A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.
A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da História. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.
As principais características da globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa universal.
A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da História. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.
As principais características da globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa universal.
História
A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que começou na época dos Descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da Revolução Tecnológica.
Sua origem pode ser traçada do período mercantilista iniciado aproximadamente no século XV e durando até o século XVIII, com a queda dos custos de transporte marítimo, e aumento da complexidade das relações políticas européias durante o período. Este período viu grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, particularmente nas novas colônias européias.
É tido como inicio da globalização moderna o fim da Segunda Guerra mundial, e a vontade de impedir que uma mostruosidade como ela ocorresse novamente no futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências do eixo chegaram a conclusão que era de suma importância para o futuro da humanidade a criação de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso nasceu as Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de bloco econômico pouco após isso com a fundação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço - CECA.
A necessidade de expandir seus mercados levou as nações a aos poucos começarem a se abrir para produtos de outros países, marcando o crescimento da ideologia econômica do liberalismo.
Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes países emergentes, especialmente o BRIC, com grandes economias de exportação, grande mercado interno e cada vez maior presença mundial[1]. Antes do BRIC, outros países fizeram uso da globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido crescimento e chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de 1980 e Japão na década de 1970[2].
Enquanto Paul Singer vê a expansão comercial e marítima européia como um caminho pelo qual o capitalismo se desenvolveu assim como a globalização, Maria da Conceição Tavares aposta o seu surgimento na acentuação do mercado financeiro, com o surgimento de novos produtos financeiros.
[editar] Impacto
A característica mais notável da globalização é a presença de marcas mundiais
A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.
[editar] Comunicação
A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de idéias e informações sem precedentes na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira lingüística.
Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no Japão pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo da universalização do acesso a informação pode ser o próprio Brasil, hoje com 42 milhões de telefones instalados [3], e um aumento ainda maior de número de telefone celular em relação a década de 80, ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.
Redes de TV e imprensa multimídia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por tv por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro, desde NHK do japão até Cartoon Network americana.
Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa acionado pela globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte conotação a democracia, ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de informação a terem acesso a informação de todo o mundo, mostrando a elas como o mundo é e se comporta[4]
Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informações é tido como uma ameaça para determinados governos ou entidades religiosas com poderes na sociedade, que tem gasto enorme quantidade de recursos para limitar o tipo de informação que seus cidadãos tem acesso.
Cuba por exemplo, limita a venda de computadores a cidadãos que obtém certificados do governo, geralmente a custos abusivos para impedir o acesso pela maioria da população, seus emails não são privados e estão sujeitos a constante vigilância do regime, publicação de blog e acesso a redes sociais são proibidos. Acesso a cybercafés também é limitado, e internet livre apenas a estrangeiros que mostrarem seus passaportes para agentes do governo. Desrespeito a estas leis como tentativa de criação de emails não supervisionados em outros países ou publicação de informações criticas ao governo geralmente termina com a prisão da pessoa, como o caso de José Orlando González Bridón em 20 de dezembro de 2000. O único provedor de internet é do governo, e este vigia a atividade dos usuários na rede. [5].
China, onde a internet tem registrado crescimento espetacular graças ao fim da economia planificada comunista e adoção do livre mercado capitalista, com 136 milhões de usuários [6] é outro exemplo de nação notória por tentar limitar a visualização de certos conteúdos considerados "sensíveis" pelo governo, como do Protesto na Praça Tiananmem em 1989, além disso em torno de 923 sites de noticias ao redor do mundo estão bloqueados, incluindo CNN e BBC, sites de governos como Taiwan também são proibidos o acesso e sites de defesa da independência do Tibete. O numero de pessoas presas na China por "ação subversiva" por ter publicado conteúdos críticos ao governo é estimado em mais de 40 ao ano. A própria wikipedia já sofreu diversos bloqueios por parte do governo chinês[7].
No Irã, Arabia Saudita e outros países islâmicos com grande influencia da religião nas esferas governamentais, a internet sofre uma enorme pressão do estado, que tentam implementar diversas vezes barreiras e dificuldades para o acesso a rede mundial, como bloqueio de sites de redes de relacionamentos sociais como Orkut e MySpace, bloqueio de sites de noticias como CNN e BBC. Acesso a conteúdo erótico também é proibido.
[editar] Qualidade de vida
O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o número de pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1.5 bilhão de pessoas para 1.1 bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada exatamente nos países mais liberais e abertos a globalização[8].
