo do dilema do inovador. Empresas grandes estudadas por Christensen fracassaram não necessariamente porque não enxergaram as inovações que estavam chegando, mas porque não conseguiram investir adequadamente nessas inovações. Para evitar esse problema, as pessoas que controlam grandes quantias de dinheiro precisam agir mais como investidores de capital de risco e menos como departamentos financeiros. Elas precisam fazer diversas apostas — não apenas um punhado de grandes apostas — e estar dispostas a abandonar o barco para minimizar o prejuízo.
Além da alocação de recursos, existe o desafio ainda maior de criar estruturas que motivem e inspirem trabalhadores. Há evidências de sobra de que a maioria dos trabalhadores nas organizações complexas da atualidade simplesmente não está envolvida com o próprio trabalho. Muitos são como Jim Halpert, da série de TV "The Office", que na primeira temporada declarou: "Isto é só um emprego (...) Se fosse minha carreira, eu teria me atirado na frente de um trem".
O novo modelo terá de inspirar nos trabalhadores o tipo de empenho, criatividade e espírito inovador que se vê geralmente em empreendedores. O modelo terá de empurrar poder e capacidade de decisão o mais para baixo possível na pirâmide, em vez de concentrá-los no topo. Estruturas burocráticas tradicionais terão de ser substituídas por algo mais parecido com equipes de missão específica, que se juntam para lidar com determinados projetos e depois se dispersam. A SAS Institute Inc., empresa de software de capital fechado no Estado americano da Carolina do Norte que investe pesadamente em pesquisa e desenvolvimento e também em benefícios aos empregados — desde assistência médica gratuita no local de trabalho e apoio a idosos até massagens — é frequentemente citada como uma das companhias que podem estar abrindo o caminho. A empresa é reconhecida tanto por ser uma fonte de produtos inovadores quanto um bom lugar para se trabalhar.
A coleta de informações também precisa ser mais ampla e inclusiva. A exigência do ex-diretor-presidente da Procter & Gamble A.G. Lafley de que a empresa trouxesse ideias de produto de fora — em vez de desenvolvê-las todas internamente — foi um passo nessa direção. (Existe até um website para onde enviar ideias.) O novo modelo terá de ir além. Novos mecanismos terão de ser criados para controlar "a sabedoria das multidões". Circuitos de feedback terão de ser construídos para que produtos e serviços evoluam constantemente em resposta a novas informações. Mudança, inovação, adaptabilidade precisam se tornar as ordens do dia.
A corporação do século XX pode evoluir para essa nova organização do século XXI? Não vai ser fácil. O "dilema da inovação" se aplica tanto à gestão quanto à tecnologia. Mas é chegada a hora de descobrir. Os métodos antigos não vão durar muito.
Adaptado do livro "The Wall Street Journal Essential Guide to Management", de Alan Murray. Copyright 2010 da Dow Jones & Co. Publicado pela Harper Business, da editora HarperCollins Publishers.
Comente este artigo em: http://www.yenportugal.com/forum/topics/seculo-xxi-pode-trazer-o-fim-1
Partilho um inspirador texto de Aristóteles Onassis (1906-1975), empreendedor grego que adquiriu a sua grande fortuna com negócios ligados à marinha mercante. Foi o empresário mais famoso do mundo, neste sector de actividade, no século passado.
"Hoje Acordei para Vencer
- Pensando positivo, você reunirá forças para vencer obstáculos;
- Envolva-se pela música;
- Comece a sorrir mais cedo;
- Ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia;
- Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar;
- Não se lamente, ajude as outras pessoas a perceber o que há de bom dentro de si;
- Não viva emoções mornas ou vazias;
- Cultive seu interior, extraia o máximo de pequenas coisas;
- Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas;
- Repense seus valores e dê a si mesmo a oportunidade de crescer e ser mais feliz;
- Tudo o que merece ser feito, merece ser bem feito;
- Não trabalhe só por dinheiro e sim pela satisfação da “missão cumprida”;
- Lembre-se, nem todos têm a mesma oportunidade;
- Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas;
- Veja o lado positivo das coisas;
- Não inveje, admire;
- Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio;
- Ocupe o seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu talento;
- Não acumule fracassos e sim experiência;
- Dimensione seus problemas e não se deixe abater por eles;
- Tenha fé e energia, acredite;
- Você pode tudo o que quiser;
- Não viva só para o seu trabalho, tenha outras actividades paralelas;
- O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não se deve jogar nele todas as nossas expectativas e realizações;
- Finalmente ria das coisas em sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida. "
Aristóteles Onassis
"Hoje Acordei para Vencer
- Pensando positivo, você reunirá forças para vencer obstáculos;
- Envolva-se pela música;
- Comece a sorrir mais cedo;
- Ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia;
- Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar;
- Não se lamente, ajude as outras pessoas a perceber o que há de bom dentro de si;
- Não viva emoções mornas ou vazias;
- Cultive seu interior, extraia o máximo de pequenas coisas;
- Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas;
- Repense seus valores e dê a si mesmo a oportunidade de crescer e ser mais feliz;
- Tudo o que merece ser feito, merece ser bem feito;
- Não trabalhe só por dinheiro e sim pela satisfação da “missão cumprida”;
- Lembre-se, nem todos têm a mesma oportunidade;
- Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas;
- Veja o lado positivo das coisas;
- Não inveje, admire;
- Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio;
- Ocupe o seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu talento;
- Não acumule fracassos e sim experiência;
- Dimensione seus problemas e não se deixe abater por eles;
- Tenha fé e energia, acredite;
- Você pode tudo o que quiser;
- Não viva só para o seu trabalho, tenha outras actividades paralelas;
- O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não se deve jogar nele todas as nossas expectativas e realizações;
- Finalmente ria das coisas em sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida. "
Aristóteles Onassis
terça-feira, abril 12, 2011
Estudo de Álvaro Santos Pereira, Ph.D. da Simon Fraser University, no Canadá. *
Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.
Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.
Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.
Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:
ORGANISMOSDESPESA (em milhões de €)
Cinemateca Portuguesa3,9
Instituto Português de Acreditação4,0
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos6,4
Administração da Região Hidrográfica do Alentejo7,2
Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias7,4
Instituto Português de Qualidade7,7
Administração da Região Hidrográfica do Norte8,6
Administração da Região Hidrográfica do Centro9,4
Instituto Hidrográfico10,1
Instituto do Vinho do Douro10,3
Instituto da Vinha e do Vinho11,5
Instituto Nacional da Administração11,5
Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural12,3
Instituto da Construção e do Imobiliário12,4
Instituto da Propriedade Industrial14,0
Instituto de Cinema e Audiovisual16,0
Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional18,4
Administração da Região Hidrográfica do Algarve18,9
Fundo para as Relações Internacionais21,0
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico21,9
Instituto dos Museus22,7
Administração da Região Hidrográfica do Tejo23,4
Instituto de Medicina Legal27,5
Instituto de Conservação da Natureza28,2
Laboratório Nacional de Energia e Geologia28,4
Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu28,6
Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público32,2
Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos32,2
Instituto de Informática33,1
Instituto Nacional de Aviação Civil44,4
Instituto Camões45,7
Agência para a Modernização Administrativa49,4
Instituto Nacional de Recursos Biológicos50,7
Instituto Portuário e de Transportes Marítimos65,5
Instituto de Desporto de Portugal79,6
Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres89,7
Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana328,5
Instituto do Turismo de Portugal340,6
Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação589,6
Instituto de Gestão Financeira804,9
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas920,6
Instituto de Emprego e Formação Profissional1.119,9
TOTAL.........................5.018,4
- Se se reduzissem em 20% as despesas com este - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e, evitava-se a subida do IVA.
- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.
- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir.
Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.
Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.
Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.
Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:
ORGANISMOSDESPESA (em milhões de €)
Cinemateca Portuguesa3,9
Instituto Português de Acreditação4,0
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos6,4
Administração da Região Hidrográfica do Alentejo7,2
Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias7,4
Instituto Português de Qualidade7,7
Administração da Região Hidrográfica do Norte8,6
Administração da Região Hidrográfica do Centro9,4
Instituto Hidrográfico10,1
Instituto do Vinho do Douro10,3
Instituto da Vinha e do Vinho11,5
Instituto Nacional da Administração11,5
Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural12,3
Instituto da Construção e do Imobiliário12,4
Instituto da Propriedade Industrial14,0
Instituto de Cinema e Audiovisual16,0
Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional18,4
Administração da Região Hidrográfica do Algarve18,9
Fundo para as Relações Internacionais21,0
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico21,9
Instituto dos Museus22,7
Administração da Região Hidrográfica do Tejo23,4
Instituto de Medicina Legal27,5
Instituto de Conservação da Natureza28,2
Laboratório Nacional de Energia e Geologia28,4
Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu28,6
Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público32,2
Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos32,2
Instituto de Informática33,1
Instituto Nacional de Aviação Civil44,4
Instituto Camões45,7
Agência para a Modernização Administrativa49,4
Instituto Nacional de Recursos Biológicos50,7
Instituto Portuário e de Transportes Marítimos65,5
Instituto de Desporto de Portugal79,6
Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres89,7
Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana328,5
Instituto do Turismo de Portugal340,6
Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação589,6
Instituto de Gestão Financeira804,9
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas920,6
Instituto de Emprego e Formação Profissional1.119,9
TOTAL.........................5.018,4
- Se se reduzissem em 20% as despesas com este - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e, evitava-se a subida do IVA.
- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.
- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir.
