quinta-feira, julho 05, 2007

«Poder judicial usado com fins políticos»

2007/07/05 18:02

EPUL: Fontão de Carvalho e PSD reagem à decisão judicial

O ex-vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa Fontão de Carvalho considera que o caso EPUL «foi uma tentativa de usar o poder judicial com objectivos políticos», noticia a Lusa.

Num comentário à decisão de um juiz de instrução criminal de não o levar a julgamento, Fontão de Carvalho afirmou que «alguma coisa vai mal o sistema político quando se tenta ganhar na secretaria». O caso

EPUL «foi uma tentativa de usar o poder judicial com objectivos políticos», afirmou o ex-número dois de Carmona Rodrigues na Câmara de Lisboa, que hoje se juntou à campanha para a apresentação do programa da candidatura às eleições de 15 de Julho, num restaurante numa fragata fundeada no Tejo.

Um juiz de instrução criminal de Lisboa decidiu hoje não levar a julgamento os cinco acusados de co-peculato, entre as quais o antigo vice-presidente da autarquia, Fontão de Carvalho, no caso do pagamento de prémios a administradores da Empresa Pública da Urbanização de Lisboa (EPUL).

Na sequência desta acusação, conhecida em Fevereiro, Fontão suspendeu o mandato por três meses e é hoje último candidato na lista independente de Carmona Rodrigues à Câmara da capital, nas eleições de dia 15. Os casos EPUL e BragaParques estiveram na origem do processo que levou à queda do executivo de Carmona Rodrigues.
Carmona, a «vítima»

O secretário-geral do PSD, Miguel Macedo, recusou hoje qualquer ligação entre o processo da EPUL e a queda da Câmara de Lisboa, acusando o ex-presidente da autarquia Carmona Rodrigues de «aproveitar tudo para se fazer de vítima».

«O professor Carmona Rodrigues aproveita tudo para se fazer de vítima, mas se há vítimas aqui somos nós [sociais-democratas] e os lisboetas», afirmou Miguel Macedo, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Miguel Macedo, que reagia ao desafio de Carmona Rodrigues para que a direcção do PSD se retractasse, após a decisão judicial de não levar a julgamento o ex-vice-presidente da autarquia no caso EPUL, recusou qualquer ligação desse processo na queda da Câmara.

«Esse processo não tem nada a ver com o professor Carmona Rodrigues, não teve absolutamente nada a ver com a queda da Câmara de Lisboa, nem com o processo Bragaparques», salientou, recusando igualmente a tese de que o PSD tenha abandonado o antigo presidente da autarquia.

«O PSD deu todo o apoio ao professor Carmona Rodrigues. O professor Carmona Rodrigues é que reconheceu que não tinha condições para continuar», acrescentou, insistindo que as vítimas de todo o processo que levou à queda da Câmara de Lisboa são o PSD e os lisboetas.

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