Na China, após a conversão para economia capitalista e abertura do mercado, a porcentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu 50.1%, contra um aumento de 2.2% na África sub-saariana, composta de em grande parte de nações fechadas a globalização. Entretanto é preciso ter-se sempre em mente que a China adotou a globalização em seus próprios termos, de forma a dela tirar o melhor proveito. Conforme apontado por Stiglitz, ela foi lenta para abrir seus mercados a importações e não permite a entrada dos fluxos de capital especulativo, de curto prazo. Acima de tudo, a China não confiou no trickle-down (teoria conservadora segundo a qual a acumulação de riqueza no topo beneficia paulatinamente os de baixo) da riqueza, mas procurou melhorar a situação dos mais pobres com intervenção do governo [9].
Na América Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 até 2002[10].
Também houve uma melhora na distribuição da renda, com tendência a convergência a longo prazo conforme a economia global continua crescendo, a maioria das nações que hoje sofrem com problemas de distribuição de renda, teve seus problemas originários antes da época da globalização ou durante períodos de ditadura ou economia planificada. Atualmente a distribuição de renda ou está estável ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta liberdade econômica pelo Índice de Liberdade Econômica[11].
[editar] Outras visões dos resultados da globalização
Um livro denominado "Flat World, Big Gaps" [12] ("Um Mundo Plano, Grandes Disparidades" - tradução livre), foi editado por Jomo Sundaram, secretário-geral adjunto da ONU para o Desenvolvimento Econômico, e Jacques Baudot, economista especializado em temas de globalização, analisou essas questões e está despertando grande interesse. Nesse livro seus autores concluem que: "A 'globalização' e 'liberalização', como motores do crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas". [13]
A segunda parte do livro analisa as tendências das desigualdes econômicas que vêm ocorrendo em várias partes do mundo, inclusive na OECD, nos Estados Unidos, na América Latina, no Oriente Médio e norte da África, na África sub-saariana, Índia e China.
As políticas liberais adotadas não trouxeram ganhos significativos para a melhoria da distribuição de renda, pelo contrário: "A desigualdade na renda per capita aumentou em vários países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) durante essas duas décadas, o que sugere que a desregulação dos mercados teve como resultado uma maior concentração do poder econômico." [13]
De maneira geral vários estudos apontam que "a repartição da riqueza mundial piorou e os índices de pobreza se mantiveram sem mudanças entre 1980 e 2000" [13], como já previra Tobin em 1981.
Os mais recentes dados estatísticos, obtidos pela ONU, desmistificam grande parte do discurso neoliberal que é normalmente utilizado para defender certas medidas "globalizantes".
Para a maior parte do Mundo, a globalização, como tem sido conduzida, assemelha-se a um pacto com o demônio. Algumas pessoas nos países ficam mais ricas, as estatísticas do PIB - pelo valor que possam ter - aparentam melhoras, mas o modo de vida e os valores básicos da sociedade ficam ameaçados. Isto não é como deveria ser. [14] [15]
— Joseph E. Stiglitz
[editar] Teorias da Globalização.
A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da evolução do mercado capitalista não direcionado por uma única entidade ou pessoa, possui varias linhas teóricas que tentam explicar sua origem e seu impacto no mundo atual.
[editar] Antonio Negri
O pensador italiano Antonio Negri defende, em seu livro "Império", que a nova realidade sócio-política do mundo é definida por uma forma de organização diferente da hierarquia vertical ou das estruturas de poder "arborizadas" (ou seja, partindo de um tronco único para diversas ramificações ou galhos cada vez menores). Para Negri, esta nova dominação (que ele batiza de "Império") é constituída por redes assimétricas, e as relações de poder se dão mais por via cultural e econômica do que uso coercitivo de força. Negri entende que entidades organizadas como redes (tais como corporações, ONGs e até grupos terroristas) têm mais poder e mobilidade (portanto, mais chances de sobrevivência no novo ambiente) do que instituições paradigmáticas da modernidade (como o Estado, partidos e empresas tradicionais).
[editar] Benjamin Barber
Em seu artigo “Jihad vs. McWorld”, Benjamin Barber expõe sua visão dualista para a organização geopolítica global num futuro próximo. Os dois caminhos que ele enxerga — não apenas como possíveis, mas também prováveis — são o do McMundo e o da Jihad. Mesmo que se utilizando de um termo específico da religião islâmica (cujo significado, segundo ele, é genericamente “luta”, geralmente a “luta da alma contra o mal”, e por extensão “guerra santa”), Barber não vê como exclusivamente muçulmana a tendência antiglobalização e pró-tribalista, ou pró-comunitária. Ele classifica nesta corrente inúmeros movimentos de luta contra a ação globalizante, inclusive ocidentais, como os zapatistas e outras guerrilhas latino-americanas.