DIVULGUE
sábado, abril 09, 2011
Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Porque silenciam a ISLÂNDIA?
(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.
Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele.
Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.
Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.
Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.
Porque silenciam a ISLÂNDIA?
(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.
Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele.
Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.
Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.
Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.
quarta-feira, abril 06, 2011
Este artigo não versa os rumores em torno do Millennium BCP, mas sim as tácitas implicações da falta de reconhecimento e compreensão do sucedido nos últimos meses. O rumor alegadamente iniciado por email, posteriormente propagado por SMS e finalmente via redes sociais bem como outras ferramentas de social media, acabou por ser tratado de forma amadora.
Pela voz de Santos Ferreira, o Millennium BCP afirmou-se “surpreendido com o impacto e grau de organização” do esforço concertado para enfraquecer a já debilitada confiança do público geral no sistema financeiro. O facto dos rumores terem atingido o pico a uma sexta-feira, quando ninguém na instituição estaria preparado para lidar com a crise, acaba por parecer quase mundano.
Posteriormente, e juntando-se ao debate, designadamente a secção editorial do Público, ofereceram-se conselhos higienizados, reclamando que “os rumores combatem-se com factos”. Alguns, tais como o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, acudiram a explicar a solidez do banco em questão enquanto que outros gostariam de pensar que “os clientes ignoram os rumores sobre problemas financeiros do BCP”. Pessoalmente tive conhecimento de alguns que reagiram de forma insciente.
A ignorância poderá afigurar-se um termo algo desmesurado se tivermos em conta que nós, humanos, e contrariamente ao senso comum, somos na realidade extremamente irracionais – teria você apostado em ignorar “conselhos” de outros amigos “racionais e inteligentes”?
Especialmente numa altura em que estudos patenteiam que a confiança na palavra de colegas, amigos e familiares se sobrepõe a todas as outras?
Malcolm Gldawell, no seu livro The Tipping Point – How Little Things Can Make a Big Difference, descreve o poder dos influenciadores, conectores e mavens. O facto surpreendente reside na lei dos poucos, evocando a escassez de agentes necessários que propagarão, ou não, algo de forma eficiente numa escala não quantificável, todavia mais preocupante porque imprevisível. Estes agentes, denominados hubs (pontos centrais) da rede, não necessitam nem procuram a utilização dos mass media (media tradicional). Juntando-se estes últimos à charada, a essência da notícia deixa de ser a mensagem mas sim a sua consequência.
Em Setembro de 2007, clientes do banco Northern Rock dirigiram-se em massa às suas sucursais, levantado tudo das suas contas bancárias até ao último cêntimo. O que nos leva a pensar que o mesmo seria impensável em Portugal? Provavelmente, a negação, o receio de ter que enfrentar a realidade cruel que para os bancos já não resta outra alternativa que não prepararem-se para esse dia e de que social media é de facto a única oportunidade que detêm em certificarem-se que tal não sucederá num futuro próximo.
Comente este artigo em: http://www.yenportugal.com/forum/topics/o-que-podem-esperar-os-bancos
Os hoaxers (responsáveis pela confusão instaurada) poderão não ter alcançado o seu derradeiro objectivo, mas acabaram por conquistar o mais difícil – assegurarem-se que a mensagem se difundiu em proporções alarmantes, bem sob o radar, até que já fosse demasiado tarde para inverter o processo. Um futuro ataque será certamente mais eficaz, mediante a construção obtida pela sua experiência mais recente. Qual vírus que se metamorfoseia consoante a utilização de antídotos, os hoaxers inteirar-se-ão de que, de facto, a lacuna residiu no conteúdo das mensagens – o ingrediente que faltou para atingir o ponto de viragem – the tipping point.
De modo algo perverso, estes hoaxers tornar-se-ão, eventualmente, numa espécie de profeta da nova era – através das suas afirmações, caso se atinja o ponto de viragem e o pânico se instaure massivamente, conduzindo a um levantamento de fundos colectivo. Será que acabarão por causar ou prever o fim da instituição financeira? Se acredita que a fragilidade advém da incapacidade da indústria em compreender e gerir os desafios do poder da Internet, bem como, as ferramentas que surgem cada vez mais para simplificar e aumentar a partilha de conteúdo (não confundir com factos), então a vitima deverá, igualmente, partilhar uma quota parte da culpa.
Em Abril de 2010, Facebook lançou uma colecção de social plug-ins que permitem a qualquer utilizador colocar comentários do Facebook bem como o botão Like em qualquer página da web fora do Facebook. Em apenas três semanas, após o lançamento destas ferramentas, mais de 100,000 páginas já as utilizavam para facilitar a partilha de conteúdo.
Tornou-se, indubitavelmente, o maior e mais importante passo, conferir o dom da ubiquidade a própria existência de redes sociais, através da criação de ferramentas, quer de caris social, quer com o intuito de serem colocadas onde o utilizador se encontra, eliminando a necessidade de deslocação até ao destino para divulgar a mensagem.
