Dr.Rui Pereira, ministro da Administração Interna
O número de crimes registado pelas autoridades aumentou 10,2 por cento entre 2000 e 2006, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, o ministro da Administração Interna garante que a criminalidade estabilizou.
Os crimes que mais dispararam foram os concretizados contra o património, que quase duplicaram (89,9 por cento), seguidos dos previstos em legislação penal avulsa (44,6 por cento), contra a vida em sociedade (21,9 por cento) e contra as pessoas (16,2 por cento).
Os crimes que mais dispararam foram os concretizados contra o património, que quase duplicaram (89,9 por cento), seguidos dos previstos em legislação penal avulsa (44,6 por cento), contra a vida em sociedade (21,9 por cento) e contra as pessoas (16,2 por cento).
A totalidade dos dados reunidos permite concluir que, entre 2000 e 2006 aumentaram os crimes contra as pessoas, de 22,9 para 24,1 por cento, contra a vida em sociedade, de 9,4 para 10,4 por cento, previstos em legislação avulsa (8,1 para 10,6 por cento).
As boas notícias são as de crimes contra o património que diminuíram de 58,8 para 53,4 por cento.
O funcionamento do sistema judicial foi também avaliado pelo INE que indica que o número de condenados em tribunais de primeira instância aumentou 25 por cento entre 2000 e 2005, ao passo que o número de presos preventivos diminuiu de 30 por cento da população prisional para 23 por cento em 2006.
PORTUGAL É "RELATIVAMENTE SEGURO"
Os dados do INE surgiram depois das declarações de Rui Pereira, que garantiu que Portugal é “relativamente seguro” em comparação com outros Estados, e que a criminalidade estabilizou nos últimos quatro anos.
“Nos últimos quatro ou cinco anos, tem havido uma tendência para a estabilização da criminalidade”, afirmou o ministro, referindo que a insegurança sentida pela maioria das pessoas se deve à mediatização dos casos.
Entre 2004 e 2005 o número de crimes desceu, tendo subido ligeiramente em 2006, cerca de dois por cento. Apesar de os dados relativos ao ano passado não estarem ainda consolidados, Rui Pereira acredita que “não haverá uma variação” em relação ao ano passado.
O governante defendeu que as transformações positivas nas forças de segurança e a mediatização dos fenómenos de crime e de insegurança explicam o distanciamento entre o sentimento de insegurança e os números da criminalidade.
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