Está claro que a democracia, como regime de governo particular do modo de produção da sociedade industrial, não se aplica mais à realidade contemporânea. Nem se aplicará tampouco a quaisquer dos futuros econômicos pretendidos pelas duas tendências apontadas por Barber: ou o pré-industrialismo tribalista ou o pós-industrialismo globalizado. Os modos de produção de ambos exigem outros tipos de organização política cujas demandas o sistema democrático não é capaz de atender.
[editar] Daniele Conversi
Para Conversi, os acadêmicos ainda não chegaram a um acordo sobre o real significado do termo globalização, para o qual ainda não há uma definição coerente e universal: alguns autores se concentram nos aspectos economicos, outros nos efeitos políticos e legislativos, e assim por diante. Para Conversi, a 'globalização cultural' é, possivelmente, sua forma mais visível e efetiva enquanto "ela caminha na sua trajetória letal de destruição global, removendo todas as seguranças e barreiras tradicionais em seu caminho. É tambem a forma de globalização que pode ser mais facilmente identificada com uma dominação pelos Estados Unidos. Conversi vê uma correlação entre a globalização cultural e seu conceito gemeo de 'segurança cultural', tal como desenvolvido por Jean Tardiff, e outros [16]
Conversi propõe a análise da 'globalização cultural' em três linhas principais: a primeira se concentra nos efeitos políticos da alterações sócio-culturais, que se identificam com a 'ínsegurança social'. A segunda, paradoxalmente chamada de 'falha de comunicação' [16], tem como seu argumento principal o fato de que a 'ordem mundial' atual tem uma estrutura vertical, na realidade piramidal, onde os diversos grupos sociais têm cada vez menos oportunidades de se intercomunicar, ou interagir de maneira relevante e consoante suas tradições; de acordo com essa teoria não estaria havendo uma 'globalização' propriamente dita, mas, ao contrário, estariam sendo construídas ligações-ponte, e estaria ocorrendo uma erosão do entendimento, sob a fachada de uma homogenização global causando o colapso da comunicação interétnica e internacional, em consequência direta de uma 'americanização' superficial [16]. A terceira linha de análise se concentra numa forma mais real e concreta de globalização: a importância crescente da diáspora na política internacional e no nascimento do que se chamou de 'nacionalismo de e-mail" - uma expressão criada por Benedict Anderson (1992).[17] "A expansão da Internet propiciou a criação de redes etnopolíticas que só podem ser limitadas pelas fronteiras nacionais às custas de violações de direitos humanos" [16].
[editar] Samuel Huntington
O cientista político Samuel Huntington, ideólogo do neoconservadorismo norte-americano, enxerga a globalização como processo de expansão da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida e de produção do mundo, que conduziria inevitavelmente a um "choque de civilizações".
[editar] Antiglobalização
Ver artigo principal: Antiglobalização
Apesar das contradições há um certo consenso a respeito das características da globalização que envolve o aumento dos riscos globais de transações financeiras, perda de parte da soberania dos Estados com a ênfase das organizações supra-governamentais, aumento do volume e velocidade como os recursos vêm sendo transacionados pelo mundo, através do desenvolvimento tecnológico etc.
Além das discussões que envolvem a definição do conceito, há controvérsias em relação aos resultados da globalização. Tanto podemos encontrar pessoas que se posicionam a favor como contra (movimentos antiglobalização).
A globalização é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes. Há, no entanto, aspectos tanto positivos quanto negativos na globalização. No que concerne aos aspectos negativos há a referir a facilidade com que tudo circula não havendo grande controle como se pode facilmente depreender pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos da América. Esta globalização serve para os mais fracos se equipararem aos mais fortes pois tudo se consegue adquirir através desta grande autoestrada informacional do mundo que é a Internet. Outro dos aspectos negativos é a grande instabilidade econômica que se cria no mundo, pois qualquer fenômeno que acontece num determinado país atinge rapidamente outros países criando-se contágios que tal como as epidemias se alastram a todos os pontos do globo como se de um único ponto se tratasse. Os países cada vez estão mais dependentes uns dos outros e já não há possibilidade de se isolarem ou remeterem-se no seu ninho pois ninguém é imune a estes contágios positivos ou negativos. Como aspectos positivos, temos sem sombra de dúvida, a facilidade com que as inovações se propagam entre países e continentes, o acesso fácil e rápido à informação e aos bens. Com a ressalva de que para as classes menos favorecidas economicamente, especialmente nos países em desenvolvimento [18], esse acesso não é "fácil" (porque seu custo é elevado) e não será rápido.