Estes social plug-ins do Facebook tornarão o impulso de agir mais fácil e mais natural, inquestionavelmente, mais que qualquer outro desenvolvimento desde da invenção do Facebook que excede agora os 500 milhões de membros.
Paralelamente, o Twitter cinge o pensamento, baliza a opinião ou “facto” a 140 caracteres, forçando o utilizador a abreviar toda e qualquer frase a uma mera exclamação, prefigurando-se o resultado, quase sempre, numa partilha imediata, emotiva, egocêntrica, frequentemente desprovida de sentido – a partilha pela mera razão de razão partilhar.
A veracidade e a consequência são relegadas para segundo plano no calor do momento, afigurando-se este como apenas outro exemplo da nossa irracionalidade, sendo que muitos de nós fazem-no diariamente: quer no reenvio de anedotas disparatadas para uma listagem de contactos, independentemente de abrangerem emails de empresa, quer no reenvio de emails de aviso que jogam com a nossa consciência, a decisão árdua de enviar ou não um aviso gratuito aos amigos, colegas e/ou família, torna-se demasiadamente obvia para ignorar.
Não é legítimo solicitar confiança sem a conquistar. Na verdade, poucos revelam interesse em propagar rumores, mais que não seja, pelo simples facto de que os jornais nacionais tornaram-se um género de 112 – onde estava o Millennium BCP?
Em reunião com os advogados, administração e departamento de comunicações e marketing?
O cúmulo de enviar um email aos funcionários pedindo profissionalismo e apoio na divulgação da verdade torna-se ainda mais enigmático. É algo que, uma vez mais, se conquista, mas não se pede.
Camuflarmo-nos por detrás do obstáculo que constitui o anonimato na Internet e, neste caso, cartões de telemóvel pré-pagos, crê-se tão prejudicial ou insípido quanto a criação de mais legislação e software para digladiar a invicta batalha contra a pirataria. Esta estratégia quase aniquilou a industria discográfica e poderá, contingentemente, tornar-se factor capital na alteração da industria bancária pelo menos, tal como a conhecemos hoje.
Sobreviverão apenas aqueles que abraçaram já este novo paradigma e acometem de volta, não através de press releases e publicação de “factos”; subsistirão apenas os que conseguem fomentar benevolência, internamente, envolvendo todos quantos acabam por dar a cara pelas instituições e lutam diariamente na linha da frente, dotando-os duma voz imparcial e sem controlo, enquanto que, simultaneamente, estabelecem empatia externamente com os seus clientes, utilizando as mesmas ferramentas e canais para ouvir, conversar, agir, colocando assim o cliente onde deverá encontrar-se sempre – à frente de tudo e de todos. Consciencializemo-nos que não existe qualquer outra alternativa – abraçar social media ou arriscar ser engolido, uma vez mais, pelo mesmo ser que se tenta controlar.
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terça-feira, março 15, 2011
domingo, fevereiro 20, 2011
Até na longínqua Rússia se fazem melhores análises do que se cá passa, do que nós mesmos conseguimos fazer, é triste, mas é verdade.
Jornal Russo http://www.facebook.com/l/57643NBO_45qbvWak8Io4Ap-MEA/Pravda.ru escreve 4 páginas sobre Portugal
" Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal pelo Governo liberal de José Sócrates, um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria."
E não é porque eles serem portugueses.
Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e você vai descobrir que doze por cento da população é português, o povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão....e Austrália.
Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no Partido Social Democrata e Partido Socialista, gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde anos 80.
O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê?
Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia deixou-se a ser sugado é aquele em que a agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos estados unidos da América (onde havia de ser?) virtual fisicamente controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.
Com amigos como estes organismos, e Bruxelas, quem precisa de inimigos? Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha depois que suas tropas invadiram seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para sua indústria.
E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos por motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.
Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir) e sua indústria (desapareceu) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê?
O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza em uma base sustentável?
Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando bilhões através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele éconsiderado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.
A sua "política de betão" foi bem concebida, mas como sempre, mal planeada, o resultado de uma inepta, descoordenada e, às vezes inexistente localização no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo.
Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.
O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam.
Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini. Maserati. Foram organizadas caçadas de javali em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político. E ele é um dos melhores.
Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata excelente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando") que criou mais problemas com seu discurso do que ele resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de José Sócrates; um Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado por interesses instalados.
Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos de educação).
E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes. Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos.
Aqui estão os resultados:
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%). Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%) Concordo com o sacrifício (1%) Um por cento. Quanto ao aumento dos impostos, a reacção imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português. Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado de suas ideias e propostas.
Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os interesses de Portugal no ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha. Que convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude". Certo, bem longe de Portugal, como todos os que possam, estão fazendo. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe política abominável.
