Pedro Santana Lopes defendeu o «desnivelamento do eixo central» da cidade na zona do Saldanha, com um túnel de ligação da Avenida Fontes Pereira de Melo aos túneis do Campo Grande e do Campo Pequeno.
«É uma obra que é mais simples do que a outra até porque temos a certeza de que quem embargou a outra não vai embargar esta», afirmou, referindo-se ao túnel do Marquês e à providência cautelar interposta por José Sá Fernandes.
O candidato do PSD sublinhou que a sua prioridade será a acção social e que a obra do novo túnel «não deve ser na primeira parte do mandato».
Santana Lopes disse subscrever a ideia da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, segundo a qual são prioritárias as pequenas e médias empresas e o investimento na acção social.
«Não iremos para os grandes investimentos, para as grandes obras», declarou.
Santana Lopes lançou a sua candidatura à presidência da autarquia lisboeta junto ao Jardim do Arco do Cego, onde estiveram presentes a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, e o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, líderes dos principais partidos da coligação à Câmara, que integra também o MPT e o PPM.
Recuperar o Parque Mayer e construir uma nova Feira Popular, com o financiamento do Casino, foram outras medidas avançadas por Santana Lopes.
O candidato social-democrata exigiu a extinção da Sociedade Frente Tejo, e criticou o executivo liderado por António Costa.
«Tenho o entendimento forte que, hoje em dia, Lisboa está a ser governada sem nexo, com preconceito, com submissão e sem verdade», afirmou.
Como exemplos de falta de nexo, avançou as obras no Terreiro do Paço e a acção judicial pela anulação da permuta dos terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer, que a Câmara apoia ao mesmo tempo que anuncia «obras em terrenos que se tiver provimento essa acção, voltam para os antigos proprietários».
Santana Lopes considera que o executivo de António Costa age com «preconceito» ao não abrir a ligação do Túnel do Marquês à António Augusto de Aguiar, sublinhando que aquela obra lançada no seu mandato «estava paga na sua esmagadora maioria».
Para o antigo primeiro-ministro, António Costa governa «com submissão ao Governo«, ao concordar com a desactivação do aeroporto da Portela, a componente rodoviária da Terceira Travessia do Tejo, o alargamento do terminal de contentores e a Sociedade Frente Tejo.
«Não há precedente, não há justificação, não é admissível que um presidente de Câmara que sabe o que o é governar uma cidade entregue poderes de governação de um território sagrado da cidade a uma empresa», afirmou, referindo-se à Frente Tejo.
«Não descansaremos enquanto essa sociedade não for extinta», sublinhou.
Santana Lopes argumentou também que António Costa «governa sem verdade» quando atribui ao PSD a responsabilidade pelas dívidas da autarquia.
«Todo o actual passivo bancário da Câmara é da responsabilidade do PS», declarou.
Além dos presidentes dos partidos que constituem a coligação à Câmara, que integra também o MPT e o PPM, estiveram presentes vários membros do Governo que foi chefiado por Santana Lopes, como Bagão Félix, José Luis Arnaut, Aguiar Branco, António Mexia, Álvaro Barreto, António Monteiro e Rui Gomes da Silva.
Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Marques Guedes, Pedro Mota Soares, Teresa Caeiro, Pedro Pinto e Helena Lopes da Costa estiveram igualmente presentes e Paulo Rangel e Alexandre Relvas enviaram mensagens de apoio, lidas no início da apresentação.
Marcaram ainda presença figuras do espectáculo como o fadista Vicente da Câmara Pereira, a cantora Maria José Valério, o actor Vítor Espadinha e o empresário de revista à portuguesa Hélder Costa.
Lusa / SOL
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