[editar] Referências
↑ G8: a desatualizada elite econômica do planeta
↑ Globalisation and the Asia-Pacific Revival.
↑ Universalização da telefônica
↑ A comunicação de massa como condição para a democracia
↑ Internet em Cuba (inglês)
↑ China pode ultrapassar EUA em usuários de internet
↑ Internet na China
↑ How Have the Worlds Poorest Fared Since the Early 1980s
↑ GARDELS, Nathan. Globalização produz países ricos com pessoas pobres'. São Paulo: Economia e Negócios, O Estado de S. Paulo, 27 setembro de 2006
↑ Indices de pobreza do Banco Mundial
↑ Global Inequality Fades as the Global Economy Grows
↑ SUNDARAM, Jomo K. e BAUDOT, Jacques. Flat World, Big Gaps: Economic Liberalization, Globalization, Poverty and Inequality. Londres: Zed Books, 2007. ISBN 184277834X
↑ 13,0 13,1 13,2 Globalização não reduz desigualdade e pobreza no mundo, diz ONU. Agência Efe. In: Mundo, Folha online, 10/02/2007 às 08h50
↑ STIGLITZ, Joseph E. The pact with the devil. Beppe Grillo's Friends interview
↑ CROTTY, James. Slow Growth, Destructive Competition, and Low Road Labor Relations: A Keynes-Marx-Schumpeter Analysis of Neoliberal Globalization. PERI- Political Economy Research Institute, PERI Publications, 11/1/2000
↑ 16,0 16,1 16,2 16,3 CONVERSI, Daniele. Americanization and the planetary spread of ethnic conflict : The globalization trap. in Planet Agora, dezembro 2003 - janeiro 2004
↑ ANDERSON, Benedict 1992 Long-Distance Nationalism: World Capitalism and the Rise of Identity Politics.
↑ GARDELS, Nathan.Globalização produz países ricos com pessoas pobres: Para Stiglitz, a receita para fazer esse processo funcionar é usar o chamado "modelo escandinavo" . Economia & Negócios, O Estado de S. Paulo, 27/09/2006
[editar] Bibliografia
(en) CONVERSI, Daniele. Americanization and the planetary spread of ethnic conflict : The globalization trap. in Planet Agora, dezembro 2003 - janeiro 2004
(en) CONVERSI, Daniele. Reassessing theories of nationalism. Nationalism as boundary maintenance and creation, Nationalism and Ethnic Politics, vol. 1, nº 1, pp. 73-85, 1995
(en) CONVERSI, Daniele. Nationalism, boundaries and violence, Millennium. Journal of International Studies, vol. 28, n. 3, 1999, pp. 553-584
(en) CONVERSI, Daniele. Post-communist societies between ethnicity and globalization, Journal of Southern, 2001
(en) CROTTY, James. Slow Growth, Destructive Competition, and Low Road Labor Relations: A Keynes-Marx-Schumpeter Analysis of Neoliberal Globalization. PERI- Political Economy Research Institute, PERI Publications, 11/1/2000
GARDELS, Nathan.Globalização produz países ricos com pessoas pobres: Para Stiglitz, a receita para fazer esse processo funcionar é usar o chamado "modelo escandinavo" . Economia & Negócios, O Estado de S. Paulo, 27/09/2006
(en) O'ROURKE, Kevin H.,Globalization and History: The Evolution of a Nineteenth-Century Atlantic Economy.
RODRIGES, Gabriela e VIZENTINI, Paulo F. e Gabriela O dragão chinês e os tigres asíáticos.
SICSÚ, João; PAULA, Luiz Fernando; e RENAUT, Michel; organizadores. Novo-desenvolvimentismo: um projeto nacional de crescimento com eqüidade social. Barueri:Manole; Rio de Janeiro:Fundação Konrad Adenauer, 2005. ISBN 85-98416-04-5 (Manole)
(en) Joseph Stiglitz -- A Dangerous Man, A World Bank Insider Who Defected., HAGE, Dave, Minneapolis Star-Tribune, October 11, 2000
STIGLITZ, Joseph E. Livre Mercado Para Todos. São Paulo: Campus Editora, 2006. ISBN 8535221794
STIGLITZ, Joseph E.Rumo a um novo paradigma. São Paulo: Francis, 2004. ISBN 8589362418
(en) STIGLITZ, Joseph E. More Instruments and Broader Goals: Moving Toward the Post-Washington Consensus. The 1998 WIDER Annual Lecture. Helsinki, Finlândia, 07/1/1998.