Timothy Bancroft-Hinchey
sexta-feira, fevereiro 18, 2011
Fonte: Facebook - Página: 1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política
Exmos, Senhores,
cá vai um importante contributo, para que o Ministro das Finanças -e todos vocês- não continue a fazer de nós parvos, dizendo com ar sonso que não sabe em que mais cortar. Acabou o recreio e o receio!
Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulisse, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;
2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros?s e não são verificados como podem ser auditados?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc...;
7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.. Acabar com o pagamento de 200? por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75, ? nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis....
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA....;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;
24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;
25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;
26. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";
27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
30. Pôr os Bancos a pagar impostos.
Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste e-mail.
http://correntes.blogs.sapo.pt/947511.html
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
domingo, fevereiro 13, 2011
quinta-feira, janeiro 27, 2011
quarta-feira, janeiro 05, 2011
I'LL BE MISSING YOU - Tribute To The Notorius B.I.G.
Dedico aos meus pais. Jose Patricio, hoje faz um mês sobre a sua morte, e à minha mãe, MAria Albertina, que no proximo dia 13 de janeiro faz um ano em que faleceu.
O meu Obrigado por tudo o que fizeram por mim, por tudo o amor e carinho que me deram, por tudo o que aprendi com eles... sinto muito orgulho nos meus pais.
Estão para sempre no meu coração.
terça-feira, novembro 30, 2010
terça-feira, novembro 23, 2010
PARTICIPE !!
Existem pessoas que alegam que nada vai mudar, que não adianta fazer greve, MAs nessa prespectiva porquê que quando alguem é vitima de um crime, por exemplo, vai à policia, recorre ao Tribunais, porque quer que seja feita justiça, porque o que quer alem de que se faça justiça e que NÃO voltar a acontecer o ...que lhe aconteceu, procura reparar os danos sofridos e IMPEDIR QUE NO FUTURO ACONTEÇA O MESMO, pois nesta greve e em outras uma das coisas que pretendemos é que amanhã o Governo, este ou outro qualquer, faça o que este tem feito, faz e irá continuar a fazer, isto se deixar-mos, claro.
domingo, novembro 07, 2010
sexta-feira, novembro 05, 2010
Tribunal de Contas arrasa a gestão do património da justiça.
Tribunal de Contas, em relatório divulgado ontem, arrasa a
gestão do património da justiça. Prisão de Lisboa volta para o Estado.
O Ministério da Justiça (MJ) vai ser obrigado a devolver à Estamo, do grupo Parpública, os 60 milhões de euros arrecadados em 2006 pela venda do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL). O prazo para desocupar as instalações terminou a 31 de Dezembro do ano passado, e, como não foi encontrada alternativa para albergar os reclusos, o dinheiro terá de ser devolvido ao comprador até ao final deste ano, com um penalização correspondente à taxa Euribor a seis meses acrescida de 0,25%. A denúncia é do Tribunal de Contas (TC) num relatório ontem divulgado, a que o DN teve acesso, onde também se alerta para o facto de os cerca de 1500 edifícios que compõem o património imobiliário da Justiça, assim como os arrendamentos, estarem a ser geridos sem rigor contabilístico.
Segundo o TC, o contrato-promessa de compra e venda do EPL, assinado em 2006, por cerca de 60 milhões de euros, prevê que a prisão, situada numa zona nobre da cidade, em São Sebastião da Pedreira, teria de estar devoluta até ao fim de 2009. "O referido contrato estabelece também que, no caso de incumprimento, total ou parcial, por parte do segundo outorgante (MJ), haverá lugar à restituição, até 31 de Dezembro de 2010, da quantia entregue, com uma penalização correspondente à taxa Euribor a seis meses, acrescida de 0,25%, contada desde a data da outorga do contrato", lê-se no documento.
Quase um ano após o fim do prazo para desocupar o imóvel, o MJ ainda não iniciou nenhum processo concursal para a construção do anunciado Estabelecimento Prisional de Lisboa e Vale do Tejo, em Almeirim, que deveria substituir o de Lisboa. Entretanto, diz o relatório do TC, desde 1 de Janeiro de 2008 que MJ paga, pelo EPL, uma renda mensal correspondente a 5% sobre 12 meses, calculada sobre o preço da venda do imóvel, actualizada anualmente pelo índice de preços junto do consumidor. Ou seja, em 2008, 2009 e 2010, o MJ teve de desembolsar, no total, perto de dez milhões de euros.
Esta perda de milhões é criticada pelo TC no relatório ontem divulgado, datado de 7 de Outubro, onde são apresentados os resultados de uma auditoria ao Instituto de Gestão Financeira e de Infra- -Estruturas da Justiça (IGFIJ), a entidade que gere os recursos financeiros do MJ. Em causa, a conta de gerência de 2008, mas "com extensão a períodos anteriores e posteriores", lê-se no documento.
