terça-feira, janeiro 27, 2009

Dirigente sindical da PJ desmente Pinto Monteiro

Freeport não estava parado, antes do DCIAP
o ter avocado ao MP do Montijo, afirma Caros Anjos
00h30m, NELSON MORAIS

O presidente da Associação Sindical dos Funcionários da Investigação Criminal, Carlos Anjos, desmentiu esta segunda-feira o procurador-geral da República, ao garantir que o inquérito-crime do Freeport "nunca esteve parado".
Carlos Anjos reagia a declarações de Pinto Monteiro, publicadas, este sábado, no Público. O procurador afirmou, então, que o Freeport "está agora a ser investigado", porque, em Setembro, foi avocado, pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), do Ministério Público do Montijo.
Antes disso, "estava completamente parado", observou Pinto Monteiro, depois de o primeiro-ministro, José Sócrates, se queixar de o processo ter aparecido nos jornais em véspera das legislativas de 2005 e voltar a fazer parangonas agora, no início de um novo ciclo eleitoral.
Ontem, ao JN, o presidente da ASFIC sustentou que, se o Freeport voltou a ter impacto público, foi por a investigação ter feito o seu caminho, antes de transitar para o departamento dirigido por Cândida Almeida.
"Seguiu a velocidade normal para um processo desta natureza", defendeu o dirgente sindical, notando que o Freeport é composto, já, por qualquer coisa como 230 volumes.
Pinto Monteiro não quis comentar o desmentido. "O único comentário do Procurador-Geral da República é que se deve aguardar serenamente o fim das investigações", respondeu, ao JN, prometendo que, "oportunamente, se pronunciará sobre todos os pormenores do caso".
De resto, Carlos Anjos, que trabalha na unidade de combate ao crime económico da Judiciária, notou ainda que "o processo Freeport nunca foi avocado à PJ".
Com efeito, o DCIAP sacou-o ao MP do Montijo, mas, nas buscas da última quinta-feira, foi para o terreno com a PJ de Setúbal, que participa no inquérito desde que ele foi aberto, em finais de 2004.

Além dessas buscas, que visaram um tio de Sócrates, o arquitecto Capinha Lopes e o advogado Vasco Vieira de Almeida, outras foram já feitas, confirmou ontem Cândida Almeida, à SIC, sem identificar os alvos.

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