(en) STIGLITZ, Joseph E. The pact with the devil. Beppe Grillo's Friends interview
[editar] Ver também
Antiglobalização
Império global
Johan Norberg
Joseph E. Stiglitz
Desenvolvimentismo
Escola keynesiana
[editar] Ligações externas
Globalização, regionalização e a nova ordem mundial
A Globalização é ótima, artigo de Tom Palmer
A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que começou na época dos Descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da Revolução Tecnológica.
Sua origem pode ser traçada do período mercantilista iniciado aproximadamente no século XV e durando até o século XVIII, com a queda dos custos de transporte marítimo, e aumento da complexidade das relações políticas européias durante o período. Este período viu grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, particularmente nas novas colônias européias.
É tido como inicio da globalização moderna o fim da Segunda Guerra mundial, e a vontade de impedir que uma mostruosidade como ela ocorresse novamente no futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências do eixo chegaram a conclusão que era de suma importância para o futuro da humanidade a criação de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso nasceu as Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de bloco econômico pouco após isso com a fundação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço - CECA.
A necessidade de expandir seus mercados levou as nações a aos poucos começarem a se abrir para produtos de outros países, marcando o crescimento da ideologia econômica do liberalismo.
Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes países emergentes, especialmente o BRIC, com grandes economias de exportação, grande mercado interno e cada vez maior presença mundial[1]. Antes do BRIC, outros países fizeram uso da globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido crescimento e chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de 1980 e Japão na década de 1970[2].
Enquanto Paul Singer vê a expansão comercial e marítima européia como um caminho pelo qual o capitalismo se desenvolveu assim como a globalização, Maria da Conceição Tavares aposta o seu surgimento na acentuação do mercado financeiro, com o surgimento de novos produtos financeiros.
[editar] Impacto
A característica mais notável da globalização é a presença de marcas mundiais
A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.
[editar] Comunicação
A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de idéias e informações sem precedentes na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira lingüística.
Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no Japão pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo da universalização do acesso a informação pode ser o próprio Brasil, hoje com 42 milhões de telefones instalados [3], e um aumento ainda maior de número de telefone celular em relação a década de 80, ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.
Redes de TV e imprensa multimídia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por tv por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro, desde NHK do japão até Cartoon Network americana.
Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa acionado pela globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte conotação a democracia, ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de informação a terem acesso a informação de todo o mundo, mostrando a elas como o mundo é e se comporta[4]
Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informações é tido como uma ameaça para determinados governos ou entidades religiosas com poderes na sociedade, que tem gasto enorme quantidade de recursos para limitar o tipo de informação que seus cidadãos tem acesso.
Cuba por exemplo, limita a venda de computadores a cidadãos que obtém certificados do governo, geralmente a custos abusivos para impedir o acesso pela maioria da população, seus emails não são privados e estão sujeitos a constante vigilância do regime, publicação de blog e acesso a redes sociais são proibidos. Acesso a cybercafés também é limitado, e internet livre apenas a estrangeiros que mostrarem seus passaportes para agentes do governo. Desrespeito a estas leis como tentativa de criação de emails não supervisionados em outros países ou publicação de informações criticas ao governo geralmente termina com a prisão da pessoa, como o caso de José Orlando González Bridón em 20 de dezembro de 2000. O único provedor de internet é do governo, e este vigia a atividade dos usuários na rede. [5].
China, onde a internet tem registrado crescimento espetacular graças ao fim da economia planificada comunista e adoção do livre mercado capitalista, com 136 milhões de usuários [6] é outro exemplo de nação notória por tentar limitar a visualização de certos conteúdos considerados "sensíveis" pelo governo, como do Protesto na Praça Tiananmem em 1989, além disso em torno de 923 sites de noticias ao redor do mundo estão bloqueados, incluindo CNN e BBC, sites de governos como Taiwan também são proibidos o acesso e sites de defesa da independência do Tibete. O numero de pessoas presas na China por "ação subversiva" por ter publicado conteúdos críticos ao governo é estimado em mais de 40 ao ano. A própria wikipedia já sofreu diversos bloqueios por parte do governo chinês[7].