O caso do EPL é apenas um exemplo do "descontrolo" na gestão do património da Justiça. Segundo o TC, "a gestão do imobilizado, nomeadamente a respeitante ao património imobiliário, com cerca de 1500 imóveis, era, e ainda é, gerida de forma rudimentar". E especifica-se. O TC identificou 16 bens imóveis, no valor de 3 904 601,22 euros , que não se encontravam registados na contabilidade; foram também detectados bens alienados em anos anteriores, no montante de 23 710 860 euro euros, cujo abate não foi contabilizado; foram também alienados imóveis que não constavam do imobilizado do IGFIJ.
"Estas condicionantes, aliadas à não regularidade/actualidade de registos matriciais, e à ausência de informação atempada e com consistência, destinada ao Gabinete de Contabilidade, de modo a proceder aos registos contabilísticos das aquisições, alienações, amortizações e abates dos imóveis, explicam a ocorrência de imóveis não registados na contabilidade, ou alienados sem registo contabilístico, ou registados no mesmo ano em que foram alienados, ou com registos em duplicado, ou com amortizações inadequadas.", lê-se no documento.
Também os arrendamentos são um caos. "A informação sobre imóveis arrendados pelo IGFIJ encontrava-se dispersa em folhas de cálculo Excel, não existindo um sistema de informação integrado e um conjunto de normas escritas que assegurem a qualidade da informação", diz o relatório, lembrando que o MJ era arrendatário de 388 imóveis no montante de 3,3 milhões de euros mensais, onde se inclui 1,2 milhões pelo Campus da Justiça de Lisboa.
Ministério da Justiça gere mais de 1500 edifícios.
1. O Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), inaugurado em 1885, situa-se numa zona nobre de Lisboa. Foi vendido em 2006, juntamente com um terreno contíguo, por um valor global de 60 milhões de euros.
2. Os edifícios do Campus da Justiça de Lisboa, inaugurado em 2009, estão arrendados ao Ministério da Justiça por cerca de 1,2 milhões de euros/mês.
3. A sede da Polícia Judiciária (PJ) vai ser recuperada. As obras estão orçadas em cerca de 90 milhões de euros.
segunda-feira, novembro 01, 2010
sexta-feira, outubro 29, 2010
quinta-feira, outubro 28, 2010
quarta-feira, outubro 27, 2010
quinta-feira, outubro 21, 2010
quarta-feira, outubro 20, 2010
terça-feira, outubro 19, 2010
Orçamento do Estado
O Governo fala em cortes nas despesas (mas não dizem quais, para além da decisão -fácil- de reduzir os salários dos ditos "funcionários públicos"...), e aumentos de impostos (a pagar pelo "Zé povinho").
Não se ouviu foi nenhum governante falar em:
. Redução drástica do número de deputados da Assembleia da República, bem como dos seus gabinetes, e profissionalizá-los como no estrangeiro. (A esmagadora maioria dos deputados é dispensável... As finanças portuguesas só ganhariam com isso e o país nem daria pela falta deles!).
. Reforma e redução drástica das mordomias vigentes na Assembleia da República (como almoços com digestivos a € 1,50. Equiparar as regalias dos deputados portugueses por, exemplo, às dos deputados do Reino Unido e/ou da Suécia. E eles são ricos, nós não!...)
. Acabar com os milhares de Institutos públicos que não servem para nada e têm funcionários e administradores (nomeados pelo poder político) muito bem pagos - à custa dos contribuintes - e, por vezes, com 2º ou 3º emprego.
- Acabar com as parcerias público-privadas que tão caro custam aos contribuintes, com as sucessivas "derrapagens" que ascendem a milhões e milhões de euros, anualmente.
- Acabar com a "promiscuidade" entre a esfera política (ou seja, os políticos) e o mundo dos negócios/empresas.
- Acabar com a atribuição de verbas, dos impostos pagos pelos contribuintes, para fundações privadas, por exemplo Fundação Saramago, Fundação Mário Soares, etc. (Se um privado decide criar uma fundação com o seu nome, ele próprio que a financie com o seu dinheiro, não à custa dos contribuintes!)
. Acabar com as empresas municipais, com administradores que auferem milhares de euros mês, que não servem para nada.
- Privatizar os canais públicos de televisão, nomeadamente a RTP, que são um autêntico sorvedouro de dinheiros públicos, com administradores e jornalistas (pagos pelo erário público) a ganharem mais que o Presidente da República.
- Disciplinar e repensar o modelo de funcionamento e de financiamento de organismos como a CP, TAP e outras empresas com capitais maioritariamente do Estado que, anualmente, dão milhões e milhões de prejuízo. (Se só dão prejuízo, ano após ano, privatizem-se e seguramente passarão a dar lucros!... Ou o poder político só opta por privatizar o que dá lucro?!...)