No Irã, Arabia Saudita e outros países islâmicos com grande influencia da religião nas esferas governamentais, a internet sofre uma enorme pressão do estado, que tentam implementar diversas vezes barreiras e dificuldades para o acesso a rede mundial, como bloqueio de sites de redes de relacionamentos sociais como Orkut e MySpace, bloqueio de sites de noticias como CNN e BBC. Acesso a conteúdo erótico também é proibido.
[editar] Qualidade de vida
O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o número de pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1.5 bilhão de pessoas para 1.1 bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada exatamente nos países mais liberais e abertos a globalização[8].
Na China, após a conversão para economia capitalista e abertura do mercado, a porcentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu 50.1%, contra um aumento de 2.2% na África sub-saariana, composta de em grande parte de nações fechadas a globalização. Entretanto é preciso ter-se sempre em mente que a China adotou a globalização em seus próprios termos, de forma a dela tirar o melhor proveito. Conforme apontado por Stiglitz, ela foi lenta para abrir seus mercados a importações e não permite a entrada dos fluxos de capital especulativo, de curto prazo. Acima de tudo, a China não confiou no trickle-down (teoria conservadora segundo a qual a acumulação de riqueza no topo beneficia paulatinamente os de baixo) da riqueza, mas procurou melhorar a situação dos mais pobres com intervenção do governo [9].
Na América Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 até 2002[10].
Também houve uma melhora na distribuição da renda, com tendência a convergência a longo prazo conforme a economia global continua crescendo, a maioria das nações que hoje sofrem com problemas de distribuição de renda, teve seus problemas originários antes da época da globalização ou durante períodos de ditadura ou economia planificada. Atualmente a distribuição de renda ou está estável ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta liberdade econômica pelo Índice de Liberdade Econômica[11].
[editar] Outras visões dos resultados da globalização
Um livro denominado "Flat World, Big Gaps" [12] ("Um Mundo Plano, Grandes Disparidades" - tradução livre), foi editado por Jomo Sundaram, secretário-geral adjunto da ONU para o Desenvolvimento Econômico, e Jacques Baudot, economista especializado em temas de globalização, analisou essas questões e está despertando grande interesse. Nesse livro seus autores concluem que: "A 'globalização' e 'liberalização', como motores do crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas". [13]
A segunda parte do livro analisa as tendências das desigualdes econômicas que vêm ocorrendo em várias partes do mundo, inclusive na OECD, nos Estados Unidos, na América Latina, no Oriente Médio e norte da África, na África sub-saariana, Índia e China.
As políticas liberais adotadas não trouxeram ganhos significativos para a melhoria da distribuição de renda, pelo contrário: "A desigualdade na renda per capita aumentou em vários países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) durante essas duas décadas, o que sugere que a desregulação dos mercados teve como resultado uma maior concentração do poder econômico." [13]
De maneira geral vários estudos apontam que "a repartição da riqueza mundial piorou e os índices de pobreza se mantiveram sem mudanças entre 1980 e 2000" [13], como já previra Tobin em 1981.
Os mais recentes dados estatísticos, obtidos pela ONU, desmistificam grande parte do discurso neoliberal que é normalmente utilizado para defender certas medidas "globalizantes".
Para a maior parte do Mundo, a globalização, como tem sido conduzida, assemelha-se a um pacto com o demônio. Algumas pessoas nos países ficam mais ricas, as estatísticas do PIB - pelo valor que possam ter - aparentam melhoras, mas o modo de vida e os valores básicos da sociedade ficam ameaçados. Isto não é como deveria ser. [14] [15]
— Joseph E. Stiglitz
[editar] Teorias da Globalização.
A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da evolução do mercado capitalista não direcionado por uma única entidade ou pessoa, possui varias linhas teóricas que tentam explicar sua origem e seu impacto no mundo atual.
[editar] Antonio Negri
O pensador italiano Antonio Negri defende, em seu livro "Império", que a nova realidade sócio-política do mundo é definida por uma forma de organização diferente da hierarquia vertical ou das estruturas de poder "arborizadas" (ou seja, partindo de um tronco único para diversas ramificações ou galhos cada vez menores). Para Negri, esta nova dominação (que ele batiza de "Império") é constituída por redes assimétricas, e as relações de poder se dão mais por via cultural e econômica do que uso coercitivo de força. Negri entende que entidades organizadas como redes (tais como corporações, ONGs e até grupos terroristas) têm mais poder e mobilidade (portanto, mais chances de sobrevivência no novo ambiente) do que instituições paradigmáticas da modernidade (como o Estado, partidos e empresas tradicionais).