. Redução drástica do número das Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia e acabar com o pagamento de € 200, por presença, a cada pessoa que comparece às reuniões das Câmaras e € 75 nas Juntas de Freguesia. (Não fazem mais do que o dever deles!... Imaginem se cada trabalhador português, para além do salário, ainda ganhasse uns "dinheiritos" por ter que se apresentar no local de trabalho!...)
. Acabar com o financiamento aos Partidos políticos.
. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, etc, de inúmeros organismos públicos, incluindo as Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam, em uso particular, pelo país.. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia. (Viaturas do Estado, só para deslocações em serviço!)
. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros.
. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado.
. Acabar com o vaivém semanal dos deputados da Assembleia da República, inclusive os dos Açores e Madeira, e respectivas estadias em Lisboa em hotéis cinco estrelas. (Se não são de Lisboa, arranjem casa na referida cidade. É o que fazem os restantes cidadãos que, quando são deslocados para outro local, por razões laborais, têm que "se virar": ou arrendam casa na terra onde são colocados ou se deslocam diariamente, à sua própria custa, entre o local de trabalho e local onde vivem. Veja-se o exemplo elucidativo dos professores, sempre de um lado para o outro, sem nunca saberem onde irão ser colocados. E ninguém lhes paga hotel, casa ou despesas com as deslocações!...)
. Controlar a assiduidade do pessoal de todos os organismos, centrais, locais, regionais, etc., que são pagos pelo erário público.
. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos e/ou técnicos, caríssimos, encomendados por entidades públicas a firmas privadas, sejam elas de advogados ou outras. (Os especialistas/técnicos das diferentes áreas técnicas e científicas, bem como os juristas, que fazem parte dos quadros do Estado são mais do que suficientes e capazes de executarem tal tarefa, por uma ninharia - que é o que lhes pagam!...)
. Acabar com acumulação de várias reformas por pessoa, quer do aparelho de Estado, quer no sector privado. (Se o comum dos mortais tem que trabalhar 40 anos e, no mínimo, até aos 65 anos de idade, para ter direito a uma reforma, este princípio deve ser aplicado a todos sem excepção).
. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos (saídos dos impostos pagos pelos contribuintes) ao BPN e BPP.
- Acabar com festas/eventos festivos pagos pelo Estado, bem como com outras despesas supérfluas, em época de "vacas magras", e contenção/moderação, mesmo em períodos de desafogo. (A família real britânica, por exemplo, decidiu não promover quaisquer festividades no Natal).
Assim, poderemos sair do buraco negro em que nos meteram e de onde não se vê qualquer raio de luz, por mais ténue que seja...
Já estamos cansados!... Se o poder político continuar cego e "autista" e não optar por rever todo o sistema vigente, que está podre, a situação, de tão tensa e explosiva que está, acaba por rebentar.
domingo, outubro 17, 2010
Tacho para a cunhada de José Sócrates
Cunhada de Sócrates é assessora na EPALA EPAL, empresa pública tutelada pelo Ministério do Ambiente, contratou em Junho deste ano, já em plena derrapagem das contas públicas, a cunhada do primeiro-ministro para assessora do conselho de administração. A admissão de Mara Mesquita Carvalho Fava, irmã de Sofia Fava (ex-mulher de José Sócrates), nos quadros da EPAL ocorreu após quase dois anos como trabalhadora da empresa a recibos verdes.
A cunhada de José Sócrates terá um salário mensal bruto de 2103 euros, acrescido de 21,5% do ordenado por isenção de horário de trabalho.
O ingresso de Mara Fava nos quadros da EPAL foi revelado pelo próprio jornal da empresa: na edição de Junho de 2010 do 'Águas Livres', na coluna Movimento de Pessoal, indica-se que foram admitidas Mara Fava e Mariana Barreto Dias de Castro Henriques, mulher de Jorge Moreira da Silva, ex-secretário de Estado do Ambiente, ex-consultor do Presidente da República e vice-presidente do PSD.
A Comissão de Trabalhadores, em resposta ao CM, assume que o assunto "é falado entre os trabalhadores da EPAL e em termos nada abonatórios para os envolvidos directa ou indirectamente na sua admissão, assim como para a justificação do vencimento mais isenção de horário de trabalho".
Cunhada de Sócrates é assessora na EPALA EPAL, empresa pública tutelada pelo Ministério do Ambiente, contratou em Junho deste ano, já em plena derrapagem das contas públicas, a cunhada do primeiro-ministro para assessora do conselho de administração. A admissão de Mara Mesquita Carvalho Fava, irmã de Sofia Fava (ex-mulher de José Sócrates), nos quadros da EPAL ocorreu após quase dois anos como trabalhadora da empresa a recibos verdes.