[editar] Benjamin Barber
Em seu artigo “Jihad vs. McWorld”, Benjamin Barber expõe sua visão dualista para a organização geopolítica global num futuro próximo. Os dois caminhos que ele enxerga — não apenas como possíveis, mas também prováveis — são o do McMundo e o da Jihad. Mesmo que se utilizando de um termo específico da religião islâmica (cujo significado, segundo ele, é genericamente “luta”, geralmente a “luta da alma contra o mal”, e por extensão “guerra santa”), Barber não vê como exclusivamente muçulmana a tendência antiglobalização e pró-tribalista, ou pró-comunitária. Ele classifica nesta corrente inúmeros movimentos de luta contra a ação globalizante, inclusive ocidentais, como os zapatistas e outras guerrilhas latino-americanas.
Está claro que a democracia, como regime de governo particular do modo de produção da sociedade industrial, não se aplica mais à realidade contemporânea. Nem se aplicará tampouco a quaisquer dos futuros econômicos pretendidos pelas duas tendências apontadas por Barber: ou o pré-industrialismo tribalista ou o pós-industrialismo globalizado. Os modos de produção de ambos exigem outros tipos de organização política cujas demandas o sistema democrático não é capaz de atender.
[editar] Daniele Conversi
Para Conversi, os acadêmicos ainda não chegaram a um acordo sobre o real significado do termo globalização, para o qual ainda não há uma definição coerente e universal: alguns autores se concentram nos aspectos economicos, outros nos efeitos políticos e legislativos, e assim por diante. Para Conversi, a 'globalização cultural' é, possivelmente, sua forma mais visível e efetiva enquanto "ela caminha na sua trajetória letal de destruição global, removendo todas as seguranças e barreiras tradicionais em seu caminho. É tambem a forma de globalização que pode ser mais facilmente identificada com uma dominação pelos Estados Unidos. Conversi vê uma correlação entre a globalização cultural e seu conceito gemeo de 'segurança cultural', tal como desenvolvido por Jean Tardiff, e outros [16]
Conversi propõe a análise da 'globalização cultural' em três linhas principais: a primeira se concentra nos efeitos políticos da alterações sócio-culturais, que se identificam com a 'ínsegurança social'. A segunda, paradoxalmente chamada de 'falha de comunicação' [16], tem como seu argumento principal o fato de que a 'ordem mundial' atual tem uma estrutura vertical, na realidade piramidal, onde os diversos grupos sociais têm cada vez menos oportunidades de se intercomunicar, ou interagir de maneira relevante e consoante suas tradições; de acordo com essa teoria não estaria havendo uma 'globalização' propriamente dita, mas, ao contrário, estariam sendo construídas ligações-ponte, e estaria ocorrendo uma erosão do entendimento, sob a fachada de uma homogenização global causando o colapso da comunicação interétnica e internacional, em consequência direta de uma 'americanização' superficial [16]. A terceira linha de análise se concentra numa forma mais real e concreta de globalização: a importância crescente da diáspora na política internacional e no nascimento do que se chamou de 'nacionalismo de e-mail" - uma expressão criada por Benedict Anderson (1992).[17] "A expansão da Internet propiciou a criação de redes etnopolíticas que só podem ser limitadas pelas fronteiras nacionais às custas de violações de direitos humanos" [16].
[editar] Samuel Huntington
O cientista político Samuel Huntington, ideólogo do neoconservadorismo norte-americano, enxerga a globalização como processo de expansão da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida e de produção do mundo, que conduziria inevitavelmente a um "choque de civilizações".
[editar] Antiglobalização
Ver artigo principal: Antiglobalização
Apesar das contradições há um certo consenso a respeito das características da globalização que envolve o aumento dos riscos globais de transações financeiras, perda de parte da soberania dos Estados com a ênfase das organizações supra-governamentais, aumento do volume e velocidade como os recursos vêm sendo transacionados pelo mundo, através do desenvolvimento tecnológico etc.
Além das discussões que envolvem a definição do conceito, há controvérsias em relação aos resultados da globalização. Tanto podemos encontrar pessoas que se posicionam a favor como contra (movimentos antiglobalização).
A globalização é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes. Há, no entanto, aspectos tanto positivos quanto negativos na globalização. No que concerne aos aspectos negativos há a referir a facilidade com que tudo circula não havendo grande controle como se pode facilmente depreender pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos da América. Esta globalização serve para os mais fracos se equipararem aos mais fortes pois tudo se consegue adquirir através desta grande autoestrada informacional do mundo que é a Internet. Outro dos aspectos negativos é a grande instabilidade econômica que se cria no mundo, pois qualquer fenômeno que acontece num determinado país atinge rapidamente outros países criando-se contágios que tal como as epidemias se alastram a todos os pontos do globo como se de um único ponto se tratasse. Os países cada vez estão mais dependentes uns dos outros e já não há possibilidade de se isolarem ou remeterem-se no seu ninho pois ninguém é imune a estes contágios positivos ou negativos. Como aspectos positivos, temos sem sombra de dúvida, a facilidade com que as inovações se propagam entre países e continentes, o acesso fácil e rápido à informação e aos bens. Com a ressalva de que para as classes menos favorecidas economicamente, especialmente nos países em desenvolvimento [18], esse acesso não é "fácil" (porque seu custo é elevado) e não será rápido.
[editar] Referências
↑ G8: a desatualizada elite econômica do planeta
↑ Globalisation and the Asia-Pacific Revival.
↑ Universalização da telefônica
↑ A comunicação de massa como condição para a democracia
↑ Internet em Cuba (inglês)
↑ China pode ultrapassar EUA em usuários de internet
↑ Internet na China
↑ How Have the Worlds Poorest Fared Since the Early 1980s
↑ GARDELS, Nathan. Globalização produz países ricos com pessoas pobres'. São Paulo: Economia e Negócios, O Estado de S. Paulo, 27 setembro de 2006
↑ Indices de pobreza do Banco Mundial
↑ Global Inequality Fades as the Global Economy Grows
↑ SUNDARAM, Jomo K. e BAUDOT, Jacques. Flat World, Big Gaps: Economic Liberalization, Globalization, Poverty and Inequality. Londres: Zed Books, 2007. ISBN 184277834X
↑ 13,0 13,1 13,2 Globalização não reduz desigualdade e pobreza no mundo, diz ONU. Agência Efe. In: Mundo, Folha online, 10/02/2007 às 08h50
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↑ ANDERSON, Benedict 1992 Long-Distance Nationalism: World Capitalism and the Rise of Identity Politics.
↑ GARDELS, Nathan.Globalização produz países ricos com pessoas pobres: Para Stiglitz, a receita para fazer esse processo funcionar é usar o chamado "modelo escandinavo" . Economia & Negócios, O Estado de S. Paulo, 27/09/2006
[editar] Bibliografia
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(en) CONVERSI, Daniele. Reassessing theories of nationalism. Nationalism as boundary maintenance and creation, Nationalism and Ethnic Politics, vol. 1, nº 1, pp. 73-85, 1995
(en) CONVERSI, Daniele. Nationalism, boundaries and violence, Millennium. Journal of International Studies, vol. 28, n. 3, 1999, pp. 553-584
(en) CONVERSI, Daniele. Post-communist societies between ethnicity and globalization, Journal of Southern, 2001
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(en) O'ROURKE, Kevin H.,Globalization and History: The Evolution of a Nineteenth-Century Atlantic Economy.
RODRIGES, Gabriela e VIZENTINI, Paulo F. e Gabriela O dragão chinês e os tigres asíáticos.
SICSÚ, João; PAULA, Luiz Fernando; e RENAUT, Michel; organizadores. Novo-desenvolvimentismo: um projeto nacional de crescimento com eqüidade social. Barueri:Manole; Rio de Janeiro:Fundação Konrad Adenauer, 2005. ISBN 85-98416-04-5 (Manole)
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STIGLITZ, Joseph E. Livre Mercado Para Todos. São Paulo: Campus Editora, 2006. ISBN 8535221794
STIGLITZ, Joseph E.Rumo a um novo paradigma. São Paulo: Francis, 2004. ISBN 8589362418
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(en) STIGLITZ, Joseph E. The pact with the devil. Beppe Grillo's Friends interview
[editar] Ver também
Antiglobalização
Império global
Johan Norberg
Joseph E. Stiglitz
Desenvolvimentismo
Escola keynesiana
[editar] Ligações externas
Globalização, regionalização e a nova ordem mundial
A Globalização é ótima, artigo de Tom Palmer
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