A cunhada de José Sócrates terá um salário mensal bruto de 2103 euros, acrescido de 21,5% do ordenado por isenção de horário de trabalho.
O ingresso de Mara Fava nos quadros da EPAL foi revelado pelo próprio jornal da empresa: na edição de Junho de 2010 do 'Águas Livres', na coluna Movimento de Pessoal, indica-se que foram admitidas Mara Fava e Mariana Barreto Dias de Castro Henriques, mulher de Jorge Moreira da Silva, ex-secretário de Estado do Ambiente, ex-consultor do Presidente da República e vice-presidente do PSD.
A Comissão de Trabalhadores, em resposta ao CM, assume que o assunto "é falado entre os trabalhadores da EPAL e em termos nada abonatórios para os envolvidos directa ou indirectamente na sua admissão, assim como para a justificação do vencimento mais isenção de horário de trabalho".
COMENTÁRIO: Assessora de um assessor!!!! loooool 2103€ + 452€ (21,5%) = 2555€ por mês!!!
Para quem era precária....de um momento para o outro não é nada mau
Para quem era precária....de um momento para o outro não é nada mau
É para isto que servem os Institutos Públicos, Empresas Municipais, Fundações..
Eis a razão porque não as extinguem. É aqui que é roubado o nosso dinheiro para dar aos familiares da bandidagem e outros parasitas da partidocracia.
Depois dizem que não há, onde cortar despesas! E que são necessários mais impostos e mais impostos.......
Aguentem saloios !!!!!!!!!!!!!!!
Aguentem pacóvios !!!!!!!!!!!!
O ROUBO CONTINUA!...
O ministro das Finanças autorizou a concessão de um subsídio de Alojamento a Ascenso Simões, secretário de Estado da Protecção Civil, no montante de 75% do valor das ajudas de custo estabelecidas para os vencimentos superiores ao índice 405 da Função Pública, ou seja, são mais 1300 euros por mês.
Aliás, isto até é NORMA no PARLAMENTO onde estão aqueles CROMOS que votam as leis (para eles , claro)
Exemplo: Um deputado de LISBOA concorre por AVEIRO e fica com o SUBSÍDIO de DESLOCAÇÃO ... Tadinho !!!!!!!!!!!!!
O próprio Teixeira dos Santos recebe este subsídio por não possuir residência em Lisboa. Está a viver no Porto, tendo residência oficial em Lisboa. Continua a dar aulas, ele e a mulher, na Universidade, no Porto e é Presidente da Bolsa de Valores do Porto.
Enquanto estes tipos andam a roubar o direito ao salário e à carreira dos funcionários, ao mesmo tempo pagam-se a eles próprios "subsídios de residência", cujos montantes são superiores ao que auferem mensalmente 80% dos funcionários no seu próprio ministério! E isto só em "subsídio"! Ou seja, a técnica é esta: Rouba-se a muitos, para dar muito, a poucos! Esta é a política do desgoverno, dito "socialista"!
sexta-feira, outubro 15, 2010
Imaginem
00h30m
Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.
Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.
Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.
Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.
Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.
Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.
Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.
Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.
Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.
Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos.
Por Mário Crespo.
Tão estranho a forma de amar,
amamos e sentimos ciúmes,
ciúmes de insegurança, tantas vezes inconveniente.
Amamos e sentimos medo,
um medo de um dia estar só, de que a pessoa amada siga em viagem
sem te presentear com uma passagem para o mesmo lugar.
sem te presentear com uma passagem para o mesmo lugar.
Amamos e sentimos raiva,
raiva de não sermos entendidos, como se a pessoa amada tivesse a obrigação de
ter o dom da premonição, e pudesse nos compreender
pelo menos naquele momento que mais estamos chateados.
ter o dom da premonição, e pudesse nos compreender
pelo menos naquele momento que mais estamos chateados.
Amamos e sentimos muitas vezes rejeição,
pelo simples fato de não ser notado o novo corte de cabelo,
a nova roupa, a nova investida.
a nova roupa, a nova investida.
Amamos e nos tornamos loucos,
loucos pela felicidade a dois, um mundo colorido feito para apaixonados.
Loucos pela vida, como se o hoje fosse um dos dias dos milhões que ainda viveremos.
Tão estranho a forma de amar,
Somos muitos em um só, muitos sentimentos, muitos desejos, muitos planos…
Não quero dominar o amor, quero que o amor nos domine.
Pois amor que é AMOR, é tudo…
é certeza, é companhia, é amizade, é paixão, é criança, é eterno.
é certeza, é companhia, é amizade, é paixão, é criança, é eterno.
Tão estranho esta forma de amar,
que me perco até nos versos mais simples de um poema,
pois tem tantas formas de se escrever sobre o amor, algumas simples outras complexas,
mas todas com o mesmo sentido,
que o amor tudo supera.
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